Um schnauzer, um pitbull, um pastor alemão, um poodle e mais dois cães de raça não identificada foram encontrados mortos no Córrego da Água Vermelha, na rua Victorio Pegoretti, Jardim Faculdade, na última terça (8) e quarta-feira (9). Os corpos dos animais puderam ser vistos quando o nível de água do córrego baixou, revelando-os presos às pedras e galhos de árvores do local. No entanto, as fortes chuvas que se seguiram fizeram com que o nível de água subisse novamente e, consequentemente, levasse os corpos córrego abaixo, não havendo mais nada por lá quando o nível baixou novamente, na quinta-feira (10).
Robson Luís Sanches conta que levava Scooby, um schnauzer, para seu passeio diário, quando o cão desapareceu. "Moro por aqui e sempre passeava com ele. Eu o soltava, ele ia até a esquina e voltava. Na quinta-feira passada, no entanto, o soltei, e ele dobrou a esquina, saindo da minha vista. Quando fui atrás, ele já havia sumido. Procurei em todo lugar por aqui, fiz campanha no Facebook e fui em Pet Shops da região, mas não o encontrei. Na terça-feira avistaram seu corpo, ainda mole, no fundo do córrego, enroscado nas pedras. No dia seguinte, encontraram ainda outros", revela, perplexo.
Para Robson, isso não tem lógica, não tem explicação. Ele desconfia que o cachorro pode ter sido morto por alguém. Os donos dos outros cães encontrados executados ainda não foram identificados, mesmo Robson tendo ido perguntar sobre eles em Pet Shops da vizinhança. Ele também, seguido de mais testemunhas, afirmou que a Seção de Controle de Zoonoses de Sorocaba esteve presente no local, mas não retirou o corpo do schnauzer do rio, alegando que estava difícil o acesso.
Uma Organização Não-Governamental, diante disso, se sensibilizou com o fato e se prontificou a fazer o recolhimento dos corpos, entretanto, as fortes chuvas que se seguiram na quarta-feira fizeram com que os corpos fossem levados pela água. A reportagem do jornal Cruzeiro do Sul entrou em contato com a Zoonoses, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
Para o Tenente Guilherme, da Polícia Militar Ambiental, as desconfianças de Robson provaram-se legítimas, uma vez que foi confirmado o crime ambiental. "A Polícia Ambiental foi até o local e constatou que havia animais mortos e jogados no córrego. Fizemos averiguações nas casas vizinhas, para ver se alguém poderia prestar alguma informação sobre quem teria cometido as execuções e onde morava. No entanto, ninguém pôde prestar qualquer tipo de informação. Constatando de que a situação tratava-se de um crime de autoria desconhecida, apresentamos a ocorrência", informa o Tenente.
Caso o autor seja encontrado, ele poderá ser indiciado sob o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). Segundo ela, a pena para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos pode ser de detenção de três meses a um ano e multa. Caso haja morte do animal, como no caso desta reportagem, a pena pode ser aumentada de um sexto a um terço. (Supervisão: Daniela Jacinto)
Fonte: Cruzeiro do Sul
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