A Assembleia Nacional francesa aprovou nesta terça-feira (15) uma mudança no Código Civil francês, considerando os animais como "seres vivos dotados de sensibilidade." Até agora, animais eram vistos no país apenas como "bens móveis."
A mudança no Código Civil é uma vitória para as associações francesas de defesa dos animais. Segundo o líder do PS na Assembleia, Jean Glavany, atualmente apenas o Código Rural reconhece os animais como "seres sensíveis."
A emenda permitirá, segundo os deputados, "conciliar a lei e o valor afetivo" do animal. O objetivo, diz o texto, é harmonizar os códigos e modernizar o direito. A emenda propõe uma definição jurídica do animal, valorizando leis especiais que os protegem. Mas, apesar do avanço, as associações criticam o fato da lei não criar uma categoria à parte para os animais na legislação.
A Fundação Brigitte Bardot, por exemplo, estima que esta mudança foi uma "simples evolução jurídica", e que "não representa uma revolução." Para a porta-voz da Fundação, o estranho é que essa noção da sensibilidade não tenha sido adotado antes.’’
Segundo ela, o texto não questiona a exploração dos animais, por exemplo. A própria Fundação 30 Milhões de Amigos, que lançou a petição, lamenta que uma categoria à parte não tenha sido criada. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ifop no fim de outubro, 89% dos franceses são favoráveis à mudança do Código Civil.
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