Autoridades turcas detiveram um pássaro sob suspeita de que ele estivesse espionando para Israel, mas o libertaram depois que exames de raio-x mostraram que a ave não carregava nenhum equipamento de vigilância, disseram jornais nesta sexta-feira.
O falcão levantou suspeitas por causa de um anel de metal em seu pé que trazia as palavras "24311 Tel Avivunia Israel", levando moradores da vila de Altinayva a entregá-lo ao governo local.
O pássaro foi colocado numa máquina de raio-x de um hospital universitário para checar se ele estava com microchips ou dispositivos de grampo, segundo o jornal Milliyet, que trouxe em sua primeira página a imagem do radiograma com as palavras "Agente Israelense".
As relações entre Israel e Turquia, aliados militares de longa data, estão tensas desde maio de 2010, quando militares israelenses mataram nove ativistas turcos que estavam a bordo de um navio que tentava romper o bloqueio à Faixa de Gaza.
Comovido com a cena de uma cadela à beira da BR-282, ao lado do corpo do filhote atropelado que morreu, um policial militar de Xanxerê, no Oeste do estado, decidiu acolher o animal. O cabo Amarildo Antônio Medeiros encontrou a cadela, chamada de Menina, na última sexta-feira (19).
A prefeitura de Curitiba (PR) montou um canil para que os moradores de rua possam abrigar seus animais de estimação num dos invernos mais severos registrados nas últimas décadas na capital paranaense. Nesta terça-feira, a cidade registrou neve após 38 anos.
Os animais são feitos de concreto e plástico e colocados em jaulas
BBCBrasil.com
O fotógrafo indiano Tanvi Mishra registrou um zoológico que tem apenas estátuas de animais e atrai muitos visitantes na região de Singrauli, na Índia, próximo à fronteira entre os Estados de Uttar Pradesh e Madhya Pradesh.
Singrauli é uma importante produtora de fontes de energia no país. Usinas de carvão na região geram mais de 12% da eletricidade da Índia. No entanto, Mishra acredita que o desenvolvimento tenha prejudicado o meio ambiente local.
O fotógrafo diz que a poluição explica por quê o zoológico é artificial. Florestas de mais de cem anos foram derrubadas para facilitar a mineração do carvão. Por causa disso, tribos foram deslocadas e a vida selvagem desapareceu.
A atração ─ onde os animais são feitos de concreto e plástico ─ foi criada por uma das companhias estatais de energia que operam na região, a National Thermal Power Corporation.
"O zoológico é um lembrete sombrio do relacionamento que agora existe entre o homem e a natureza", afirma Tanvi Mishra.
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A prefeitura de Rio Branco (AC) decretou nesta quinta-feira estado de emergência ambiental em decorrência da "ameaça iminente de queimadas urbanas". De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Sílvia Brilhante, é uma medida de prevenção, para tornar mais simples a contratação de agentes ambientais temporários, caso haja necessidade.
A secretária conta que o município sofre com o hábito de muitos moradores de queimar lixo e entulho. "Muitas pessoas varrem a porta da casa, o quintal, juntam as folhas e queimam. Isso é prejudicial à saúde pública, causa prejuízos urbanos e, além disso, é considerado crime ambiental", explica.
De acordo com Sílvia Brilhante, depois do período do inverno amazônico, que dura seis meses, começa o período crítico, geralmente entre julho e agosto, porém há queimadas o ano todo. Desde 2010 a prefeitura lança anualmente uma campanha de combate às queimadas urbanas, com foco educativo e reforço da fiscalização, que pode acarretar em multas de até R$ 300 por queimadas de pequeno porte.
Aplicativo desenvolvido por empresa de São Paulo estimula usuários a denunciar áreas de depósito ilegal de lixo
Depósitos de lixo irregulares são um perigo para saúde da população e para o meio ambiente. Para ajudar no combate ao problema, um grupo de brasileiros criou um aplicativo para smartphones no qual usuários podem denunciar lixões clandestinos. No futuro, as denúncias serão repassadas para prefeituras e secretarias de meio ambiente, que deverão limpar essas aéreas e autuar os responsáveis.
"O Lixarada coloca as pessoas como protagonistas, ajudando realmente no dia a dia de sua cidade, por meio da denúncia dos lixões clandestinos", diz Cristian Cooke, diretor de projetos digitais da WiseWaste, empresa que desenvolveu o aplicativo.
O processo é bem simples. O aplicativo identifica a localização do usuário cadastrado, que, ao encontrar depósitos de lixos irregulares, deve fundamentar a denúncia com fotos.
Por meio do aplicativo, o usuário classifica o lixo em categorias como tamanho e tipo. Além disso, há a opção de fazer denúncias anônimas. Depois, todos esses dados são enviados para uma central que, ao comprovar a existência do lixão, disponibiliza sua localização no mapa do aplicativo.
A empresa está negociando parcerias com prefeituras e secretarias do meio ambiente para enviar, no fim de cada mês, uma lista com os locais onde existem depósitos de lixo clandestinos. Com os relatórios, esses órgãos podem providenciar a limpeza desses locais.
"O Lixarada dá o suporte para as pessoas chegarem às autoridades. Talvez dessa forma e com essas parcerias teremos mais força para que esse problema seja resolvido", afirma Cooke.
Outra função do aplicativo é o controle do que acontece depois da denúncia. "O Lixarada tem um sistema que pode definir se aquilo já foi limpo ou não. Quem passa no local pode abrir a denúncia e atualizar o status, dizendo se já está limpo ou se continua lá", conta Cooke.
Um problema nacional Em média, o brasileiro produz 1,1 quilo de lixo por dia. Por ano são coletadas quase 200 toneladas. Uma grande parte desse montante acaba indo parar em áreas irregulares, como terrenos baldios ou beira de estradas. A destinação incorreta do lixo é um problema que atinge todo o País.
Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 42% do lixo produzidos no Brasil são destinados de forma incorreta e acabam parando em lixões clandestinos. No Norte e no Nordeste, o índice sobe para 70%.
O depósito de lixo em lixões, irregulares ou não, pode causar danos para a saúde da população e para o meio ambiente. "Sua degradação a céu aberto produz, por exemplo, um resíduo altamente poluente, o chorume, que contamina o solo e as águas, além de trazer problemas para as pessoas que estejam manipulando esse lixo ou bebendo água proveniente do local onde o lixo está sendo jogando", afirma o professor do Núcleo de Estudos Ambientais da Universidade de Brasília Gustavo Souto Maior.
A engenheira civil da Universidade Estadual de Campinas Eglé Novaes Teixeira acrescenta que os lixões também contaminam o ar, além de poluir o ambiente visualmente. A especialista reforça que o perigo do lixo jogado em áreas irregulares é muito maior para a população.
"Os lixões clandestinos, geralmente, estão muito próximos a residências. Esses locais criam um espaço para a proliferação de vetores, como rato, barata, escorpião, que trazem os riscos das doenças transmitidas por esses animais", afirma Teixeira.
O Lixarada pode contribuir para diminuir os problemas causados por lixões clandestinos. Em duas semanas, o aplicativo já recebeu cerca de 20 denúncias e possuiu mais 250 pessoas cadastradas. Atualmente, ele está disponível para download somente para Iphone. Os criadores estão desenvolvendo uma versão para Android que deve ser lançada até o final do ano.
Mais da metade da população consome carne de forma excessiva.
A informação é de um estudo realizado pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, com moradores da cidade de São Paulo.
o alto consumo de carne resulta em má qualidade na dieta, aumento no risco de doenças cardiovasculares e em maior incidência de câncer.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a ingestão ideal de carnes, vermelha ou branca, seria de uma porção, correspondente em média a 100 gramas (g) por dia.
O World Cancer ResearchFund, órgão norte-americano voltado à prevenção do câncer, recomenda o consumo de 500 g semanais de carne vermelha e processada (grupo que envolve hambúrguer, salsicha, nuggets, etc).
Os dados da pesquisa revelaram que 75% da população da capital paulista consome quantidades muito acima dessas recomendações.
Excesso de carne na dieta
A nutricionista Aline Martins de Carvalho verificou o consumo dos diversos tipos de carne e as tendências, comparando os dados do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA) nos anos de 2003 e 2008.
Foi constatado um aumento de 25% no consumo de carne entre os dois períodos, que passou de 143 g para 179 g/dia.
A principal carne consumida é a bovina, seguida pelas aves.
Também foi possível detectar um aumento no consumo da carne vermelha e processada, principalmente entre os jovens - o consumo aumentou de 108 g para 135 g/dia.
Segundo a pesquisadora, é alarmante perceber a ingestão excessiva de carnes processadas entre os jovens, pois eles passarão mais tempo de sua vida consumindo esse alimento e ficarão mais tempo expostos aos riscos de doenças.
O consumo excessivo de carnes processadas foi relacionado inversamente à qualidade da dieta, principalmente dentre os homens. "Quem tem uma melhor qualidade da dieta, consome menos carne vermelha processada", diz Aline.
Grelhando a saúde
O modo pelo qual a carne é preparada é outro fator a ser observado.
Nas carnes bem passadas feitas na grelha, forno ou churrasqueira, são formadas crostas com colorações que vão do marrom ao preto.
Essas crostas possuem substâncias potencialmente carcinogênicas, ou seja, que podem causar câncer.
Por esse motivo é recomendado o consumo de carnes cozidas, pois não são adicionadas gorduras na sua preparação e não ficam queimadas.
"Carne é saudável, mas é preciso consumir com moderação, sempre observando os tipos, o melhor método de preparo, a quantidade que deve ser consumida ao longo do dia e ao longo da semana", recomenda a nutricionista.
Para estudar o risco de mortalidade geral, os pesquisadores identificam um grupo e acompanham todos os seus membros durante um período de tempo - seis anos no caso deste estudo.
Tipos de dietas vegetarianas
Os dados estão em um estudo com mais de 70.000 pessoas, com resultados mais favoráveis para os homens do que as mulheres - que normalmente já vivem mais -, publicado pelo JAMA Internal Medicine.
Michael J. Orlich e seus colegas examinaram todas as causas de mortalidade por causa específica em um grupo de 73.308 homens e mulheres pertencentes à Igreja Adventista do Sétimo Dia, onde é comum a prática do vegetarianismo em suas várias vertentes.
Os pesquisadores classificaram os participantes em cinco grupos: não vegetarianos, semi-vegetarianos, pesco-vegetarianos (incluem frutos do mar na dieta), ovo-lacto-vegetarianos (incluem leite e ovos) e vegan (excluem todos os produtos de origem animal).
Os pesquisadores observaram que as pessoas vegetarianas, além de viverem mais, tender a ter maior nível educacional, são mais propensas a se casar, a beber menos álcool, a fumar menos, a se exercitar mais e serem mais magras.
"Estes resultados demonstram uma associação global dos padrões de dieta vegetariana com uma menor mortalidade em comparação com o padrão de dieta não vegetariana.
"Eles também demonstram algumas associações com menor mortalidade das dietas ovo-lacto-vegetarianos, pesco-vegetarianos e vegan quando especificamente comparadas com a dieta não vegetariana," concluem os autores.
Relatório indica intensificação da agricultura como um dos principais fatores para a diminuição das borboletas na região. Mudanças climáticas também contribuíram para sumiço de metade da população desses insetos
Nas últimas duas décadas, a população de borboletas diminuiu 50% nas regiões de pradaria na Europa – principal habitat desses insetos no continente. Essa redução indica uma perda de biodiversidade preocupante na região, segundo o relatório da Agência Europeia do Ambiente, EEA, divulgado nesta terça-feira.
A pesquisa analisou dados de 1990 a 2011 sobre 17 espécies de borboletas em 19 países europeus. Esse tipo de inseto é um indicador importante para apontar tendências para outros insetos terrestres que, juntos, formam mais de dois terços de todas as espécies do planeta. Por isso, a agência usa as borboletas como base para medir a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas na Europa.
"Essa dramática redução de borboletas de pradaria é alarmante – em geral, esses habitats estão diminuindo. Se nós não conseguirmos mantê-los, nós poderemos perder muitas espécies no futuro", ressaltou Hans Bruyninckx, diretor executivo da EEA. Ele chama a atenção para a importância das borboletas e outros insetos na polinização. "O que eles carregam é essencial para os ecossistemas naturais e para a agricultura."
Das espécies analisadas, oito registram declínio, duas permaneceram estáveis e apenas a população de uma cresceu. O relatório não conseguiu observar a tendência das demais seis espécies examinadas.
Agricultura e abandono O principal fator para essa queda é intensificação da agricultura em regiões planas e de fácil cultivo, aponta o estudo. A prática deixa a terra estéril e prejudica a biodiversidade. Outros motivos seriam o abandono de terras em áreas montanhosas e úmidas, principalmente nas regiões sul e leste da Europa, devido à baixa produtividade. "Sem qualquer forma de administração nesses locais, a pradaria será gradualmente substituída por mato e floresta", indica o relatório.
Além disso, a intensificação e o abandono também são responsáveis pela fragmentação e o isolamento das regiões remanescentes. Dessa maneira, as chances de sobrevivência das espécies locais e de recolonização em áreas onde elas foram extintas ficam reduzidas. Os pesquisadores apontam o uso de pesticidas como outro vilão – levados pelo vento, eles acabam matando as larvas desses insetos.
"O Indicador Europeu de Borboletas de Pradaria pode ser usado para avaliar o sucesso de políticas agrícolas", afirma a EEA. Segundo o relatório, o financiamento sustentável de indicadores de borboletas pode contribuir para validar e reformar uma série de políticas e ajudar a atingir a meta dos governos europeus de reduzir a perda de biodiversidade até 2020.
Os contadores de borboletas Estima-se que, das 436 espécies de borboletas presentes na Europa, 382 sejam encontradas em regiões de pradaria em pelo menos um país europeu. Desde de 1950, a vegetação sofre alterações devido ao uso do solo e, em alguns países, ela pode ser encontrada apenas em áreas de reserva natural atualmente.
Milhares de profissionais treinados e voluntários contribuíram para a realização do estudo: eles contaram borboletas em aproximadamente 3500 faixas de pradarias espalhadas pela Europa. Na região, o primeiro trabalho do tipo foi feito pelo Reino Unido, em 1976.
Onda de calor na Grã Bretanha aumenta população de borboletas