PM vai apurar caso de cão morto com tiro dado por policial no DF

A Polícia Militar anunciou nesta terça-feira (6) que vai investigar a morte de um cachorro em Taguatinga, no Distrito Federal. O rottweiler de cinco meses, que estava sem focinheira e passeava com o dono, foi morto com um tiro na cabeça, disparado por um policial militar, na noite do dia 28 de agosto.
O proprietário do cão, Willian Campos, afirma que conversava com um colega em uma praça quando um carro de polícia parou. Um dos policiais teria alertado sobre a necessidade da focinheira, mas o dono alegou que o filhote não oferecia riscos. Então, segundo Campos, o policial disse que se ele não se retirasse do local mataria o cachorro.


“Disseram que se me encontrassem com ele na rua de novo iam atirar no cachorro e que se pegasse em mim não teria problema nenhum”, diz. Campos conta que, após perguntar se estava sendo ameaçado, o policial desceu da viatura e atirou contra o cachorro, que apenas latiu. O policial nega que tenha feito ameaças.



Transtornado, o dono afirma que começou a chorar e a ofender os policiais, que o conduziram à delegacia por desacato. No local, Campos diz que também agrediu verbalmente outros policiais. “Eu tinha o cachorro como filho, falei para eles que eles estavam matando não o meu cachorro e sim o meu filho.”
De acordo com o delegado Josué Silva, o boletim de ocorrência traz outra versão da situação. "O rapaz teria começado a fazer um 'teatro' dizendo que foi ameaçado de prisão quando foi abordado. Quando o policial desceu para explicar, o cachorro latiu e avançou e ele atirou".
Por causa das informações conflitantes, Silva afirma que a polícia pretende ouvir novas testemunhas para identificar se o animal representou risco à integridade física do policial. “Estamos tentando ouvir testemunhas isentas, que não sejam nem militares nem familiares do rapaz, para saber se houve excesso do policial, se havia realmente necessidade de abater o animal.”
A PM disse em nota que não é possível precisar o que realmente aconteceu, porque ouviu apenas uma das partes envolvidas. Por meio de um procedimento apuratório, a polícia disse que pretende avaliar melhor os fatos e que, se necessário, os responsáveis podem ser punidos.
Ainda segundo a PM, a lei determina que cachorros de raças agressivas ou sem raça definida em vias públicas e parques devem usar enforcadeira e focinheira, ficando sob responsabilidade do dono qualquer eventual acidente em função da falta dos equipamentos de contenção.

Fonte: G1



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