Centro de recuperação de animais na Argentina reúne espécies da região

O Centro de Preservação Güirá Oga, que em português significa Casa dos Pássaros, foi criado em 1996 para o cuidade de animais silvestres vítimas, entre outros, de tráfico, maus tratos e atropelamento. No local que fica em Puerto Iguazú, na Argentina, a 4 km da fronteira com Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, funciona como uma espécie de refúgio e também pode ser visitados por turistas que queiram conhecer o trabalho dos especialistas.



Nos viveiros, é possível ver várias espécies típicas da região, como tucanos, gralhas, répteis e alguns mamíferos que mesmo tratados e que passaram pelo período de recuperação não têm condições de voltar para a natureza. Atualmente, são cerca de 400 animais atendidos. O trabalho é coordenado por Jorge Anfunso, idealizador do projeto, e por voluntários, professores e estudantes de várias partes da Argentina e também do Brasil.
Para Anfunso, além da recuperação das espécies, outro trabalho importante é o de proteção dos animais que cruzam a rodovia vizinha ao Parque Nacional Iguazú, conhecido por abrigar as famosas Cataratas do Iguaçu. Desde 2008, quando o projeto foi criado, várias placas de sinalização foram instaladas às margens da estrada para alertar os motoristas sobre a presença dos bichos. Neste tempo também foram feitas várias campanhas educativas com moradores da região.

"Quero que as próximas gerações possam conhecer as espécies que sempre viveram na região, como a onça pintada e a harpia, ícones da nossa mata em seu estado natural”, aponta o criador do centro de preservação ao reforçar a necessidade de ser preservar a fauna e da flora. “É importante cuidar, mas o principal exemplo tem que ser dado por nós. Os animais são um patrimônio da natureza muito importante.” No início de agosto, um puma jovem foi atropelado, não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.
O Centro de Preservação Güirá Oga é aberto para visitação todos os dias da semana das 9h às 16h45. A entrada é gratuita. O passeio dura cerca de duas horas e a orientação é para que se usem roupas leves e repelente. Visitas de grupos com mais de dez pessoas precisam ser agendadas. Mais informações podem ser obtidas no site da instituição.

Fonte: G1

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