Os pesquisadores estavam monitorando baleias cachalote da espécie Physeter macrocephalus, no nordeste do Chile, quando encontraram um grupo de baleias dormindo verticalmente na água. O barco chegou bem perto, e nenhuma acordou. “Foi na verdade muito assustador, estávamos com o motor desligado, mas chegamos muito perto para gravar os barulhos que elas faziam, mas logo percebi que o melhor seria ir com o barco para longe, e não correr o risco de ligar os motores e fazê-las reagirem assustadas”, afirmou o pesquisador Luke Rendell.
As baleias cachalote costumam agir em defesa do grupo. Cada um dos animais pesava ao menos o dobro do barco.
O encontro casual foi importante porque eles já haviam instalado chips em 59 baleias em um outro momento da pesquisa e perceberam que 7% do tempo elas passavam boiando muito perto da superfície. Eles não tinham a confirmação até então que elas estavam mesmo dormindo.
Baleias e golfinhos descansam apenas um dos hemisférios do cérebro por vez. Isso porque eles precisam fazer coisas importantes que obrigam a atividade física, como respirar à superfície, ou até evitar predadores. Eles nunca baixam totalmente a guarda. Agora, eles perceberam que no momento em que estão boiando, elas realmente estão dormindo profundamente. Esse período em que elas não se mexem, e não respira, dura de dez a quinze minutos. Os pesquisadores não conseguiram perceber se efetivamente as baleias tinham um dos olhos abertos, o que levaria a crer que elas estavam alertas, mas a total falta de resposta à proximidade dos pesquisadores, leva a crer que elas estavam dormindo mesmo profundamente.
Se elas dormem mesmo apenas 7% do tempo, é um contraste em relação a outras espécies de baleias como a beluga, que dorme 32% do dia.
Fonte: Galileu
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