O cachorro que Dhomini diz ter torturado já morreu. O caso, não. Para o delegado Luziano Severino Carvalho, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente de Goiás, isso não livra o participante do Big Brother de uma acusação de maus tratos contra animais. Por ter contado a história em rede nacional, Dhomini pode ainda responder por crime de incitação à violência - e, para isso, não faz diferença o caso ser verídico ou uma bravata de peão.
“Ele disse que o cão teria morrido cinco anos depois da agressão. Se isso de fato ocorreu, esse crime pode até estar prescrito. Mas vamos investigar para verificar se essa informação é verdadeira. De qualquer forma, ele poderá responder por incitação”, afirma Luziano.
Verdade ou bravata, ao declarar que arrancou todos os dentes do seu cachorro com um machado, Dhomini cometeu um erro que lhe custará duas coisas: a antipatia dos milhares que condenam os maus tratos a animais e um inquérito, instaurado na tarde desta sexta-feira.
Para o promotor de Justiça Juliano de Barros Araújo, de Goiás, a Rede Globo deveria explicar durante a exibição do programa que condena a prática declarada pelo participante do BBB.
“A declaração do participante do programa é extremamente preocupante. Declarações como essa, em um programa de grande audiência, podem levar por terra todo trabalho que fazemos de conscientização pela posse responsável do animal. Seria de extrema importância que houvesse uma retratação pública por parte da emissora, afirmando que a postura dele não condiz com a do programa”, afirma Juliano.
Fonte: Veja
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