Uma década após o 11/9, os cães que atuaram no resgate às vítimas dos atentados ainda estão vivos, mas muitos já se aposentaram e deram lugar para uma nova geração de animais.Red, 12, uma cachorra da raça labrador que ajudou nas buscas no Pentágono, está entre os aposentados como cão de resgate.
Pouco tempo depois de o voo 77 da American Airlines atingir o Pentágono, em 11 de Setembro de 2001, Red já estava a postos. Na época, ela tinha apenas 18 meses e acabara de ser certificada como cão de resgate
.Após os ataques, Red vasculhou os escombros do Pentágono com eficiência que surpreendeu até mesmo sua treinadora, Heather Roche.
"No início, não pensei que ela pudesse ser bem-sucedida atuando em resgates, e quando ela tinha apenas seis meses, achei uma casa para ela e procurei outro cachorro. Achei que sua personalidade não era o que eu precisava", conta Roche. "No entanto, depois vi que tudo o que pedia para ela fazer ela sempre atendia, e cumpria perfeitamente".
Depois que Red descobriu dezenas de corpos, Roche teve certeza que ela era um dos maiores cães de resgate. "Eles [os cães] trabalhavam muito duro, era muito quente e os turnos eram de 12 horas. Quando terminávamos, eles dormiam, mas acordavam cheios de disposição na manhã seguinte".Aposentada, hoje Red vive com Roche em sua casa em Annapolis (Maryland). Assim como os trabalhadores do resgate, que ainda sofrem sequelas devido à atuação no 11/9, os treinadores dos cerca de 300 cães que atuaram nas buscas sabem que os animais também tiveram consequências.
"Eu sei que ela tem o direito de fazer tudo o que quiser", diz Roche.
Fonte: Folha
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