É o que apontam laudos dos exames feitos em laboratório a pedido do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente do município, divulgados nesta terça-feira (18)
18 de fevereiro de 2014 | 18h 19
A mortandade vem ocorrendo desde 2012, mas se intensificou em dezembro do ano passado. O município é grande produtor de mel e chega a colher dez toneladas por ano.
Os laudos apontaram a presença de glifosato, componente dos principais agrotóxicos comerciais, no organismo das abelhas. Os produtos com esse princípio ativo são usados para controle de ervas daninhas e no manejo das lavouras. Também foi encontrado o clorpirifós, um inseticida largamente usado para o controle de pragas em lavouras de grãos, cana-de-açúcar, laranja e café.
De acordo com pesquisadores, a ação conjunta dos dois agroquímicos pode ter potencializado a toxicidade para as abelhas.
Alguns produtores perderam mais de uma centena de colmeias. O uso dos produtos químicos nas lavouras é liberado pelo Ministério da Agricultura, mas com controle na aplicação.
O Departamento Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, com o apoio do Departamento de Biologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, busca alternativas para manter as abelhas longe do veneno usado nas plantações. Uma delas é desenvolver a apicultura migratória, levando as abelhas para áreas de mata preservada. Também está sendo proposta a criação de um comitê para acompanhar o uso de defensivos nas lavouras.
José Maria Tomazela - O Estado de S. Paulo
METRÓPOLE 18/02/14
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