"Não avaliamos a culpa dele. O que importa é que houve um resultado mutilador no animal, que sempre deve ser evitado pelo proprietário", afirmou.
A Polícia Civil deve concluir nesta quinta-feira (10) a apuração sobre o acidente.
Segundo duas testemunhas ouvidas pelo delegado Wilson Sabino, o cachorro estava preso por uma corda ao carro de Messias. Quando foi avisado sobre isso, Messias disse que iria "acabar de matar" o animal, mas, após reação de moradores da região, deixou o local.
Em depoimento, Messias negou que tivesse intenção de machucar Lobo. Ele afirmou que tinha saído para passear com o animal na caçamba do carro e não viu quando ele caiu. Ao ver o estado do cão, achou que ele estava morto, ficou nervoso e foi embora.
"Ele imaginou que o animal não ia sobreviver. Não posso afirmar se houve intenção, mas de qualquer forma ele foi imprudente", disse o delegado. Segundo ele, em casos desse tipo não há indiciamento, apenas um encaminhamento para que a Justiça decida o que deve ser feito.
O advogado de Messias, José Silvestre, disse que irá recorrer da multa --por não ser adequada aos rendimentos do mecânico-- e que seu cliente está passando por um linchamento público. "Ele já foi dado como criminoso antes mesmo de ser ouvido. Somos favoráveis a se apurar o que aconteceu, mas ele não teve oportunidade de se defender", disse Silvestre.
O advogado pretende apresentar à Justiça comprovação da boa relação do proprietário com o cachorro, mostrar que não há antecedentes de agressão e que o passeio com o animal na caçamba já havia ocorrido outras vezes, sem causar lesões ao cão.
Fonte: Folha
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