Durante os próximos dias o Instituto Cahon deverá acompanhar o caso para saber o número de animais que ficarão para trás após a transferência das famílias para outro local. O Instituto não possui canil e também não tem como encaminhar para lares temporários. Se alguém puder ajudar, será um grande feito. Sexta-f passada estiveram no local: Honno Marques, Caio Junqueira, Pedro Pacheco e Kamili. As famílias ainda estão se mudando e ainda não é possível averiguar os animais que serão abandonados. Segue matéria publicada no jornal Cruzeiro do Sul.
25/12/2012 | SANTO ANDRÉ 2
Maíra Fernandes
maira.fernandes@jcruzeiro.com.br
|
Cachorros são maioria entre os animais abandonados no local - Por: FÁBIO ROGÉRIO |
Na próxima semana, o Instituto Cahon, voltado às questões socioambientais, irá realizar uma investigação no Santo André 2, para levantar o número de animais que ficaram abandonados, depois que as famílias foram transferidas para o Residencial Parque das Árvores. De acordo com o presidente do instituto, Honno Marques, na sexta-feira eles estiveram no local, mas como ainda haviam famílias que resistiam a sair de suas casas, não sabiam identificar quais animais estavam, realmente, abandonados. "Em princípio fomos apurar o que estava acontecendo, então a posição é voltar lá, fazer mais uma investigação, já que acredito que as pessoas não estarão mais lá na semana que vem. A intenção é retornar e ver o que está abandonado, fazer contagem e ai sim, cobrar a prefeitura da responsabilidade, que na prática é a de encaminhar os animais, dar abrigo e proteção", explica Marques.
Na sexta-feira, contaram cerca de 30 animais - a maioria cachorro - andando pelo bairro. Na tarde de ontem, quando a reportagem esteve no local, esse número era bem menor, quase correspondente ao número de pessoas que ainda estavam no processo de mudança, mesmo assim, os membros do instituto farão a investigação no local
"A zoonoses não pode dar esse suporte, ela cuida do controle de zoonoses, não tem estrutura humana. Essa questão de abandono dos animais é uma questão social, e pensando nisso, exigimos a criação de um órgão para se trabalhar políticas públicas de respeito aos animais. Exigir a criação de uma coordenadoria ou divisão específica, com fiscalização, profissionais treinados, para assumir suporte e bem estar desses animais", explica Marques sobre as medidas que ele e outras ong"s vêm pleiteando perante o município.