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Flora da Amazônia tem 87 espécies ameaçadas de extinção


Um estudo divulgado no início deste mês pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro colocou 87 exemplares da flora da Amazônia Legal na lista de espécies ameaçadas de extinção. Treze destas espécies foram classificadas como Criticamente em Perigo (CR). Outras 36 foram consideradas Em Perigo e 37 foram incluídas na categoria Vulnerável. No total, foram avaliadas 150 espécies da região.
A reportagem é de Elaíze Farias, publicada no blog Amazônia Real, 16-12-2013.
A equipe do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNC/Flora), vinculado ao Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico, disse ao portal Amazônia Real que a maior ameaça para as plantas da Amazônia é o desmatamento e a perda de seu habitat.
Segundo a publicação, intitulada Livro Vermelho da Flora do Brasil, as estimativas de extinção de espécies de plantas na Amazônia vão de 5% a 9% até o ano de  2050. A redução de habitat dessas espécies vão de 12% a 24% e 33% até o ano de 2030.
Segundo os pesquisadores, o fogo, a coleta e a extração de espécies (ornamentais, medicinais e de madeira) são ameaças que também devem ser consideradas como de alto impacto, mesmo em áreas protegidas, como é o caso das unidades de conservação. Outra preocupação é a falta de fiscalização das áreas.
O fato de a Amazônia, aparentemente, estar em situação melhor que outros biomas do país (como é o caso da Mata Atlântica e o Cerrado) pode ser explicado pela grande quantidade de áreas protegidas (38% de seu território) e pelas várias regiões de difícil acesso. Outra explicação pode ser a pouca quantidade de espécies analisadas pelos pesquisadores do CNC/Flora devido às lacunas de informação – a instituição admite que analisou uma quantidade pequena de espécies. Isso significa que o número de espécies ameaçadas na Amazônia pode ser maior.
“Uma das maiores dificuldades em avaliar as espécies amazônicas é a falta de dados. Por ser um bioma muito grande e diverso e com baixo esforço de coleta e pesquisa em geral, em muitos casos foi bastante difícil para os avaliadores fazerem estimativas e inferências sobre o real estado de conservação das espécies”, explicou a equipe do CNC/Flora, em resposta por email ao portal.
Foto: Mogno (Meliaceae_Swietenia_macrophylla), é uma outra espécie da lista. (Foto: Lucas Moraes/CNC-Flora)
Espécies ameaçadas
Livro Vermelho da Flora do Brasil apresenta a avaliação científica de 4.617 espécies da flora brasileira.
Mata Atlântica e o Cerrado são os biomas com a maior quantidade de espécies em risco de desaparecer da biodiversidade, num total de 2.118 plantas da flora brasileira.
A publicação teve a colaboração de cerca de 200 especialistas brasileiros e estrangeiros. O estudo pretende contribuir para a atualização da “Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção”, que está a cargo do Ministério do Meio Ambiente.
Para a classificação do nível de ameaça, a equipe do CNC/Flora utilizou o sistema da “Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza” (UICN) – considerado método mais rigoroso que os anteriormente usados no país.
As 2.118 espécies classificadas como ameaçadas se encontram nas categorias Vulnerável (VU)Em Perigo (EN), eCriticamente em Perigo (CR). As restantes entraram nas categorias Menos Preocupante (LC)Deficiente de Dados (DD) e Quase Ameaçada (NT).
O grupo das Pteridófitas (que inclui samambaias, avencas e xaxins, por exemplo) é o mais ameaçado, enquanto o das Briófitas (musgos, entre outros) é proporcionalmente o menos ameaçado. O estudo apontou ainda que a família das bromélias (Bromeliaceae) apresenta o maior número de espécies consideradas “Criticamente em perigo” (CR), seguida das famílias Orchidaceae (orquídeas) e Asteraceae (de que fazem parte, por exemplo, girassóis e margaridas).
A família Asteraceae abriga a maior quantidade de espécies consideradas “Em perigo” (EN), seguida deBromeliaceae e Orchidaceae. Esta última é também a família com o maior número de espécies consideradas“Vulneráveis” (VU), seguida de Asteraceae e Fabaceae (plantas que dão vagens). Em números absolutos, o gêneroBegonia (Begoniaceae) é o que tem mais espécies ameaçadas, no total de 36. Em segundo lugar vem o gênero de bromélias Vriesea, com 35, e o gênero Xyris (Xyridaceae), com 27 espécies ameaçadas.
Número de espécies (150 no total) avaliadas por Estado que fazem parte do bioma Amazônia:
Pará – 43
Amazonas – 35
Mato Grosso – 22
Maranhão –  20
Acre –  17
Amapá – 9
Roraima – 8
Tocantins – 6
Quarta, 18 de dezembro de 2013 - Unisinos

Por que me tornei um vegetariano



Também carrego, com dor, o olhar triste de um cachorro de um amigo, que ele abandonou em uma estrada, por achar que o pet estava doente. Outro dia, chorei copiosamente, no silêncio do chuveiro, ao lembrar a cena. Ainda me culpo por ter vivido isso sem nada fazer. Não tinha sequer remorso. Nem o fato de ter salvado alguns animais por conta de minha recente conscientização, de gastar muito dinheiro com meus cães tirados da rua em condições precárias e de viver em função deles a ponto de me isolar no meio do mato, é capaz de tirar esse peso que carrego nas costas. Na covardia que toma conta da minha alma perante a visão do sofrimento animal, eu não teria ido a São Roque salvar os bichos das garras do Instituto Royal. Justamente por isso, aplaudo quem foi e fez o que tinha que ser feito. Tem horas que as leis dos homens precisam ser burladas.
Jornalista Carlos Amoedo, 48 anos, milita em São Paulo, e teve expressivas passagens por publicações como as revistas VIP e Men's Health.

Neste torneio, o boi é o troféu

 | ESPORTE


Competição que será encerrada neste domingo na zona norte dá inusitado prêmio ao campeão; vice leva um porco

Rafaela Gonçalves
rafaela.goncalves@jcruzeiro.com.br 


Dinheiro, carros, medalhas e troféus. Estes, normalmente, são os prêmios dados aos campeões de qualquer campeonato futebol do mundo. Em Sorocaba, porém, há uma competição na qual os vencedores são contemplados com um boi. 

O Torneio do Boi - como é conhecido o campeonato - é realizado há quase três décadas na Aldeia dos Laranjais, na zona norte de Sorocaba. A competição, que neste ano reuniu 16 times amadores da cidade, chega neste domingo à sua reta final. As semifinais serão disputadas a partir das 13h30. Na sequência, haverá a grande final. 

Os duelos iniciais serão entre Nelton Torres FC x Estrela de Ouro e Independente x City Club. Depois, os vencedores se enfrentam, em busca do churrasco -- os representantes dos quatro times afirmaram que o boi vai para a churrasqueira. 

"Se nós vencermos, faremos um grande churrasco. O sangue tem de estar quente ainda (risos). O boi vai virar churrasco na hora", afirmou Anderson, o zagueiro e capitão do Estrela de Ouro. 

Os planos do Estrela de Ouro são os mesmos do pessoal do Nelton Torres. "Vamos matar na hora. Vamos fazer um churrascão. O time está focado nisso", discursou o técnico, Washington. "Mas se não der, vamos de feijoada mesmo", disse, lembrando que o segundo colocado ganha um porco. 

Um dos colaboradores do evento, Jorge Pereira, garante que o boi poderá sair do campo e ir direto para a churrasqueira. "O boi está no ponto para virar churrasco", disse. "O pessoal gosta da brincadeira. Claro que sempre tem alguém que reclama, por causa do boi. Mas ele não está sendo maltratado. Cada vencedor pode fazer o que quiser com o boi, pode fazer churrasco, pode cuidar, criar, vender", afirmou. 

Se for campeão, o Independente, assim como os demais, também pretende promover uma churrascada, mas de forma indireta. "Nós vamos vender o boi porque é muita carne para comer de uma vez só", explicou Pedro, o goleiro da equipe. "Também queremos comprar um jogo de camisas e cervejas", complementou. 

Toninho é o dono do campo e o organizador do evento. Ele cobra R$ 150 por equipe. O dinheiro é destinado para comprar a premiação. O boi, por exemplo, custa R$ 1,2 mil. "Nós só queremos fazer o pessoal jogar bola, independente do prêmio." 

E ele está conseguindo cumprir sua meta. O gramado é frequentado por jogadores, torcedores, amigos, mulheres e crianças. Enquanto uns jogam, outros ficam conversando, assistindo e até dançando ao som de modas de viola. 

Moradora da região, Maria Aparecida gosta da festa e costuma frequentar o campo. "O campeão é o de menos. Nós sabemos que, independente de quem vencer, o churrasco está garantido."
do jornal cruzeirodosul