O gato de Georgia Prado foi atingido por um dardo de alumínio - Por: Aldo V. Silva |
Felinos são mortos por desconhecidos em bairros diferentes de Sorocaba
Notícia publicada na edição de 16/05/2013 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 6 do caderno A
Toda vez que sai de casa no Jardim Nova Ipanema, Roseli Miranda de Melo, 42 anos, fica preocupada com o seu único gato. Tudo porque desde março deste ano, três gatos dela já foram mortos por envenenamento e agressão. Após a morte do segundo gato por envenenamento, ela tentou fazer o boletim de ocorrência sobre o caso, mas mesmo guardando as provas do crime, isso não foi possível. "Não sabia que precisava de um laudo técnico para efetuar o boletim. Vou tentar fazer de tudo para conseguir esse documento. Amava muito eles, mas não consegui salvá-los, isso é o que posso tentar fazer agora", conta Roseli que guarda o pedaço de bacalhau com o veneno conhecido como "chumbinho", encontrado no quintal da casa após a morte do gato.
Segundo ela, nenhum dos gatos era acostumado a ficar por um longo tempo na rua. Outro gato de Roseli foi morto por agressões na semana passada. "O meu gato mais velho, chegou em casa com machucados, parecendo ter sido espancado ou atropelado. Todos eles foram adotados da rua, estou com medo por esse que está vivo, ele é filhote e ainda não sai de casa, mas logo será difícil trancá-lo aqui", desabafa. Ela não desconfia de nenhum responsável pelas agressões e envenenamentos, já que na vizinhança nunca ninguém reclamou sobre os animais. "Moro há sete anos aqui nesta rua, sempre tinha um ou outro gato de rua solto, hoje em dia você não encontra mais nenhum solto", lamenta Roseli.
Redes Sociais
Na internet outro caso vem sendo repercutido contra agressão de gatos. A moradora do Jardim Europa, Georgia Prado, 37 anos, postou no começo do mês, em seu seu perfil pessoal do Facebook, a foto de um dardo, parecido com os que são utilizados para tiro ao alvo, encontrado cravado em uma das patas do seu gato da raça angorá. "Ele voltou mancando, mais arisco do que costuma ser. Minha sogra percebeu o dardo enfiado na patinha dele e corremos ao veterinário", afirma Georgia. O animal ainda sofreu outras agressões, como um objeto não identificado introduzido no ânus do animal. Ele teve que ser medicado com antibióticos, mas não ficou com nenhuma sequela.
Georgia acredita que o material do dardo é algo caro e planejado para o crime. "Ele é feito de alumínio, algo bem elaborado. Não é por exemplo, um brinquedo de criança", explica. Há um mês, outro gato dela foi agredido e encontrado morto. "Três dias depois do sumiço dele, encontrei perto de uma árvore em um terreno abandonado perto de casa, com os olhos saltados e o rosto todo ensanguentado. Ele não foi atropelado, só o rosto tinha ferimentos". A ideia de levar o assunto em suas redes sociais foi de sensibilizar os donos de animais para que tomem cuidado e para quem comete esse tipo de crueldade com animais se assuste com a revolta da população.
Boletim de ocorrência
A falta de informação de muitos donos de animais envenenados pode fazer com que o crime fique em branco e esquecido. Os interessados em registrar boletim de ocorrência sobre envenenamento de animais, por exemplo, têm que ter em mãos o laudo técnico de especialistas. Para isso, o delegado assistente da Delegacia Seccional, Fábio Laino Cafisso, conta que a primeira providência a ser tomada é entrar em contato com a Seção de Controle de Zoonoses de Sorocaba.
"A lei municipal 8.354, artigo 22 de 2007, prevê a exigência de profissionais capacitados ao manuseio do animal envenenado, para coleta do sangue para a formulação do laudo técnico. Na sequência a própria Zoonoses irá constatar a perícia técnica do animal e produzir o laudo", explica. Assim que estiver com o laudo técnico em mãos, o dono deve procurar o 2º Distrito Policial para poder registrar o boletim de ocorrência. (Supervisão: Adalberto Vieira)
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