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Cientistas pedem proteção para a Serra da Mantiqueira na Science



FOTO: Gerson Santos 
Copyright  (Vista do Marins, na Serra da Mantiqueira)
Em um carta publicada hoje na revista Science, pesquisadores fazem uma comparação entre a Serra da Mantiqueira (um dos principais remanescentes de mata atlântica do Brasil, na divisa entre SP, RJ e MG) e a cordilheira Adirondack, que fica próxima à cidade de Nova York, chamando atenção para a importância dessas áreas e pedindo mais atenção à criação de um mosaico de áreas protegidas na Mantiqueira.
Um dos autores da carta é o biólogo brasileiro Gui Becker, que está fazendo doutorado na Universidade Cornell.

Abaixo, a íntegra da carta, em inglês:

The Brazilian Adirondacks?

The name of the Serra da Mantiqueira mountains, translated from the indigenous Tupí-Guaraní language as Weeping Mountains, underscores their historical importance as a source of water for southeastern Brazil. Mantiqueira harbors outstanding sociocultural history, and its high peaks form a key wildlife corridor within the Atlantic Forest Biodiversity Hotspot (1). The striking scenery and proximity to Rio de Janeiro and São Paulo (17.6 million inhabitants combined) offer an opportunity to consider new models in conservation and sustainability.
In 2006, the Brazilian Ministry of the Environment created the Mantiqueira Mosaic, a network of public and private conservation units, to enhance biological conservation and local welfare. However, the implementation of most conservation units has been delayed and many still lack a management plan. For instance, the creation of the largest park (Parque Nacional Altos da Mantiqueira), which will cover 86,000 hectares of high peaks (2), has been stalled since 2010. Brazil’s booming economy, and the 40% predicted increase in agricultural land use in the next decade (3), will pose serious threats to the remaining ~10% of the Brazilian Atlantic Forest (4).
In the 19th century, the Adirondack Mountains, adjacent to New York City and Albany (8.4 million inhabitants), faced a strikingly similar scenario due to logging and mining activities, leading to creation of the Adirondack Park in 1892 (5). Along with the Algonquin Provincial Park in Canada, the Adirondacks serve as a key wildlife corridor in North America (6). Adirondack Park successfully manages an integrated mosaic of private and publicly owned lands, supports sustainable land use, regulates recreational activities, and promotes ecotourism and education (5).
The conservation challenges for the Mantiqueira range and Adirondacks are similar, despite being proposed more than a century apart. The future of Brazil’s most prominent mountain chain as wilderness now depends on accelerated implementation of the conservation network by the Brazilian Federal Government so that the Mantiqueira Mosaic can promote biodiversity conservation and environmental stewardship through sustainable land use and citizen access.

C. Guilherme Becker, David Rodriguez, Kelly R. Zamudio
Department of Ecology and Evolutionary Biology, Cornell University, Ithaca, NY 14850, USA.

FOTO: Adirondacks no outono. / Photograph by Michael Melford, National Geographic

fonte: estadao.com.br

A da torneira talvez seja mais limpa


Pesquisadores de Araraquara avaliaram a qualidade de três “modelos” de água mineral e detectaram níveis preocupantes de contaminação em galões de 20 litros antes do vencimento do prazo de validade
Leia abaixo a reportagem é de André Julião; clique aqui para ver o pdf

NUNCA SE VENDEU TANTA ÁGUA MINERAL NO MUNDO, o que em parte é resultado de uma bem–sucedida promoção do produto engarrafado como  alternativa mais limpa, mais pura e mais segura àquela que nos chega pelas torneiras. Mas um estudo feito por pesquisadores da Unesp e publicado na revista Food Control sugere que não é bem assim e, em alguns casos, pode ser o contrário. Em várias amostras analisadas foram encontrados níveis preocupantes de bactérias antes do vencimento do prazo de validade indicado no rótulo das garrafas. Em alguns casos, isso ocorreu já nos primeiros dias após o envase.

Realizado pela pós-doutoranda Maria Fernanda Falcone Dias na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp em Araraquara, o trabalho suscita questões sobre a legislação para a água mineral brasileira. “Nosso objetivo é gerar dados para ajudar a melhorar a qualidade do produto que chega aos consumidores”, afirma o professor Adalberto Farache Filho, também de Araraquara e coautor do estudo.

Proveniente de fontes naturais, a água mineral não passa por nenhum tipo de tratamento. Deve ser livre de contaminação na origem e preservar suas características originais, o que inclui a presença de diversos sais e de uma fauna microbiana considerada benéfica à saúde humana. Geralmente em posse da iniciativa privada, as fontes de água mineral devem ter sua qualidade certificada pelo Departamento Nacional de Pesquisa Mineral.

Já a água de abastecimento público (vulgarmanente conhecida como “torneiral”), além de passar por tratamento químico e físico, tem sua qualidade obrigatoriamente verificada por análises microbiológicas antes de ser distribuída nas cidades. A principal é chamada CHP, sigla para Contagem de [micro-organismos] Heteretróficos em Placa. Embora esse teste seja feito também na água engarrafada (antes do envase), a legislação só estabelece um valor máximo aceitável – de 500 UFC/ml
(unidades formadoras de colônia por mililitro de água) – para o líquido que vai para as torneiras. “Esse é o padrão internacional, que é seguido pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, explica Maria Fernanda. Mas já existe uma tendência mundial de adotar o mesmo limite máximo também para a água de garrafa, acrescenta ela.

Maria Fernanda analisou o conteúdo de garrafas de meio litro e de 1,5 litro em 11 ocasiões ao longo de um ano, que é o prazo recomendado para seu consumo. Já os garrafões de 20 litros passaram por cinco testes, realizados ao longo dos 60 dias de validade do produto. Ao todo foram 324 amostras de seis marcas (não relevadas pelos autores). Além da CHP, outras análises procuraram detectar a presença de coliformes fecais e totais e de bactérias como a Escherichia coli e a Pseudomonas aeruginosa, que podem causar diarreia e infecções, principalmente em crianças, gestantes e idosos.

Os resultados mostraram que, dos três tipos de garrafa d’água, o de 20 litros foi o que apresentou mais problemas de contaminação. Em dois terços dos 60 garrafões analisados foi encontrada contagem superior a 500 UFC/ml – às vezes chegando a incríveis 560.000 UFC/ml, mais de mil vezes acima do padrão aceitável para a água de abastecimento.

Em dois desses galões foram detectadas ainda a bactéria P. aeruginosa e outras do chamado grupo dos enterococos. A primeira é um ser oportunista que pode agravar o estado de saúde de quem tem o sistema imunológico comprometido. As últimas  não são causa direta de doenças, mas costumam ser usadas como indicadores de contaminação por esgoto.

Não é de hoje que os garrafões de água mineral apresentam problemas sanitários. Numa tentativa de evitar o problema, uma portaria de 2011 do DNPM determinou prazo de validade de três anos para os galões retornáveis de 10 e 20 litros. Segundo Farache, a contaminação geralmente decorre de falhas de higienização na indústria. “Não adianta reutilizar [o garrafão] por um prazo limitado se ele não for lavado a cada vez que é usado.”

Esse tipo de contaminação pode ocorrer ainda na fonte, mas é mais comum durante ou após o envase. O próprio ambiente, as embalagens e as tampas são potenciais moradas dessas bactérias. Os equipamentos usados no processo, bem como os reservatórios de armazenamento podem também abrigar populações de micro-organismos contaminantes, enumeram os pesquisadores.

Ao abrigo do sol
Outra possível fonte de contaminação (ainda que indireta) é a exposição ao sol. A radiação acelera a quebra de moléculas orgânicas presentes na água (em baixíssimas concentrações), que passam a ter o tamanho ideal para virar comida de bactérias. Com alimento disponível, elas se reproduzem e a população cresce. E então, quando morrem, servem de alimento para outras bactérias.

Esse ciclo de vida e morte é uma hipótese de trabalho. Em várias amostras, os pesquisadores observaram baixa concentração de micro-organismos nos primeiros dias após o envase, que por sua vez aumentou alguns dias depois, para em seguida voltar a ser baixa. “Por enquanto é apenas uma possibilidade, mas outros estudos feitos no exterior chegaram a resultados parecidos”, diz Maria Fernanda.

Farache alerta ainda para outro tipo  muito comum de contaminação dos garrafões de água mineral (que ficou fora do escopo do estudo). Ocorre no local de consumo, mas pode ser facilmente evitado. “É preciso fazer a higienização correta não só do galão como do suporte”, diz. Tanto um como o outro devem ser lavados com água sanitária, ou, pelo menos, com água clorada e sabão, a cada troca do recipiente, enfatiza o pesquisador.

fonte: Unesp-ciência
Imagem/montagem: Shutterstock


Veja também: Filtro de barro brasileiro é o mais eficiente do mundo

OMS diz que novo tipo de gripe aviária é um dos "mais letais"


A nova cepa da gripe aviária, que já matou 22 pessoas na China, é dos tipos "mais letais" e é transmitida mais facilmente aos seres humanos do que a outra variação que matou centenas de pessoas desde 2003, disse nesta quarta-feira um especialista da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Funcionário manipula aves abatidas não infectadas em uma planta de tratamento como parte de medidas preventivas contra a gripe aviária H7N9, em Guangzhou, na província de Guangdong. A nova cepa da gripe aviária, que já matou 22 pessoas na China, é dos tipos "mais letais" e é transmitida mais facilmente aos seres humanos do que a outra variação que matou centenas de pessoas desde 2003, disse nesta quarta-feira um especialista da Organização Mundial de Saúde (OMS). 
16/04/2013.
Foto: Stringer / Reuters


A gripe H7N9 já infectou 108 pessoas na China desde que foi detectado pela primeira vez em março, de acordo com a OMS, organismo da ONU com sede em Genebra.

Embora não esteja claro exatamente como as pessoas estão sendo infectadas, os especialistas dizem que não veem nenhuma evidência até agora do cenário mais preocupante: a transmissão sustentada entre pessoas.

Uma equipe internacional de cientistas liderada pela OMS e pelo governo chinês realizou uma investigação de cinco dias na China, mas informou que não estão mais perto de determinar se o vírus pode se tornar transmissível entre humanos.

"A situação continua complexa e difícil, e evoluindo", disse o diretor-geral assistente para segurança em saúde da OMS, Keiji Fukuda.

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expressamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.

Fonte: Terra

McDonald's é multado em R$ 3 milhões por publicidade abusiva do McLanche Feliz



A Arcos Dourados, que opera a marca McDonald's no Brasil, foi condenada pela Fundação Procon-SP a pagar multa de R$ 3.192.300 por veicular comerciais do kit para crianças McLanche Feliz considerados abusivos.

A entidade de proteção ao consumidor decidiu neste mês manter uma multa de um processo de 2011 em que o McDonald's foi acusado de promover as vendas do lanche por meio de campanhas publicitárias que o associam ao mundo infantil utilizando personagens, bonecos e atores mirins.

A empresa recorreu da decisão na época, mas o Procon-SP negou o recurso e decidiu multar a Arcos Dourados em caráter definitivo. Agora, a única opção da empresa é recorrer da multa na Justiça.

A decisão foi publicada na edição de 2 de abril do "Diário Oficial" do Estado de São Paulo.
McDonald's foi multado pelo Procon de São Paulo em R$ 3 milhões por publicidade abusiva do McLanche Feliz

PUBLICIDADE ABUSIVA

Segundo o Procon-SP, a empresa incitou o público infantil --considerado hipervulnerável-- a consumir alimentos não saudáveis pelo uso de personagens infantis e pela venda de lanches acompanhados de brinquedos.

"A publicidade tem que tomar uma serie de cuidados e jamais deve fazer esse vínculo com o mundo infantil, pois esse público não tem a capacidade de compreensão que o público adulto possui", disse Andréa Benedetto, assessora técnica da entidade.

Benedetto disse que, embora não haja uma legislação específica regulamentando a publicidade infantil, a condenação foi feita com base no CDC (Código de Defesa do Consumidor), que veda a publicidade abusiva.

OUTRO LADO

Procurado, o McDonald's informou que vai recorrer da multa na Justiça.

Segundo a empresa, os brinquedos que acompanham o lanche podem ser adquiridos desde 2006 sem a obrigatoriedade do consumo de refeições e "todas as composições do McLanche Feliz apresentam 600 calorias, recomendação da Organização Mundial de Saúde para um terço das refeições diárias de uma criança".

Sobre regras de comunicação para o público infantil, o McDonald's disse que tem um código de autorregulamentação.

fonte: Folha