Parabéns Daniela Jacinto, repórter do jornal Cruzeiro do Sul por divulgar o caso, parabéns ao Dr. Thiago e aos nobres adotantes. Segue a matéria:
Animal tomou banho em pet shop e dormiu na cama em sua nova casaDaniela Jacinto |
Paulo e o filho Lucas costumam cuidar de cachorros abandonados e acidentados há anos. Eles dão banho, levam ao veterinário, e depois colocam para doação, mas no caso de Negão os dois já decidiram que vão ficar com ele. Na terça-feira mesmo Negão foi para um pet shop onde tomou um banho bem caprichado (estava cheirando gostoso ainda ontem) e por fim conheceu seu novo lar. "Ele dormiu no meu quarto, no tapete, mas depois que levantei para trabalhar, fui observá-lo e estava dormindo na minha cama", conta Paulo, feliz pelo cachorro já estar se sentindo à vontade.
Conforme Paulo, mesmo magro Negão não ligou muito para a comida - por sinal carne - e ele acredita que o cachorro ainda esteja sentindo a falta do suposto dono falecido. "Ele tem um semblante triste. A gente anda e ele vem atrás, ele quer companhia", observa. Pai e filho já cuidaram de mais de 50 cachorros e ajudam Organizações Não-Governamentais (ONGs) emprestando a perua para o transporte de animais. Eles contam com o profissionalismo e sensibilidade do veterinário Thiago Alexandre Santos, da clínica Medcão. "A gente confia muito nele", disseram.
O veterinário afirma que Negão está com dois anos de idade e não tem nenhum problema de saúde, exceto o olho, que está com uma protusão da glândula de terceira pálpebra, que seria uma espécie de inflamação no órgão que produz lágrima, porém com a cirurgia ficará ótimo.
Funcionários sentem falta
Acostumados com o cachorro, os funcionários da Ossel estavam felizes pela adoção, mas sentiam falta. "Por causa da reportagem muita gente que veio ao velório ficou perguntando do cachorro. Nenhum de nós pôde ficar com ele porque não temos condições, mas eu saía para o almoço e sempre trazia alguma coisa para ele comer, geralmente o que sobrava da minha marmita, então senti falta", disse Cristina Aparecida Moreira, que faz serviços gerais.
A copeira Marisete Costa lembra que logo pela manhã Paulo foi buscar o cachorro. "Ele conversou bastante com o Negão como se fosse uma criança, disse que iria cuidar bem dele, que ele não precisava ficar com medo porque eles iriam ser amigos e que o Negão não iria mais sentir saudade do dono falecido. O Negão ficava olhando para mim e pensei "e agora, o que eu faço", mas percebi que era uma pessoa de bem. Negão era nosso companheiro. Vamos sentir falta, mas estamos felizes por ele", disse a copeira.
do jornal Cruzeiro do Sul
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