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Desmatamento: Apenas 1% das reportagens de jornais é investigativa


Entre janeiro de 2007 e dezembro de 2012, 44 jornais e quatro revistas semanais foram analisadas. O objetivo? Saber como a imprensa está cobrindo a pauta desmatamento. O estudo feito pela ANDI teve resultado revelado nesta semana. Quando o assunto é reportagem investigativa em jornais, apenas 1% de conteúdo foi encontrado.
A informação é publicada por Comunique-se, 11-12-2013.
Segundo o estudo, pouco mais de um terço da cobertura (36,1%) foi motivada por demandas ou ações do Poder Público. A divulgação de procedimentos ou de resultados de avaliações, levantamentos ou pesquisas governamentais foi responsável por 7,9% das pautas.
As reportagens geradas por iniciativas da própria imprensa representam apenas 14,2% do material analisado nos seis anos. Em relação às revistas, o tema também é motivado por ações governamentais, embora a proporção seja menor do que em jornais: 37,5% contra 47,8%. Por natureza, as semanais vão além do factual, assim, 27,5% das ideias foram geradas na própria redação, sendo 4,7% de cunho investigativo.
O estudo da ANDI teve supervisão editorial de Veet Vivarta, que na tarde de terça-feira, 10, participou de debate para apresentar os resultados da pesquisa. O encontro foi promovido pela instituição, em parceira com o Grupo Comunique-se. Com a participação de Daniela Chiaretti, do Valor Econômico, e de Mauro Pires, Consultor Técnico da pesquisa, a conversa foi mediada pela repórter Nathália Carvalho, do Portal Comunique-se.

Mulher dá telefone falso para abandonar cão em pet shop e revolta interior de SP


13 de Dezembro de 2013

Dona nunca mais voltou para buscar animal que foi deixado para tomar banho; caso aconteceu em Santa Bárbara d'Oeste

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL

Cão abandonado em pet shop  (Foto: Divulgação/Pet Shop Enkrenkinhas)
Os funcionários usaram o perfil do pet shop "Enkrenkinhas" no Facebook para denunciar o abandono de um cachorro no lugar. O animal foi levado pela dona para tomar banho. Horas mais tarde, quando a equipe do local tentou entrar em contato com a mulher para avisá-la que o cachorro já estava pronto e poderia ser retirado, foi descoberto que os dados passados - telefone e endereço - eram falsos.
"Parabéns" pra pessoa que ABANDONOU um cachorro aqui na loja hoje..... "Excelente" sua conduta..... Trouxe para banho e deu telefone e endereço falsos.... Você não acha que pedir ajuda seria muito mais bonito e honesto da sua parte ????? Continue sendo mentirosa assim que você vai loooooooonge..... Afff!", dizia a primeira postagem do "Enkrenkinhas" na web sobre o caso.
A dona nunca mais voltou para resgatar o cãozinho e, mais uma vez, o pet shop usou a rede social para pedir ajuda e tentar encontrar um novo dono para o bicho.
"Pessoal..... se alguém tiver interesse em ficar com esse cãozinho me mandem mensagem INBOX... recebemos milhares de mensagens, tá impossível acompanhar todas..... DAREMOS ele castrado, vermifugado, vacinado e 50kg de ração...",prometeu o pet shop em nova postagem no Facebook.
Na manhã desta sexta-feira (13-12), a equipe do "Enkrenkinhas" anunciou a adoção do cão por Denise Sbravatti Salvador.
"BOAS NOTÍCIAS......o cãozinho abandonado já tem um novo nome CHANTILLY.... está super bem na nova casa..... Graças a Deus e graças a pessoas boas que ainda existem nesse mundo.. Muito obrigada, Denise Sbravatti Salvador..... q Deus abençoe você e sua família!!!!!!!!!!", postou a equipe do pet shop.
Funcionários do "Enkrenkinhas" estão ajudando na investigação do abandono para encontrar a dona que abandonou o cão. O caso gerou revolta em Santa Bárbara d'Oeste, município do interior de São Paulo, onde está localizado o pet shop.

Por pressão ruralista, governo pretende criar uma comissão técnica para analisar e registrar novos agrotóxicos



O governo brasileiro pretende criar uma comissão técnica para analisar e registrar novos agrotóxicos. A medida ocorre por pressão dos setores do agronegócio, principalmente das grandes empresas que lucram com a venda desses produtos no país e da bancada ruralista.
A reportagem é de José Coutinho Júnior e publicada pela Página do MST, 09-12-2013.
Atualmente, a avaliação de agrotóxicos ocorre em conjunto: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) avalia a eficiência agronômica do produto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os efeitos à saúde humana e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) os impactos ambientais.
A tentativa de criar uma comissão única, segundo Luiz Cláudio Meirelles, ex-diretor da Anvisa – demitido da instituição após denunciar um esquema de fraude -, é antiga.
“Quando cheguei à Anvisa já existia uma pressão muito grande em criar uma comissão única que fizesse as avaliações toxicológicas, contratando para isso laboratórios privados e retirando o papel do Estado. É uma forma de enfraquecer a legislação do país sobre agrotóxicos, que gera uma série de incômodos às empresas”.
O principal argumento utilizado pelo setor para a criação da comissão é a morosidade da Anvisa. No entanto, esse discurso não leva em conta o sucateamento da Anvisa e seus poucos técnicos: há apenas 20 funcionários contratados para dar conta do registro e da fiscalização dos agrotóxicos.
Para efeito de comparação, a agência que realiza o mesmo trabalho nos Estados Unidos, segundo maior consumidor de agrotóxicos no mundo, tem cerca de 700 funcionários.
Nova Comissão
Segundo o jornal Valor Econômico, duas propostas foram apresentadas no congresso para a criação de uma comissão. Uma foi encaminhada pelas empresas do setor, que sugere a criação da CTNAgro, com 13 membros e subordinada à Casa Civil.
A outra, encaminhada pela bancada ruralista, sugere a criação da CTNFito, composta por 16 membros e com um prazo de até 90 dias – após a data da entrega do processo pelas empresas – para se posicionar em relação à aprovação ou não do registro de um determinado agrotóxico.
Ao retirar a responsabilidade da Anvisa e Ibama, essas comissões podem abrir brechas para a aprovação de produtos que comprovadamente causam mal à saúde, levando em conta apenas o lucro das empresas que produzem e vendem agrotóxicos.
“Ao lidar com substâncias perigosas, o Estado tem que estar presente o tempo todo, não é algo que você possa dizer que é autoregulável ou deixar nas mãos de terceiros”, pondera Luiz.
Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), o mercado brasileiro de agrotóxicos movimentou US$ 9,7 bilhões em 2012 no Brasil.
As vendas desses produtos aumentaram mais de 72% entre 2006 e 2012 – de 480,1 mil para 826,7 mil toneladas país. Somos o país que mais consome agrotóxicos no mundo: cerca de 20% de todo consumo mundial de venenos é despejado na nossa agricultura.
“O grande interesse por trás dessas comissões é o lucro, que é capitalizado e o prejuízo, socializado. Estamos falando do maior mercado de agrotóxicos do mundo, e quem já lucra quer ganhar mais. Essas empresas faturam bilhões de dólares, tem a capacidade de influenciar governos, e tem tentáculos no Judiciário e no Legislativo”, ressalta Fernando Carneiro, representante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
Apenas fachada
A estrutura de ambas as comissões a serem criadas se assemelham muito à CTNBio, a atual comissão responsável pela liberação de produtos transgênicos. Por esse motivo, há a preocupação de que uma nova comissão sirva apenas a interesses particulares.
“A CTNBio nunca negou um pedido de registro de patente de semente transgênica, o que é um absurdo, pois temos relatos de outros países sobre o perigo de contaminação genética que a liberação de transgênicos pode causar”, afirma Cléber Folgado, da Campanha Nacional contra os Agrotóxicos e pela Vida.
Os impactos na saúde da população brasileira por conta do uso de agrotóxicos já são sentidos. Dados da Anvisa mostram que a cada dólar gasto com o uso de agrotóxicos, outros US$ 1,28 são gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) com o atendimento de trabalhadores intoxicados.
Além disso, cerca de 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros apresentam resíduos de agrotóxicos acima dos limites permitidos ou não registrados no país. Cerca de outros 40% apresentam resíduos dentro dos limites permitidos – o que, segundo a Anvisa, não significa que sejam seguros para consumo.
As vitórias da Bancada Ruralista
Nos últimos anos, a bancada ruralista vem obtendo diversas vitórias para os grandes produtores e empresas do agronegócio no congresso, em detrimento dos direitos dos camponeses, povos originários e da sociedade como um todo.
Só para citar alguns exemplos, pode-se destacar a aprovação do Novo Código Florestal, a rediscussão do conceito de trabalho escravo, o sucateamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Especialistas na área apontam o fortalecimento desse setor na opção do governo em apostar no agronegócio como modelo de desenvolvimento. Prova disso são os investimentos públicos em 2013. Enquanto a parcela destinada ao agronegócio girou em torno de R$ 154 bilhões, a agricultura familiar recebeu apenas R$ 24 bilhões.
Folgado relembra outro ponto que explica essa movimentação forte da bancada, “já que grande parte desses políticos tem suas campanhas financiadas por empresas nacionais, transnacionais e fazendeiros”.
Para ele, esses parlamentares são “fantoches para fortalecer o agronegócio, e infelizmente com consentimento do governo. Percebemos que a presidenta Dilma tem optado por favorecer esses setores em detrimento dos problemas que podem ocorrer”, critica.
Um exemplo dessa escolha do governo é a Medida Provisória 619/2013, que dá ao Ministério da Agricultura o poder de declarar estado de emergência em áreas com pragas e, à revelia da Anvisa e Ibama, importar, produzir, distribuir e comercializar agrotóxicos não registrados ou até mesmo proibidos no país.
A medida foi criada para permitir a utilização do benzoato de emamectina para o controle da lagarta Helicoverpa armigera. Segundo o próprio MAPA, a população dessa lagarta explodiu como consequência da difusão das lavouras transgênicas Bt, que produzem toxinas com o objetivo de matar as lagartas que delas se alimentam.
Para Fernando, essa medida mostra o efeito que a criação de uma comissão única pode ter no Brasil. “A Anvisa havia solicitado para que esse produto não fosse liberado, por ser neurotóxico em pequenas, médias ou altas doses. No entanto, temos um produto pulverizado por todo o país que pode causar malformações”, observa.
Nesse sentido, Fernando aponta o perigo de vermos, daqui uma ou duas décadas, malformações de toda a ordem por conta desses produtos liberados. “Teremos casos similares ao ocorrido no Vietnã, quando os americanos jogaram diversos produtos químicos na população, e as crianças nascem até hoje com problemas. No Brasil isso vai começar a acontecer”.
Como frear esse processo?
Fernando acredita que a única maneira de frear esse processo é o diálogo entre as organizações e movimentos sociais com a sociedade, mostrando os perigos que uma comissão como a CTNAgro podem causar.
“Temos que discutir o que acontece na base da sociedade. Por exemplo, não chega à sociedade a informação de que o Brasil tem liberado venenos sem a correta avaliação, já que a mídia também tem o agronegócio como um grande financiador. Outra questão é pressionar o Estado para que ele cumpra a constituição e proteja a saúde e o meio ambiente”, diz.
Folgado completa ao dizer que não podemos ficar apenas no denuncismo. “Temos que visibilizar à sociedade as experiências já existentes de alternativas ao agronegócio. Temos experiências de produção agroecologica, com alimentos saudáveis, a baixo custo, mas a sociedade não conhece”.
Ele ainda explica que há dois modelos em disputa no campo brasileiro, “e por isso a sociedade e movimentos devem se organizar para ampliar essa luta, somando-se aos trabalhadores da cidade. Os problemas existentes hoje no campo, não são mais só dos camponeses e agricultores familiares, eles dizem respeito ao conjunto da sociedade” afirma.


Na terra de Chico Mendes, borracha perde espaço para pecuária e motosserras


Durante curso recente de formação de lideranças no Acre, um jovem seringueiro foi convidado a expressar, em desenho, o que pensava sobre o futuro da Reserva Extrativista Chico Mendes, um bolsão verde de 970 mil hectares que atravessa seis municípios e simboliza a luta ambientalista no estado. O rapaz, de uma comunidade tradicional da floresta, não hesitou: em traços rápidos, desenhou um prédio.
A reportagem é de Chico Otávio, publicada no jornal O Globo, 08-12-2013.
A reserva é um dos legados da tragédia de 22 de dezembro de 1988, quando um tiro de escopeta encerrou, emXapuri (a 175km de Rio Branco), a luta de Chico Mendes contra a destruição nos seringais do Acre. Ele acreditava que a sobrevivência do caboclo dependia da mata em pé. Vinte e cinco anos depois, este sonho padece sob a pata do boi e a lâmina das motosserras. Enquanto a borracha sucumbe à lógica de mercado, a pecuária, a extração de madeira e a modernidade conquistam corações e mentes dos povos da floresta, incluindo seringueiros que lutaram ao lado de Chico.
Até a entidade que o líder seringueiro presidia quando assassinado admite agora como sócios dois filhos do pecuarista condenado por matá-lo. Guinaldo e Darlyzinho, filhos de Darly Alves da Silva, punido com 19 anos de prisão por ter sido o mandante do crime, estão entre os 3.500 sócios do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. O atual presidente, José Alves da Silva, disse que não havia como barrar os dois irmãos, já que preenchiam todas as exigências legais de sindicalização. Com o aval do sindicato, Guinaldo e Darlyzinho passaram a ter acesso a linhas de crédito rural.
 Chico Mendes era um defensor da floresta. Mas não era o dono do sindicato. O sindicato pertence aos associados. Não vimos motivos para eles (filhos de Darly) não serem sócios — argumentou o presidente.
Produção de 12 mil toneladas 1990 despencou para 470 toneladas
Alves da Silva, um ex-seringueiro de 36 anos, disse que a chegada da pecuária na região representou o declínio da borracha. Hoje, afirma o dirigente, apenas 10% dos filiados à entidade continuam extraindo o látex, cujo principal comprador local é a fábrica de preservativos masculinos Natex, construída pelo governo estadual em Xapuri. A criação de gado, no entanto, mobiliza 80% dos associados e consolida-se, de longe, como o carro-chefe da economia da região, secundada pela indústria madeireira.
— O que está acontecendo hoje no Acre não tem nada a ver com o sonho de Chico Mendes, mas com o seu pesadelo — lamenta o cientista social Élder Andrade, professor da Universidade Federal do Acre (Ufac).
O drama a que se refere Andrade pode ser medido pelos indicadores econômicos do estado. Dados do IBGE sobre extração vegetal informam que em 1990, logo após a morte de Chico Mendes, o Acre produziu 12 mil toneladas de borracha natural. Em pouco mais de duas décadas, a quantidade encolheu para 470 toneladas anuais (2012). Na contramão desse ocaso, um estudo de Élder Andrade revela que a pecuária extensiva de corte e a exploração de madeira praticamente triplicaram em uma década. O rebanho bovino passou de 800 mil para quase três milhões de cabeças. A produção de madeira saltou de 300 mil para um milhão de metros cúbicos anuais.
Ao contrário da borracha e de outros produtos naturais, cujo mercado paga pouco e a longo prazo, uma novilha ou tora de madeira retirada clandestinamente é remunerada à vista. Um quilo de látex rende ao seringueiro R$ 7,80. A lata de 18 quilos de castanha vale R$ 23 — as cooperativas pagam um pouco mais aos fornecedores de castanha, mas só na safra seguinte. Já um bezerro recém-nascido pode render ao seringueiro R$ 300, sem que ele tenha de cumprir as jornadas exaustivas de trabalho na mata.
A madeira ilegal segue a mesma lógica. Se o mercado oficial paga por metro cúbico certificado no Acre R$ 60, o mesmo produto, retirado clandestinamente, pode render até R$ 350. As espécies mais procuradas são o cumaru, a garapeira, a mirindiba, o cedro-rosa e a cerejeira. O ipê, mesmo em áreas protegidas, já está próximo da extinção.
— Não somos contra a preservação, mas defendemos o direito das famílias daqui à sobrevivência. Está provado que as grandes poluidoras do planeta são as grandes mineradoras e a indústria petrolífera. Ninguém é reprimido. Quem tem de pagar, então, é o pequeno produtor do Acre? — critica Alves da Silva, do sindicato de Xapuri.
Brasileia: 32 marcenarias e nenhuma área de extração legal
Em tese, a indústria moveleira do Acre só está autorizada a trabalhar com madeira certificada, procedente de áreas de exploração regularizadas. Porém, a engenheira agrônoma Silvana Lessa, chefe da Reserva Extrativista Chico Mendes (governo federal), alertou que Brasileia, cidade vizinha à de Xapuri e onde Chico Mendes iniciou a carreira sindical, abriga 32 marcenarias sem que exista, em toda a região, uma única área de extração madeireira legalizada.
Brasileia é também o município do Alto Acre onde Osmarino Amâncio, o serigueiro que chegou a ser apontado como sucessor de Chico e foi capa da revista americana “Newsweek”, mantém a sua área ou “colocação”, a Pega Fogo, no seringal Humaitá. No passado, era um dirigente conhecido pelos discursos radicais. Hoje, pelos resultados da fiscalização da reserva, Osmarino tornou-se um dos maiores fornecedores de madeiras ilegais da região. Foi punido, segundo Silvana, com “multa gigantesca”, devido a 200 toras apreendidas. Processado judicialmente, Osmarinonega o corte ilegal e se diz vítima de perseguição política.
Criada em 1990, a reserva extrativista de quase um milhão de hectares tem só sete funcionários para fiscalizá-la. Dentro dela, vegetais e animais silvestres dividem espaço com dez mil pessoas e pelo menos 20 mil cabeças de gado. O último levantamento, em 2010, apontava 7% de área devastada. Mas Silvana Lessa admite que a extensão pode ser maior. Seus funcionários já descobriram dois policiais civis loteando áreas da reserva e vendendo-as ilegalmente em Brasileia, com anúncios nos jornais. Nos seringais Nova EsperançaSanta Fé e Rubicom, o desmate já ultrapassa 50% do território.
— Alguns desses loteamentos clandestinos, que têm até registro em cartório, se parecem com vilas rurais. Ali, um hectare de terra custa até R$ 1 mil — lamenta Silvana.
PT perde prefeituras históricas
Os grandes pecuaristas, facilmente descobertos pelo rastreamento dos satélites, mudaram a estratégia para chamar menos atenção. Passaram a fazer parcerias com os antigos adversários, os seringueiros, estimulando-os a formar pastos em suas pequenas propriedades, nas quais os rebanhos são fracionados. Além de esconderem-se melhor, eles também conquistam a simpatia dos vizinhos da floresta, ampliando seus domínios sem fazer alarde.
Ao longo da BR-317, que liga Rio Branco a Xapuri e Brasileia, imensos campos de pastagens estão repletos de gado. Embora a legislação que criou a reserva exija um cinturão verde de três quilômetros de raio (zona de amortecimento), já não há praticamente árvores em pé nos ramais (estradas vicinais) que levam ao coração da reserva extrativista.
O governo estadual de Tião Viana (PT) tenta frear o ritmo do desmatamento. Fez parceria com a reserva, para reforçar a fiscalização, e montou complexo industrial de madeira certificada em Xapuri, forçando assim que os seringais aprovem planos de manejo comunitário para produção de madeira certificada (retirada de forma planejada para causar o menor impacto possível à natureza). Mas o cenário político não é hoje favorável a ações mais duras. Em 2012, o PT perdeu as prefeituras de Xapuri e Brasileia, berço das lutas de Chico Mendes, e tenta agora recompor o patrimônio eleitoral perdido.
— É inadmissível que o seringueiro que nasceu e se criou aqui não possa ser compensado pelo que fez sem agredir a natureza. O manejo madeireiro já existe desde os tempos de Chico Mendes. A diferença, agora, é que o debate foi ampliado para os meios acadêmicos. A madeira pode ser um componente importante da renda da comunidade. Só não pode ser o mais importante — defende Júlio Barbosa, amigo de Chico e ex-prefeito de Xapuri pelo PT.
Mas nem todos os antigos aliados de Chico Mendes estão de acordo com o protagonismo da madeira e da pecuária na região.
— Não há em nenhum lugar do mundo um exemplo de manejo sustentável da madeira que tenha dado certo. Não há como comprovar. Se Chico Mendes estivesse vivo, acho que ele inicialmente toparia fazer. Mas, passados dois, três anos, diria: “Peraí, agora chega” — critica o advogado Gomercindo Rodrigues, uma das últimas pessoas a ver Chicovivo.
Em Xapuri, os históricos “empates”, quando Chico Mendes e outros seringueiros enfrentavam os jagunços para evitar a derrubada da mata, ficaram no passado. Agora, a briga mais renhida do município opõe antigos companheiros de lutas. No centro da disputa, com desdobramentos na Justiça, está o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, base estratégica para a política cevada pelos créditos rurais.
Unisinos


PluriCell substitui testes em animais e ganha prêmio

A PluriCell Biotechnologies, empresa voltada à biotecnologia, venceu a 8ª edição do Desafio Brasil.

A inovação está em utilizar células humanas derivadas de células-tronco e com isso é possível substituir os testes que são realizados em animais, o que além de aumentar  a eficiência, aumenta também a  rapidez na elaboração do remédio,  reduzindo assim,  o custo  consideravelmente.


A competição premia as melhores startups nacionais e é organizada pelo Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital (GVcepe) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). A premiação aconteceu nesta terça-feira (26) durante a realização da Open Innovation Week.

A PluriCell Biotechnologies tem a tecnologia para a geração . Em outubro, a startup ficou em primeiro lugar no 1º Prêmio Startup Campinas.

O Desafio Brasil 2013 teve inscrições de mais de 1.800 propostas que foram avaliadas e assessoradas por 611 especialistas-voluntários.

Veja abaixo o vídeo com o pitch do sócio fundador da Pluricell.

http://www.youtube.com/embed/o23Ujhk0Ui8

Amor que socorre


08 de dezembro de 2013

Ao ver o cachorrinho ser atropelado na Rua Lauro Müller, em Itajaí, o pequeno Jean Fernandes, 11 anos, correu para socorrer o amigo. A sequência, que mostra o amor do menino pelo cão, chamado Mel, foi captada pela fotógrafa Rafaela Martins.
O motorista que atropelou o cachorrinho não parou para prestar socorro _ algo bastante comum em Itajaí segundo o veterinário Denilson Vargas da Silva, do Núcleo de Controle de Zoonoses.
Em média um cão atropelado é atendido pelo núcleo por semana. A recomendação de Denilson é que não se mexa no bichinho até a chegada de um veterinário porque, se estiver sentindo dor, ele pode morder.
Apesar do susto, o pequeno Mel passa bem.
guarda-sol - Itajaí-SC

Dia de Plantio no Jardim Botânico

08-dez-2013

Sorocaba acaba de ganhar um lindo Jardim Botânico. 
Hoje foi dia de plantio de muitas árvores no entorno dele para deixá-lo ainda mais lindo. 
Que as árvores cresçam fortes e sadias, que dêem muitos frutos e sementes e  que muitos pássaros façam ninhos nelas. 
Nós do Cahon estivemos lá dando nossa colaboração no plantio, o BB  (viralatinha Cahon),  também participou e se comportou direitinho. 
Mesmo com o sol fortíssimo todos muito animados dando sua contribuição no plantio.