Um lado que poucos conhecem de Bento XVI, que renunciou nesta quarta-feira (27) ao papado católico, é a sua compaixão pelos animais que, de acordo com o princípio da infalibilidade papal, reflete também o amor de Deus aos animais não-humanos.
Sabedora desta compaixão, em 2005, o PETA pediu à Sua Santidade que incluísse os animais nos assuntos de preocupação da Igreja Católica. Naquela época, o Papa falava sobre a exploração de todos os seres, especialmente de animais criados em fazenda para consumo humano.
Certa vez, ao ser questionado sobre Direitos Animais, ele respondeu: “Essa é uma questão muito séria. Os animais são dependentes de nós, entregues aos nossos cuidados e não se pode, simplesmente, fazer o que quer com eles. Os animais são criaturas de Deus. Os gansos, por exemplo, são alimentados exageradamente, de modo a ficar com o fígado tão grande quanto possível, ou as galinhas que vivem tão embaladas em conjunto que se tornam apenas caricaturas de aves. Esta degradação de seres vivos como uma mercadoria me parece, de fato, contradizer a relação de reciprocidade que vem através da Bíblia”.
Papa João Paulo II: “Os animais possuem alma”
A compaixão pelos animais também foi tema proeminente no papado do falecido João Paulo II. Enquanto Papa, Karol Wojtyla proclamou que “os animais possuem alma e os homens devem amar e sentir solidariedade para com seus irmãos menores”. Ele chegou a dizer que todos os animais são “fruto da ação criadora do Espírito Santo e merecem respeito” e que eles estão “tão perto de Deus como os homens”.
O Papa João Paulo II lembrou as pessoas que todos os seres surgiram a partir do “sopro divino”. Ele reafirmava que os animais possuem a centelha divina da vida, a qualidade viva da alma, e eles não são seres inferiores, como os agricultores, as fábrica de peles e outros que exploram animais para o lucro.
fonte: Informativo Seda,Porto Alegre
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