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Rodeio vira esporte oficial de MS, mas decisão causa euforia e revolta

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Desde de quarta-feira (25), o rodeio é o esporte oficial de Mato Grosso do Sul. A decisão causou euforia entre os profissionais do setor, que comemoraram a sanção da lei pelo governador André Puccinelli (PMDB). Por outro lado, a medida causou a revolta dos defensores dos direitos animais.
 
No texto aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, o artigo que especifica o esporte tem apenas duas linhas e afirma que eventos de rodeio e rodeio universitário passaram para a categoria de esportes oficiais, a lei entrou em vigor ontem.
 
Profissionais do ramo e, principalmente, aqueles que promovem os eventos como Ederlei Ortiz, 36 anos, um dos proprietários da Companhia Ortiz de Rodeio que existe há 18 anos, comemoraram a decisão.
 
“Muda muito para a gente, é uma situação que nós já esperávamos há muito tempo porque tem muita gente que ainda vê o rodeio como sofrimento para os animais, mas isso mudou”, afirma.
 
Ortiz conta que a mesma lei sancionada em Mato Grosso do Sul já foi aprovada em outros estados como Minas Gerais e Paraná. Para a companhia que faz em média 25 eventos ao ano em várias cidades do Estado, a lei pode atrair mais público para as arenas.
 
“Nosso público vem aumentando muito nos últimos anos
e agora pode atrair mais gente ainda. As pessoas já viram que o rodeio é um lugar família e não tem briga como em estádios de futebol”, completa.
 
Sobre o cuidado dos animais, o criador afirma que nos últimos anos o bem estar dos bois e cavalos é bastante cobrado. Segundo ele, médicos veterinários acompanham os rodeios do início ao fim e qualquer alteração no animal impede o bicho de participar do rodeio.
 
Contra – Alvos de campanhas em todo o país, os rodeios são vistos como locais de crimes e maus-tratos contra os animais. A representante regional do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Maria Lúcia Metello, explica que a decisão do Estado é contrária ao que vem ocorrendo em outras regiões do país.
 
“Está na contramão porque em outros locais eles regulamentam a não realização dos eventos. Nós sabemos e é comprovado que os animais sofrem durante os rodeios e não existem os devidos cuidados”, afirma.
 
Fonte: Aquidauana News

Devemos nos questionar sobre o que há por trás do que comemos


                

Plano ambiental exclui proteção ao aquífero Guarani

| PROTEÇÃO AMBIENTAL
foto: divulgação/internet

 

O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) aprovou o plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Botucatu, na região central do Estado de São Paulo, mantendo a permissão do uso de agrotóxicos numa das principais zonas de recarga do aquífero Guarani, um dos maiores reservatórios de água doce subterrânea do planeta. A restrição ao emprego de pesticidas e defensivos agrícolas nessas áreas, proposta por entidades ambientais, foi retirada do documento por pressão de prefeitos e grupos empresariais. Ambientalistas afirmam que a medida põe em risco o aquífero num momento em que o Estado enfrenta sua maior crise hídrica.

Em reunião realizada nesta terça-feira, 25, representantes das entidades decidiram realizar uma mobilização em Botucatu, nos dias 9 e 10 de maio, em defesa do aquífero. "Vamos pedir uma revisão no plano de manejo na base da pressão popular", disse Beatriz Stamato, diretora do Instituto Giramundo Mutuando, uma das entidades que integram o conselho gestor da APA. O aquífero já abastece cidades como Ribeirão Preto, Presidente Prudente e São José do Rio Preto, e é apontado como alternativa para o abastecimento futuro das regiões metropolitanas do Estado. A própria Secretaria Estadual do Meio Ambiente reconhece que a área da APA é uma zona de recarga dessa reserva estratégica de água doce, o que a coloca em situação de grande vulnerabilidade.

Conforme Beatriz, nos afloramentos, as rochas de arenito que armazenam a água atingem a superfície do solo e ficam expostas à contaminação. "É uma situação especial e a restrição aos agrotóxicos nessas áreas foi muito discutida, mas acabou prevalecendo o voto a favor da contaminação", disse. De acordo com Nelita Correa, presidente da SOS Cuesta de Botucatu, o plano de manejo havia sido aprovado pela comissão de biodiversidade do Consema, mas teve voto contrário da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Além da restrição ao uso de agrotóxicos, a entidade também se opôs à regra que limitava o emprego de sementes transgênicas na região.

Em reunião convocada pelo prefeito de Botucatu, João Cury (PSDB) a Fiesp pediu o apoio de prefeitos da região para a retirada das restrições. No Consema, a exclusão das restrições venceu por 12 ootos a 11. "Botucatu é um dos polos de agroecologia do Estado e houve um apelo social pela limitação aos transgênicos e agrotóxicos. Na votação, no entanto, o plano foi mutilado e, sem essas diretrizes, as águas subterrâneas e superficiais correm risco", disse Nelita.

A APA Botucatu abrange 218 mil hectares em nove municípios da região e inclui a Cuesta de Botucatu, com remanescentes dos dois biomas característicos do Estado - a mata atlântica e o cerrado -, além de sítios arqueológicos e formações geológicas incomuns. Em nota, a Fiesp informou ter participado das discussões sobre o plano de manejo e sua análise é que os aspectos referentes ao uso de agroquímicos e ao cultivo de organismos geneticamente modificados não se encontravam suficientemente amadurecidos para uma decisão final em plenário. Por essa razão, a Fiesp apresentou proposta para a criação de um grupo técnico para aprofundar os debates e estabelecer estratégias e prazos compatíveis a um programa de uso e monitoramento de agrotóxicos na APA. A proposta foi acatada pelo Consema e aguarda-se a criação do grupo pela Secretaria.(AE)


jornal Cruzeiro do Sul

Protetores de animais vão a Prefeitura questionar demissão de responsável pelo CCZ em S.Roque

 
Grupo alega que demissão foi devido à veterinária ser contra rodeios, feiras de animais e outros eventos que possivelmente causam maus-tratos a animais
   
   
  
 
A veterinária responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Dra. Fernanda de Figueiredo Beda, foi exonerada de seu cargo na Prefeitura de São Roque durante esta semana. O fato causou revolta em entidades de proteção animal da cidade e protetores independentes. Isto porque, segundo os próprios protetores, “em pouco tempo no serviço, ela elaborou diversos projetos e conseguiu verba não só para melhorar a Zoonoses, mas para a estada dos animais, em sua maioria cachorros”, afirmam.
 
Na tarde desta sexta-feira (21), um grupo independente de protetoras de animais foi ao Paço Municipal de São Roque, participar de uma reunião com José Eduardo Charbel, da assessoria de gabinete, para questionar os motivos concretos da demissão da Dra. Fernanda. Também participou da reunião o diretor do Departamento Jurídico de São Roque, Dr. Ricardo Peres Santangelo.
 
Durante a reunião, o grupo se mostrava bastante indignado com a demissão da veterinária. “Nunca uma administração municipal colocou alguém tão profissional e capaz como responsável do CCZ. Como vocês a mandam embora?”, questionou Jackeline Oliveira. Jack, como é conhecida, ainda afirmou que irá lutar, junto as outras protetoras, para que a veterinária retorne ao cargo. “Eu vou armar o maior protesto se eles não levarem a sério o Controle de Zoonoses. Hoje estamos aqui na Prefeitura com poucas pessoas, mas se tiver que vir uma próxima vez, iremos trazer centenas”, disse durante a reunião.
 
José Eduardo Charbel disse não ter informações sobre o motivo concreto da demissão da Dra. Fernanda, mas que seria pelo fato da veterinária trabalhar com uma ideologia diferente a da Prefeitura, não concordando com alguns posicionamentos da administração pública municipal.
 
A única reivindicação do grupo durante a reunião foi pelo retorno da veterinária ao cargo. Charbel afirmou que irá passar o pedido ao Dr. Sandro Rizzi, diretor do Departamento de Saúde e ex-chefe da Dra. Fernanda e para o Prefeito Daniel, que não pôde estar presente devido a problemas de saúde. O assessor de gabinete ainda disse que irá apurar todos os motivos que levaram a demissão da veterinária e realizará uma reunião na semana que vem (provavelmente na terça-feira) com as protetoras de animais, para esclarecer todo o assunto.
 
Por e-mail, a Dra. Fernanda enviou uma nota à redação do JE. Confira:
 
"Sou formada em medicina veterinária desde 2002, especialista em gestão pública e educação ambiental. Coordenei os trabalhos da Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Animais e presido a comissão de políticas públicas do CRMV-SP. Eu nunca havia trabalhado em prefeituras e desejava ter essa experiência e no inicio de novembro, após os episódios no Instituto Royal, o prefeito Daniel me convidou para assumir o CCZ de São Roque e aceitei acreditando que as propostas que apresentei seriam cumpridas. Além de medica veterinária, sou protetora dos animais e lutei aqui em São Roque por muitas coisas entre estas, para que fosse ampliado o programa municipal de castração gratuita.
 
A cota desse programa quando entrei para o CCZ era de 375/ano (número muito pequeno para um programa público) e pedi ao prefeito e ao diretor de saúde para aumentarmos para pelo menos 150/mês. Foi aprovado e o edital para o credenciamento e convenio de clinica veterinária já será divulgado. Dessa forma eu pretendia fazer campanhas bairro a bairro para divulgar a importância da castração dos animais, para o controle populacional e prevenção de doenças.
 
Pensando no bem-estar e convívio social dos animais, iniciei o projeto cãominhada, que retira os animais do CCZ e leva para algumas horas de passeio com ajuda de voluntários. A cãominhada é realizada a cada 15 dias no Paço Municipal em uma área plana e arborizada.
 
Dei inicio ao projeto que a Dra Solange havia escrito, o Solário, um espaço que os animais do ccz tem agora para correr e tomar banhos de sol.
 
Iniciei também a campanha contra abandono de animais com intuito de conscientizar e sensibilizar as pessoas, informando que os animais sofrem muito com o abandono e é crime de acordo com a lei de crimes ambientais. Minha proposta era levar essa campanha tb para todas as escolas.
 
No final do ano passado, logo quando entre no CCZ escrevi com apoio da Silvia Mello e dos protetores um projeto para transformar o Instituto Royal em um centro de saúde e proteção aos animais. Esse projeto foi aprovado e entregue para deputados para apoio com recursos de emendas parlamentares.
 
Ampliei também os tipos e quantidade de medicação no CCZ para que nada falte aos animais que lá estão e a partir da próxima compra de ração exigi que elas não tenham quantidade inferior a 21% de proteína para contribuir dessa forma, com a saúde dos animais.
 
Ontem iniciaria as reuniões mensais com os protetores para levantarmos os principais problemas e juntos encontrarmos os caminhos para que tenham políticas publicas e programas efetivos para a proteção aos animais em São Roque.
 
Em agosto/14 eu iniciaria juntamente com a campanha anti-rábica o registro e identificação dos animais com microchip.
 
Nesses quase 5 meses de prefeitura procurei fazer o melhor que pude, mas encontrei muitas barreiras e resistência também.
 
Elaborei um documento para que as exposições com animais sigam normas para que não ocorra maus tratos aos animais e me posicionei contra as provas de montaria nas festas de peão, pois elas machucam causando maus tratos aos animais. Essa minha posição incomodou alguns vereadores e algumas pessoas da prefeitura que só enxergam os animais para exploração. Sempre enfatizei e pedi para o prefeito Daniel promover shows country/sertanejos, mas que não havia razão de usar animais, pois as pessoas vão a esses eventos pelo show e hoje temos conhecimentos técnicos e científicos suficientes para afirmar que os animais sofrem durante estas práticas.
 
No dia 20/03, o diretor da saúde me chamou para conversar informando que estavam me exonerando devido a minha posição contra as provas com animais nos rodeios e devido as normas para proteger os animais que escrevi para os eventos de exposição. Aceitei a exoneração, pois nada eu poderia fazer porque a decisão já havia sido tomada. Lamento, mas o que me conforta é saber que fiz o melhor que pude, não traí meus princípios e  lutei para os animais que estão no CCZ e em São Roque fossem protegidos e tivessem qualidade de vida como todos os seres vivos merecem.
 
Deixo um apelo para os protetores dos animais perseverarem e nunca abandonarem a luta em defesa daqueles que não falam, mas que nós, devemos falar por eles! Que São Roque desperte e avance na proteção à toda forma de vida, inclusive dos animais".



Fonte: Da redação: Felipe Modesto / Foto: Felipe Modesto  JE On Line