O cãozinho de quatro meses, que passou mais de 12 horas enterrado em Novo Horizonte (399 km de SP), passou ontem (10) por uma transfusão de sangue e apresenta sinais de melhora. Segundo Marco Antônio Rodrigues, presidente da Associação Mão Amiga, o animal teve redução do inchaço, está se alimentando bem e já consegue andar.
Ele está otimista quanto a recuperação do cachorro, que antes não tinha forças para levantar e não se alimentava. O estado dele ainda é grave, mas, segundo Rodrigues, ele está sendo muito bem cuidado e medicado pela veterinária Viviane Cristina da Silva.
Neste domingo, a veterinária levou o cãozinho para sua casa, por receio de deixá-lo sozinho na clínica. Na segunda-feira (12) ele retorna com ela para a clínica, onde um oftalmologista deve examinar como estão seus olhos. Esta avaliação pode ser feita amanhã, mas ainda não está confirmada.
O cachorro deve sofrer uma cirurgia nos olhos, mas ainda não há previsão de quando ela será feita devido ao seu estado de saúde que, segundo a veterinária, ainda é grave e inspira cuidados.
O cachorro também está com uma infecção na pele, que já existia antes dele ter sido enterrado e, como não foi tratado, piorou depois do ocorrido. Segundo Rodrigues, a infecção também apresenta sinais de melhora e a pele do animal, que antes estava sempre molhada, já está seca e o pelo começa a ganhar brilho.
Hoje pela manhã, a veterinária colocou o animal para nadar e fazer xixi e ele também recebeu um pouquinho de sol. Segundo ela, o resultado do hemograma mostrou que a infecção diminuiu um pouco.
ENTERRADO
Na terça-feira (6), a Associação Mão Amiga recebeu uma denúncia de maus-tratos e o vice-presidente da entidade, Alexandre Rodrigues, saiu para apurar. Não encontrou nada, mas voltou na manhã seguinte à casa do suspeito.
Ele percebeu uma porção de terra remexida, resolveu entrar, e acabou desenterrando o filhote ainda vivo. O cachorrinho estava quase sem pelos, desnutrido, e com ferimentos nos olhos.
Na clínica, os funcionários começaram a chamar o vira-lata de Titã.
De acordo com Marco, a associação registrou um termo circunstanciado na polícia, que vai investigar o caso e convocar o antigo dono do animal a prestar depoimento
Fonte: Folha
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