Acesso é proibido na UTI, mas já foi liberado em quartos e até em unidade semi-intensiva
O Hospital Israelita Albert Einstein permite, sob rígido protocolo, a visita de animais de estimação a pacientes internados. Segundo a instituição, o procedimento ajuda na recuperação dos pacientes.
De acordo com Rita Grotto, gerente de atendimento ao cliente, desde 2009, são feitos testes e a equipe é preparada.
— Os cuidados podem ser melhor realizados quando você envolve quem também cuida.
Cristiane Isabela de Almeida fez uma cirurgia e recebeu a visita de TwisterDivulgação/Hospital Albert Einstein
A entrada dos bichinhos no hospital faz parte do cumprimento de regras do
Planetree, uma certificação internacional de humanicação recebida pelo Einstein em dezembro de 2011. O acesso é proibido na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas já foi liberado em quartos e até em unidade semi-intensiva, como conta a gerente de atendimento.
— O paciente estava há sete meses internado e a esposa trouxe ele numa bolsinha. Era um poodle super pequenininho e foi no apartamento na semi-intensiva. Mas na UTI a gente não permite.
A grande maioria dos animais que visitam os paciente são cachorros, mas também já entraram gatos, coelhos e passarinhos. Animais muito grandes não são recebidos no quarto, mas em uma área externa do hospital.
— A gente tem um jardim super bonito que a gente arruma quando é um cachorro maior e a gente leva o paciente até lá de cadeira de rodas. A gente já fez encontro até em carro.
Para entrar no hospital, é necessário seguir um protocolo rígido. A enfermagem recebe a solicitação do paciente ou da família e comunica ao médico responsável. A aprovação ou não da entrada do bichinho vai depender do dianóstico do paciente e do estado de saúde dele. Além disso, o animal tem que estar com boa saúde, segundo Rita.
— Ele precisa estar com boa saúde, tem que estar comprovado pelo veterinário que tomou as vacinas, tem que apresentar a carteira de vacinas atualizada e tem que tomar banho na véspera da visita. Aí a gente vai definir o local, dependendo do tamanho do animal.
Além disso, o familiar terá que garantir, em prontuário, que o animal é dócil e que permanecerá com guia ou em compartimento de transporte para circulação nas áreas comuns. Rita Grotto afirma que a visita dos bichos de estimação ajuda na recuperação dos pacientes.
— Só contribui para o tratamento, para o seu bem-estar. É um ação que ajuda na recuperação. Faz com que se sinta bem, acolhido, além de incentivar a parceria de cura entre o paciente, o familiar e as equipes, porque todo mundo acaba quebrando aquela rotina de hospital.
A médica Cristiane Isabela de Almeida esteve internada 35 dias no hospital em 2011 para fazer uma cirurgia. Durante esse período, ela recebeu a visita do seu cachorro Twister. Segundo Almeida, a presença do animal de estimação na unidade de saúde “preencheu a sua alma”.
— Com toda a doçura que os animais sabem ter nestes momentos, entrou como um principezinho pela porta principal do hospital, abanou o rabo com aquela alegria de quem não guarda mágoas da separação, e pulou, pedindo colo, carinho e um tempo só com ele.
fonte: R7
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