Por meio de comunicado divulgado ontem, a JHSF Participações S.A., responsável pelas obras do complexo que inclui o aeroporto executivo Catarina, o Catarina Fashion Outlet e a Catarina Corporate Center, todos em São Roque, na região de Sorocaba, informou "ao mercado" que recebeu a Licença de Instalação (LI), o único documento que faltava para a Companhia efetivamente iniciar a construção dos empreendimentos.
Apesar de ter obtido as autorizações do órgão de controle ambiental, a empresa ainda não reverteu o embargo judicial que a impede de dar continuidade às obras. Depende, portanto, de ordem específica para que isto ocorra. A assessoria de imprensa da JHSF foi contatada e disse que a reportagem deveria ater-se ao conteúdo do comunicado. A LI, de acordo com o texto, foi emitida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), "possibilitando o início dos trabalhos de terraplanagem e construção da primeira fase do Aeroporto e permitindo a implementação da estratégia financeira para o desenvolvimento do projeto em conjunto com outros investidores, conforme já adiantado em outras comunicações".
A primeira fase, continua o anúncio, incluirá pista de 1.940 metros, torre de controle, cerca de 50 mil m2 de hangares e 50 mil m2 de pátios e tem inauguração prevista para o segundo semestre de 2015.
A Companhia também recebeu as LIs para os projetos Catarina Fashion Outlet e Catarina Corporate Center, também localizados dentro do empreendimento Parque Catarina. O diretor da Associação de Proprietários Amigos da Porta do Sol (Apaps), Gabriel Bittencourt lamentou a postura da Cetesb, já que, conforme alegou, o estudo de impacto ambiental apresentado seria mal feito.
Ele disse que a restrição aos empreendimentos ainda prevalece e levantou a suspeita de que a incorporadora tenha feito uma "manobra" para contornar o desgaste de seus acionistas. Gabriel acrescentou que as ações da companhia teriam subido 4,8% depois que o anúncio foi divulgado. A Associação deverá se posicionar e encaminhar medidas na semana que vem. O processo em que o problema é discutido foi encaminhado à Comarca de São Roque, onde também tramita ação movida por Organização Não-Governamental (ONG) que pede para que os empreendimentos não sejam levados adiante, porque oferecem riscos ao meio ambiente. O andamento da causa será retomado na semana que vem quando termina o recesso do Judiciário.
do jornal Cruzeiro do Sul
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