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Sorocaba: Lixo e entulho cobrem calçada da rua Iporanga

Sofás velhos, pneus, restos de materiais de construção, troncos e galhos de árvores, lixo doméstico e animais mortos. É este o cenário encontrado em pelo menos 300 metros de extensão da calçada da rua Iporanga, no bairro Iporanga, na região da zona industrial de Sorocaba. O local, que além de não ter o passeio público concretado e estar completamente tomado por entulho e mato alto, exala um odor forte. 


Açougueiro chinês morre envenenado por dardo que usava para matar cachorros

Um açogueiro na Província central chinesa de Hunan, especializado na venda de carne de cachorro, morreu envenenado por um dardo disparado por erro com uma balestra utilizada para sacrificar os animais, informou nesta sexta-feira (30) o jornal South China Morning Post.

Projeto prevê multa para quem jogar lixo nas ruas de SP


Jogar lixo nas ruas de São Paulo poderá sair caro para os porcalhões. Desde anteontem tramita na Câmara um projeto de lei que prevê multa para quem jogar lixo nas ruas e calçadas.
Segundo o projeto, de autoria do vereador Jair Tatto (PT), também poderá ser multado quem não recolher fezes do cachorro e até quem fuçar sacos de lixo depositados na calçada (em busca de latinhas de alumínio para reciclagem, por exemplo).

Se a proposta for aprovada, quem for flagrado poderá ter de pagar multa que varia de R$ 100 a R$ 500 serão levados em conta o tipo e a quantidade do lixo. As penas serão progressivas, conforme a reincidência do infrator.

"Todos nós temos a responsabilidade de preservar as ruas de nossa cidade e o meio ambiente", diz Tatto.

A estudante de direito Marlene Félix, 28 anos, diz aprovar a ideia. "Tem que multar porque a rua é uma extensão da nossa casa, temos que mantê-la limpa."

O projeto prevê, ainda, que, se o infrator não for reincidente e demonstrar arrependimento por escrito, seguido de demonstração incontestável de que providenciou a limpeza e colaborou com a fiscalização, a multa será atenuada.

RIO
No Rio de Janeiro, os sujões estão sendo multados desde semana passada. Os valores vão de R$ 98 a R$ 3.000.
De acordo com a prefeitura, até ontem 467 multas já haviam sido aplicadas. Ainda segundo a prefeitura, houve redução de 34% do lixo coletado diariamente nas ruas após a lei.

Atualizado às 13h18 - da  Folha

Metro de Nova Iorque suspenso para salvar gatos da linha férrea (com vídeo)

Animais foram encontrados na linha férrea (foto AP)

Por
 Redação

O metro de Nova Iorque esteve esta quinta-feira encerrado durante duas horas devido à presença de dois pequenos gatos na linha férrea.

Desconhece-se como os felinos ali foram parar, mas assim que foram avistados a circulação foi suspensa para que pudessem arrancar as operações para os resgatar, na estação de Brooklyn.

Os animais deambulavam pela linha, com a energia a ter ser cortada para evitar que os gatos fossem eletrocutados.

Agentes da polícia perseguiram os felinos, que com medo, fugiram durante algum tempo, escreve o Wall Street Journal.

Segundo o New York Daily News, foram disponibilizados pelo metro transportes alternativos aos passageiros, tendo os animais sobrevivido ao incidente.


00:06 - 30-08-2013



VÍDEOS RELACIONADOS


Clique na imagem para ver o vídeo



de obola.pt

Porto Alegre: Lei que retira carroças das ruas da Capital começa a valer no domingo


Primeira fase da iniciativa abordará de forma educativa em alguns trechos


Lei que retira carroças das ruas da Capital começa a valer no domingo Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
A circulação de veículos puxados por cavalos deve ser extinta em Porto Alegre até junho de 2015Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS









O trânsito com o som de passos e trotes dos cavalos deve começar a mudar no domingo na Capital.
Isso porque entra em vigor em setembro a lei que determina a retirada das carroças da ruas. Por enquanto, a circulação será limitada na chamada Zona 1, que compreende as avenidas Beira-Rio, Ipiranga, Antônio de Carvalho e Bento Gonçalves, até Viamão.
Durante um mês, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) fiscalizará de forma educativa, orientando carroceiros sobre a mudança. Já a partir de outubro, quem for pego pode levar multa. A retirada total está prevista para o começo de 2015.
Para não impactar na renda de quem vive do recolhimento de materiais recicláveis com carroças, a prefeitura, a partir do Programa de Inclusão Produtiva na Reciclagem — Todos Somos Porto Alegre, pretende beneficiar famílias de carroceiros, catadores, carrinheiros e demais pessoas que trabalham em unidades de triagem. A partir de outubro, os veículos serão recolhidos, mas o proprietário cadastrado será indenizado.
A Capital recebeu R$ 9 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para executar a iniciativa, e entrou com outros R$ 9 milhões de contrapartida. O coordenador do programa, Fernando Mello, explica que a ação estava prevista, inicialmente, para março, mas que foi necessário um período maior para preparar os carroceiros. Além disso, havia dificuldades na conclusão de Unidades de Triagem para absorver esses trabalhadores. Hoje, 1.102 estão cadastrados.
— Quem decidir entregar o veículo será indenizado. Também oferecemos cursos de qualificação, nos quais o beneficiado ganhará bolsa de um salário mínimo (R$ 678) por mês, devendo ter 75% de presença — explica.
Trabalhadores podem migrar para outros bairros da cidade
Como a cidade ainda irá permitir a circulação em outros pontos, é provável que outros locais tenham maior número de carroças.
— Eles devem migrar para outros bairros. Mas já percebemos uma mudança de cultura. Há um bom número de carroceiros que conseguiram adquirir veículos para continuar o trabalho, já que estavam se preparando para absorver a lei há cerca de um ano e meio. Outros preferiram deixar a adaptação para depois e continuar o trabalho normalmente — conta Mello.
Como a classe vai viver a partir de domingo não é algo muito claro para Venâncio Francisco de Castro, presidente da Associação dos Moradores, Carroceiros e Papeleiros da Ilha Grande dos Marinheiros. De acordo com ele, os projetos da prefeitura existem aos montes, mas não saem do papel:
— A lei é contraditória e não é amparada pela legislação federal. Promessas foram feitas, como o galpão de reciclagem na Voluntários da Pátria, que não saiu. Recebemos semana passada a informação de que os cursos profissionalizantes estão abertos, mas não podemos sair daqui com tanta água. Só se vierem nos buscar de barco. Os outros cursos foram pela metade. Como o de massa caseira, por exemplo, que durou uma semana e só teve um dia de prática. Assim não adianta.
Por outro lado, Castro admite a necessidade de adaptação:
— Vamos ter de nos adaptar. Algumas famílias com mais condições e outros carroceiros se uniram e compraram Kombi ou outro veículo para fazer a coleta. Mas quem não tem vai ter de fazer outra coisa.
EPTC estará de olho
Setembro será um mês de abordagem a quem estiver trabalhando puxado pelo cavalo. O diretor presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, explica que serão dias de orientações educativas aos carroceiros.
— Os agentes informarão sobre como os trabalhadores poderão ser integrados ao programa. Os animais entregues vão para doação — explica.
Em outubro, também está previsto que quem for pego em cima da carroça na Zona 1 terá de pagar multa.
Capellari diz que hoje são 1,6 mil carroceiros cadastrados pela EPTC, mas já observa escassez da atividade nas ruas da Capital.
— É raro encontrar carroça. Se vê mais nas ilhas e no extremo sul.
Sofrem os carroceiros com a vulnerabilidade social e, por consequência, os cavalos. A presidente da ONG Chicote Nunca Mais, Fair Soares, relata algumas situações de maus tratos que se manifestam por simples falta de conhecimento.
— Eles não têm acesso a veterinários para que possam ser educados corretamente. Por isso, julgam que os cavalos têm problemas de rins e dão diuréticos. Sem falar que costumam dar injeções de óleo diesel quando o bicho cai por estar doente, já que assim eles levantam de tanta dor — diz.
Fair observa que o problema também está na própria condição social dos carroceiros:
— Na Ilha Grande dos Marinheiros, onde a maioria mora, vivem no meio do chorume, em meio a bactérias. É uma situação crítica, em que não são cuidados pelo governo e, por sua vez, não cuidam dos animais. Mas o carroceiro o faz porque precisa trabalhar.
A restrição de circulação, por etapas
> A partir de março de 2014, a restrição será aplicada às regiões Eixo Baltazar, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte.
> Em março de 2015, Humaitá e Navegantes.
> Em junho de 2015, Arquipélago e Centro.
O CADASTRO
> A adesão ao Programa Todos Somos Porto Alegre é permitida a condutores de veículos de tração humana (chamados "carrinheiros"), carroceiros e trabalhadores que atuam com materiais recicláveis. O cadastramento deve ser feito junto ao Centro Administrativo Regional (CAR) da região de domicílio do trabalhador.
30/08/2013 | 05h33 ZERO HORA

Cão é jogado no lixo por dono e câmera de segurança flagra


Imagens registradas em estacionamento de loja nos EUA devem ajudar polícia a localizar culpado



Editora Globo
(Fotos: Divulgação/Houston Police Department)
Quando chegou para trabalhar, David Brecker ouviu barulhos estranhos no estacionamento da loja em Houston, nos Estados Unidos, da qual é gerente

Ele foi até o local e, ao levantar a tampa de uma imensa lixeira, encontrou um cão da raça pit bull em estado de choque. Brecker, então, decidiu chamar a polícia. 

Responsáveis pelo caso descobriram que câmeras de segurança da loja haviam flagrado o exato momento em que o cão foi arremessado na lixeira pelo próprio dono. As imagens devem ajudar na investigação e localização do suspeito.

O cachorro, que ganhou o nome de Luke, foi levado a um veterinário. Apesar de sujo e muito assustado, exames não identificaram problemas na saúde do cão, que, por enquanto, está morando na clínica veterinária. 

A polícia de Houston pediu aos moradores da região que contribuam com qualquer pista sobre o caso, para que o dono seja encontrado e punido. 
por Globo Rural On-Line

Zoo inverte papéis e coloca visitantes em jaula enquanto leões passeiam


A experiência de ficar preso enquanto os bichos são alimentados custa o equivalente a R$ 55 por turista



Editora Globo
Foto: Reprodução/Facebook Orana Wildlife Park
O zoológico Orana Wildlife Park, que fica em Christchurch, na Nova Zelândia, resolveu inovar. Com uma imensa jaula portátil, que tem capacidade para 20 pessoas, o parque está oferencendo aos seus visitantes a experiência de ficar preso enquanto os animais passeiam pelo local. 

A gaiola também permite que os turistas estejam o mais próximo possível dos leões, enquanto os bichos são alimentados. Muitos dos felinos chegam a encostar, pular, bater e até subir na jaula dos turistas, deixando alguns muito felizes e outros com bastante medo.
Editora Globo
Foto: Reprodução/Facebook Orana Wildlife Park
O ingresso para entrar na gaiola e acompanhar uma refeição dos leões custa 15 libras, o equivalente a R$ 55.  Visitantes costumam compartilhar imagens da experiência com os leões na web. (ASSISTA AQUI A UM VÍDEO)

O parque ainda oferece o contato com mais de 400 animais de 70 espécies diferentes
por Globo Rural On-Line

Uefa ameaça punir time se voltar a sacrificar animais

A Uefa ( Union of European Football Associations) ameaça punir o Shakhter Karagandy, do Cazaquistão, se o time continuar a fazer um ritual de sacrifício de animal antes dos jogos do time. A equipe sacrificou uma ovelha antes do jogo de ida contra o Celtic, pela fase de playoff da Liga dos Campeões. O Peta, associação que defende direitos dos animais, repudiou a ação do clube cazaque.

Duas horas após nascer, bezerro com três patas consegue ficar em pé

Um bezerro de aproximadamente 40 kg nasceu sem uma das patas dianteiras em uma fazenda da cidade de Grandes Rios, na região norte do Paraná. O pecuarista Gilberto Bernini, proprietário da fazenda Rancho da Mata, conta que em mais de 50 anos de pecuária nunca viu, presenciou ou ouviu falar de uma vaca que nasceu com esse tipo de má formação. “Sou filho de produtor rural e nunca tinha visto uma coisa dessas. Até fiquei meio assustado, custei um pouco para acreditar”, diz o pecuarista.

Carreta boiadeira pega fogo ao encostar em rede de energia e animais morrem

Por que aconteceu isso com os animais? Devido ao consumo de carne. Animais são transportados de fazendas ou sítios e seguem todos amontoados em caminhões para os abatedouros. Você que consome sua carne todos dias está preocupado com isso? Provavelmente não, assim os animais continuarão com o sofrimento diário e bota sofrirmento nisso. Segue a matéria publicada hoje no CenarioMT.com.br : 



Carreta boiadeira pega fogo ao encostar em rede de energia e animais morrem
 Uma carreta boiadeira pegou fogo nesta segunda-feira (27/08/2013), em um desvio em obras da MT-320, entre Colíder e Nova Canaã do Norte (650 e 690 km de Cuiabá), depois que a carroceria do veículo encostou-se a fios de uma rede de energia elétrica. O veículo transportava 62 animais da Fazenda Minas Gerais.
Conforme informações da Polícia Militar, com o toque dos fios na ferragem da boiadeira houve uma descarga elétrica, causando o incêndio. Alguns bois morreram por causa do choque de alta tensão. Outros sofreram queimaduras graves e foram sacrificados. Outra parte da boiada foi solta sem ferimentos.
O proprietário do caminhão e dos animais que estavam sendo transportados, conhecido em Colíder como “Seu Alcides”, disse à reportagem do SBT que o prejuízo ultrapassa os R$ 100 mil e criticou a atuação da empreiteira que está reformando a rodovia estadual.
“É inconcebível que uma empresa que construa asfalto não tenha um serviço de engenharia capaz de saber a altura necessária para a passagem de caminhões boiadeiros nos desvios. A altura da carroçaria está dentro do exigido por lei e vou buscar o ressarcimento do prejuízo na Justiça”, reclamou o empresário rural.
Alcides ainda comentou que, após a descarga elétrica, a companhia que faz a obra não teria auxiliado no combate às chamas, por não possuir um caminhão tanque com água disponível no local. “Nem chamar a Cemat para desligar a energia da rede eles não fizeram”, sustenta.
O motorista que conduzia a carreta Volvo com a boiadeira, por nome de Valdecir, contou que foi avisado por outro carreteiro que os fios estavam encostando na carroceria. “Eu só não morri eletrocutado porque saí de dentro da cabine sem me encostar em nenhuma parte da lataria. Pois os bois que tocaram na ferragem morreram na hora”, disse. 
O prejuízo só não foi maior devido ao motorista ter conseguido desengatar o cavalo mecânico da carreta depois que a rede foi desligada, evitando assim que o fogo consumisse o Volvo. O Corpo de Bombeiros chegou ao local com a viatura de combate a incêndio cerca de 30 minutos depois e apagou as chamas da boiadeira.

Samoel Pereira - Notícias do Norte

Mesmo com R$ 144 milhões em caixa, áreas de proteção de SP estão abandonadas


Segundo ambientalistas, faltam condições mínimas de infraestrutura para o funcionamento das unidades de conservação do Estado; problema contrasta com recursos da Secretaria do Meio Ambiente disponíveis para esses locais, que estão parados.


Quem chega ao Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no extremo sul do litoral paulista, esperando se encantar com a natureza pode se chocar com o grau de degradação que vem atingindo o local nos últimos anos. No núcleo Perequê, principal ponto turístico do parque, a aparência é de uma cidade fantasma.
Parte de alojamento na Ilha do Cardoso desmoronou após vendaval - TIAGO QUEIROZ/AE
TIAGO QUEIROZ/AE
Parte de alojamento na Ilha do Cardoso desmoronou após vendaval
Alojamentos com o telhado caído, placas solares enferrujadas, passarelas parcialmente interditadas por risco de desmoronamento e um museu vazio são o que resta de uma obra de R$ 8 milhões que nunca foi sequer aceita pelo poder público, tamanha a quantidade de problemas. Há pilhas de entulho jogadas ao lado de uma trilha turística, e as duas embarcações do parque que poderiam fazer a remoção do lixo estão quebradas – uma delas, afundada pela metade em Cananeia, onde fica a sede da unidade.
Os problemas, observados pelo Estado, são talvez o mais grave exemplo de uma situação de penúria denunciada amplamente por pesquisadores e ambientalistas, de dentro e de fora do governo estadual, que acomete um grande número das unidades de conservação (UCs) paulistas, que carecem de condições mínimas de infraestrutura e recursos humanos para funcionar adequadamente.
Isso, apesar de a Secretaria do Meio Ambiente (SMA) do Estado de São Paulo ter pelo menos R$ 144 milhões disponíveis em caixa para investimento nas UCs, oriundos do pagamento de compensações ambientais por empreendimentos, segundo dados obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação. Somado a isso, o orçamento atual da Secretaria do Meio Ambiente (SMA), de R$ 882 milhões, é o segundo maior dos últimos cinco anos, depois de ter sofrido uma queda significativa em 2011.
Pouco dessa saúde financeira recuperada, porém, tem sido repassada para os parques e reservas ecológicas do Estado, que agonizam com uma série de problemas crônicos e agudos.
O parque da Ilha do Cardoso, inserido numa das regiões mais bem preservadas de Mata Atlântica do País, na divisa de São Paulo como o Paraná, costumava ser um dos parques mais visitados do Estado. Escolas precisavam agendar visitas com semanas de antecedência para conseguir uma vaga. Agora, são poucos os estudantes – e até mesmo pesquisadores – que se aventuram por lá.
A antiga pousada, onde os alunos ficavam hospedados, teve parte de uma das marquises destruída por um vendaval em outubro. Uma vistoria técnica depois constatou que a laje apresentava sinais de corrosão. Outras oito casas que serviriam para hospedar visitantes também estão fechadas.
“Não é um hotel cinco estrelas, mas dá para receber bem as pessoas, sim. Estive lá no início do ano”, disse o secretário Bruno Covas, em entrevista ao Estado na semana passada. Informado pela reportagem de que as estruturas estavam abandonadas e com problemas estruturais, porém, demonstrou surpresa e cobrou explicações do diretor da Fundação Florestal, Olavo Reino Francisco, sentado ao seu lado.
Francisco disse que “a fundação ainda não recebeu a obra” e que a empresa responsável, a Lacon Engenharia, contratada em 2009, já foi autuada por irregularidades. “Tem uma série de problemas ali”, disse.
“A empresa contratada já foi notificada, realizou vistoria, concordou com as obras necessárias e deu prazo para a secretaria de até 60 dias para sanar todas as questões técnicas levantadas”, informou a secretaria, por escrito, após a entrevista. “Cabe assinalar que a secretaria não efetuou o pagamento do caução, e que apenas o fará mediante a entrega final da obra. Após a conclusão, o parque será imediatamente aberto para a população.”
Apesar desses problemas na Ilha do Cardoso, a mesma empresa foi contratada pela SMA em 2012, via edital, para construir uma pousada no Parque Estadual Intervales, por R$ 3,5 milhões. E, novamente, houve problemas. Segundo o diretor da FF, o projeto está “num limbo”. “Os mesmos problemas que ocorreram lá (na Ilha do Cardoso) ocorreram cá (em Intervales)”, disse Francisco. “Também a secretaria não recebe nem paga. Você contrata a empresa, entende que ela é séria, dá o projeto, e ela não executa, mas no fim quer entregar e cobrar. É uma pena.”
Mais tarde, por escrito, a secretaria informou que “a Fundação Florestal está fazendo a última vistoria para o recebimento da obra que deverá ser entregue para a população nos próximos dois meses, quando também o parque será aberto”.
CABOS DE AÇO. Na Ilha do Cardoso, próximo aos alojamentos, um mirante de madeira com vista privilegiada do Rio Perequê, que deveria ser uma das principais atrações após a reforma, precisou ser interditado por falta de segurança, assim como parte da passarela suspensa sobre o manguezal. Ambas as estruturas tiveram de receber o reforço de cabos de aço, improvisado por funcionários, para evitar que um novo vendaval causasse mais estragos.
A infraestrutura é tão precária que até pesquisadores, acostumados a trabalhar no mato, estão evitando o parque. As casas nas quais eles ficavam hospedados foram “reformadas” para atender turistas, e a única opção oferecida pelo Estado agora é uma casa antiga de dois quartos, com problemas de eletricidade, que tem de ser disputada por pesquisadores da USP, Unicamp, Unesp e outras universidades. A solução, para muitos, é pagar para dormir em casas de pescadores.
“Pensamos até em buscar outros locais de pesquisa, mas a ilha é muito importante para a gente que estuda bromélias, pois há uma grande quantidade de espécies por lá. Tentamos reclamar formalmente, mas disseram que não tem o que fazer”, diz o pesquisador Gustavo Romero, do Instituto de Biologia da Unicamp.
A falta de fiscalização também causa insegurança. “Quando comecei a pesquisar no parque, dez anos atrás, podia ir pela encosta sozinha. Nos últimos tempos, é cada vez maior a presença de palmiteiros”, diz a pesquisadora Claudia Bottcher, também da Unicamp. “Costumava ir mensalmente, mas com estas dificuldades agora estou indo apenas uma ou duas vezes por semestre.”
“A ilha parece abandonada. Ninguém quer mais ir para lá”, diz a bióloga Luana Hortenci, da Unesp Rio Claro, que teve um equipamento fotográfico de pesquisa furtado no interior do parque em 2011. O mesmo ocorreu com uma colega dela, este ano. “Os vestígios da ação de caçadores e palmiteiros estão por toda parte”, diz.
Cenários semelhantes de abandono estão presentes em outras unidades de conservação, segundo fontes ouvidas pelo Estado – a maioria das quais só aceitou falar em condição de anonimato, por medo de represálias.
Dados oficiais levantados pela reportagem mostram que os investimentos da Secretaria do Meio Ambiente e da Fundação Florestal caíram nos últimos anos, apesar da recuperação do orçamento (veja gráfico). Segundo Bruno Covas, os investimentos diminuíram por causa do término de convênios com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Entre eles, o Projeto de Desenvolvimento do Ecoturismo na Região da Mata Atlântica, de US$ 9 milhões, que pagou pelas obras na Ilha do Cardoso e Intervales.
Apesar dos problemas apontados, o número total de visitantes recebidos no seis parques beneficiados pelo projeto (Carlos Botelho, Ilha do Cardoso, Intervales, Caverna do Diabo e Turístico do Alto Ribeira e Ilhabela) aumentou nos últimos seis anos, passando de 142 mil em 2007 para quase 199 mil, em 2012, segundo dados da Fundação Florestal.
O outro grande convênio da SMA com o BID, do projeto de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar e Sistema de Mosaicos da Mata Atlântica, de US$ 162,4 milhões, termina em 2015.
publicado em 24 de agosto de 2013 - O Estado de S. Paulo


Nova lei obriga a coleta de óleo usado no município de Sorocaba


A lei prevê que os recipientes sejam colocados em locais visíveis e de fácil acesso



A partir de 2 de outubro, praticamente todos os mercados e supermercados que comercializam óleo de cozinha em Sorocaba precisarão estar equipados com o recipiente que faz a coleta do produto depois de sua utilização. Isso é o que prevê a lei n.º 10.529, de autoria do vereador Anselmo Neto (PP), que sancionada no último dia 2 já passou a vigorar em Sorocaba e aplica a medida a comércios com área superior a 50 metros quadrados. Porém, como o prazo de adaptação é de 60 dias, a tolerância para que os estabelecimentos se adequem às determinações do texto vale até o dia 2 de outubro. Após esse período, quem não atender aos requisitos da norma estará sujeito a advertência, multa (com valor dobrado em situação de reincidência) caso a irregularidade não seja sanada e até mesmo suspensão das atividades até que a infração seja corrigida.

O texto prevê ainda que os recipientes sejam colocados em locais visíveis e de fácil acesso, assim como cartazes que informam sobre os perigos do descarte. Eles deverão conter informações que sugiram ao cliente depositar o resíduo no local adequado, a maneira correta de armazenar o óleo além de destacar os riscos, como o de entupimento e poluição de rios e mares quando o material é despejado pelo ralo da pia. Os recipientes serão armazenados e posteriormente encaminhados aos respectivos fabricantes ou representante legal para reciclagem competente. Os custos para a adaptação às normas serão de responsabilidade dos próprios estabelecimentos e será proibida a cobrança de qualquer valor relativo ao serviço para os clientes.

Apesar de a lei ter sido sancionada recentemente e passar a valer apenas no mês de outubro, o serviço de coleta de óleo usado já está disponível há um bom tempo em alguns pontos da cidade. É o caso da rede Coop, que possui em suas duas unidades (na Árvore Grande e na zona norte) recipientes apropriados para recolher o material e posteriormente dar a devida destinação ao produto. De acordo com o gerente da unidade Coop da Árvore Grande, Augusto César Joaquim, a quantidade de óleo arrecadada mensalmente só não é maior devido a falta de conhecimento do serviço por parte da própria população. "Em média coletamos entre 100 e 120 litros de óleo por mês", revela. No local, a cooperativa possui dois recipientes para arrecadação do óleo usado, sendo que um deles é fruto de uma parceria que envolve outros empreendimentos que também aderiram à iniciativa. Por conta disso, explica Augusto, o serviço pode ser encontrado e diversos outros locais pela cidade.

O gerente da Coop explica ainda que as despesas geradas com a prestação do serviço são praticamente irrelevantes. "Como surgiu de uma parceria, não houve custo de implantação. E a despesa com manutenção também é muito pequena", garante. Ele acredita que com a nova lei, tanto a população como os empreendedores só têm a ganhar. "É importante pois essa lei vai ao encontro da política nacional de resíduos sólidos. A tendência é que isso se estenda também a outras categorias, o que só traz benefícios ambientais e também para a economia", opina. Augusto acredita ainda que com a norma estabelecendo a prática do serviço em todos os mercados e supermercados da cidade, resultados positivos devam surgir em breve.

O mesmo acontece em outras grandes redes de supermercados da cidade. As duas unidades do Extra, por exemplo (Santa Rosália e Campolim), disponibilizam o serviço desde 2010 e neste ano, juntas arrecadaram uma quantia de óleo de cozinha usado superior a 6 mil litros. Nas duas unidades do Carrefour (Campolim e zona norte) o serviço também é disponibilizado em uma ação realizada por mio de parcerias. A rede Walmart, que possui um mercado grande na região do Campolim, também foi procurada pelo Cruzeiro do Sul, porém, não respondeu aos questionamentos.
A Prefeitura foi questionada pelo Cruzeiro do Sul em relação ao valor da multa aplicada em virtude do descumprimento à norma, sistema de fiscalização da lei e também em relação a uma relação de estabelecimentos no município que demandam a implantação do dispositivo, porém, até o fechamento desta edição não deu retorno à reportagem.
Notícia publicada na edição de 26/08/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 6 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.