Em Belém, atores globais participam de caminhada em prol de cães


Fiorella Matheis, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank estiveram na capital.
Caminhada foi em prol de cães resgatados em Santa Cruz do Arari.

Ingrid BicoDo G1 PA

Giovanna Ewbank, Bruno Gagliasso e Fiorella Matheis (Foto: Christian Emanoel/Divulgação)Giovanna Ewbank, Bruno Gagliasso e Fiorella Matheis (Foto: Christian Emanoel/Divulgação)
Várias pessoas participaram neste domingo (9), em Belém, de um ato de repúdio ontra a morte de centenas de cães, em Santa Cruz do Arari, no arquipélago do Marajó. Além da população da capital, os atores Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank e Fiorella Matheis aderiram à causa, e vieram até Belém voluntariamente para participar de uma caminhada, que seguiu da praça da República até a praça Batista Campos.
Pessoas levaram cartazes e faixas com mensagens em defesa dos animais (Foto: Catarina Barbosa/Arquivo Pessoal)Pessoas levaram cartazes e faixas com mensagens
em defesa dos animais
(Foto: Catarina Barbosa/Arquivo Pessoal)
O objetivo da passeata era arrecadar ração e vasilhas para os animais, cerca de 100 cães, que foram resgatados por ribeirinhos da ilha do Marajó. O material deve ser enviado para Santa Cruz do Arari na próxima segunda-feira (10).
Além de arrecadar a ração, durante a manhã deste domingo (9), voluntários de diversas Organizações Não-Governamentais (ONGs) que ajudaram a organizar o evento, estiveram na praça da República para coletar assinaturas para uma petição pública que será enviada ao Ministério Público do Estado. O documento pede que os responsáveis pela morte dos animais sejam punidos. "Foi um grande absurdo isso que fizeram com os cães. Não podemos deixar que a impunidade tome conta desse caso", comentou o ator Bruno Gagliasso.
Caminhada mobilizou centenas de pessoas, em Belém (Foto: Catarina Barbosa/Arquivo Pessoal)Caminhada mobilizou dezenas de pessoas, em Belém (Foto: Catarina Barbosa/Arquivo Pessoal)
Entenda o caso
A população de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, está indignada com a atitude do prefeito Marcelo Pamplona. Segundo os moradores, a prefeitura, no último dia 28 de maio, pagou pela caça de cães e cadelas, e os animais apreendidos teriam sido mortos.
Vídeos registraram cachorros sendo laçados por crianças e levados até canoas, onde foram amontoados no porão da embarcação. Amarrados, os animais aparecem com diversos ferimentos.
As imagens mostram ainda vários animais mortos abandonados no rio da cidade. O prefeito reconhece que fez a captura dos cachorros, mas nega que tenha matado os animais: segundo ele, os bichos foram levados para a zona rual do município, já que estariam causando a proliferação de doenças na cidade.
A Delegacia de Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, abriu inquérito, no dia 4 de junho, para apurar o caso. O Ministério Público Estadual (MPE) também instaurou inquérito civil para investigar as denúncias. No documento, assinado pela promotora Jeanne Maria Farias de Oliveira, uma análise preliminar de imagens onde os cães aparecem amarrados e alojados dentro de um barco, podem configurar crueldade com animais, conduta passível de responsabilização civil e criminal.

0 comentários:

Postar um comentário