A onda de obscurantismo que enfraqueceu o ensino do evolucionismo nas escolas
nos Estados Unidos agora ameaça o ensino sobre o clima. Os sinais são
alarmantes, como descreve Bill
Walker, do site americano Climate Central. Ele conta que um grupo crescente
de professores de ciências nos Estados Unidos se deparam com questionamentos dos
alunos e dos pais quando apresentam em sala o que a ciência diz sobre o
aquecimento global provocado pelos atividades humanas. Esses céticos afirmam que
o conhecimento científico sobre o aquecimento, produzido nas
últimas décadas pelos principais centros de pesquisa e universidades do
mundo, é fruto de uma conspiração global.
A Associação Nacional dos Professores de Ciência dos Estados Unidos fez uma pesquisa sobre o assunto no ano passado. Descobriu que 82% dos professores dizem enfrentar ceticismo dos estudantes diante das mudanças climáticas. E 54% encara questionamentos dos pais. Outro levantamento recente, da Associação de Professores de Ciências da Terra, mostrou que 36% dos professores se sentem pressionados a ensinar os dois lados da questão. Como se as evidências de que o aquecimento existe e que é provocado principalmente por nossas emissões poluentes ainda estivessem em discussão nos meios científicos. Ao contrário, há mais consenso entre os cientistas do que a maioria das pessoas imagina. Enquanto isso, alguns dos livros usados nos EUA para promover o ensino dos ‘dois lados’ lembram as tentativas de equilibrar o ensino de evolução com criacionismo.
Há até algumas iniciativas para obrigar as escolas a balancear o ensino de mudanças climáticas. Os conselhos de educação dos estados do Texas e da Luisiana criaram novas diretrizes para exigir que os professores apresentem os argumentos dos céticos como uma posição científica. Há propostas parecidas circulando nos estados de Tennessee, Oklahoma, Dakota do Sul e Kentucky.
Esse movimento de deseducação científica seria apenas um problema para os americanos se não criasse um perigoso precedente para o resto do mundo. E se não formasse uma geração de eleitores desinformados no país mais rico e maior poluidor do planeta. Sem o apoio dos americanos, é impossível sonhar com um acordo internacional eficaz para evitar uma tragédia climática global.
Fonte: revista Época
A Associação Nacional dos Professores de Ciência dos Estados Unidos fez uma pesquisa sobre o assunto no ano passado. Descobriu que 82% dos professores dizem enfrentar ceticismo dos estudantes diante das mudanças climáticas. E 54% encara questionamentos dos pais. Outro levantamento recente, da Associação de Professores de Ciências da Terra, mostrou que 36% dos professores se sentem pressionados a ensinar os dois lados da questão. Como se as evidências de que o aquecimento existe e que é provocado principalmente por nossas emissões poluentes ainda estivessem em discussão nos meios científicos. Ao contrário, há mais consenso entre os cientistas do que a maioria das pessoas imagina. Enquanto isso, alguns dos livros usados nos EUA para promover o ensino dos ‘dois lados’ lembram as tentativas de equilibrar o ensino de evolução com criacionismo.
Há até algumas iniciativas para obrigar as escolas a balancear o ensino de mudanças climáticas. Os conselhos de educação dos estados do Texas e da Luisiana criaram novas diretrizes para exigir que os professores apresentem os argumentos dos céticos como uma posição científica. Há propostas parecidas circulando nos estados de Tennessee, Oklahoma, Dakota do Sul e Kentucky.
Esse movimento de deseducação científica seria apenas um problema para os americanos se não criasse um perigoso precedente para o resto do mundo. E se não formasse uma geração de eleitores desinformados no país mais rico e maior poluidor do planeta. Sem o apoio dos americanos, é impossível sonhar com um acordo internacional eficaz para evitar uma tragédia climática global.
Fonte: revista Época
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