Estudo critica a forma como será feita a remoção das famílias e os impactos ambientais da obra
Os ambientalistas se baseiam em um relatório feito por um grupo de estudos da Universidade de Berkeley, na Califórnia, que critica a forma como será feita a remoção das famílias na área atingida pela obra e os impactos ambientais da empreitada.
No caso das obras do Trecho Norte, os contratos com as empresas que farão as novas pistas já foi assinado - a ordem para início dos serviços será dada nos próximos dias.
Estudantes de Berkeley estiveram no Brasil na semana passada, segundo o Proam. Eles questionaram a falta de definição para destinação de pessoas que moram na área de forma irregular - sem documento de posse de seus imóveis - e possíveis impactos ambientais que a construção da pista trará. A obra deve movimentar cerca de 50 milhões de metros cúbicos de terra, o que, segundo o Proam, pode comprometer o abastecimento de água das 9 milhões de pessoas que dependem do Sistema Cantareira.
"Toda essa terra vai escoar para a calha do Tietê. Para uma cidade que vive alagada a cada chuva, é inaceitável um impacto desses novamente. Isso pode agravar nossas enchentes", contou ao Estado o professor Mauro Vitor, conselheiro do Proam
A estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) questiona as informações passadas pelos ambientalistas e se diz aberta a receber o pesquisadores da faculdade norte-americana. "Quando soubemos desse estudo, procuramos a universidade e convidamos os estudantes a nos encontrar", disse o presidente da empresa, Laurence Casagrande Lourenço.
A Dersa afirma que 95% dos moradores de áreas afetadas pela obra já foram cadastrado e que nenhum deles ficará sem lugar para morar por causa da obra. "Demos a opção de indenização ou moradia na CDHU", afirma Lourenço.
O presidente diz ainda que o traçado da obra, ao sul da Serra da Cantareira, foi escolhido, entre outros motivos, justamente para evitar que os trabalhos comprometam o abastecimento de água da região.
A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa do BID em Brasília para tratar do assunto, mas a assessora não ligou de volta após os recados deixados.
fonte: estadao.com.br
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