De acordo com o sargento Paulo César Pereira, a maioria deles é encontrada com ferimentos. Principalmente os que são localizados às margens de rodovias. “Nós não fazemos os primeiros socorros. Tratamos o animal no local, sem estresse. Depois, o colocamos num determinado recipiente ou caixa para capturá-lo de maneira adequada, para não machucá-lo ainda mais, e o transportamos até o socorro especializado”, conta.
Resgate
Quatro homens e uma missão. Salvar uma arara presa a um coqueiro de quase 9 metros de altura. Enquanto o bombeiro se preparava para o resgate, em baixo havia uma platéia esperando para saber se a ave ainda estava viva, já que a asa não se mexia.
Um dos mais apreensivos era o funcionário público Jaílton Barbosa, que chamou a equipe para a tarefa tão delicada. Depois de 20 minutos, a arara se desprendeu da árvore e estava bem.
“Achei interessante ver os bombeiros tratando uma ave dessa com tanto cuidado, arriscando a própria vida, subindo numa altura dessas de escada, achei muito bom. Valeu a pena ter chamado os bombeiros”, avalia Jaílton.
Logo em seguida ao resgate da arara, a equipe é chamada para outra ocorrência, na zona rural. O morador se assustou depois de avistar uma sucuri de quase quatro metros de comprimento. A busca foi feita na terra e na água, mas a cobra não foi enganada.
Veterinário
Todos os animais feridos são levados para clínicas e hospitais veterinários, onde recebem cuidados médicos e conseguem se recuperar. Geralmente os animais ficam internados por até uma semana. Segundo a médica veterinária Rafaiane Pereira Barros, os bichos costumam apresentar ferimentos graves, provenientes, normalmente, de acidentes de trânsito. “Eles precisam de tratamento intensivo”, observa.
Em alguns casos o tratamento é feito de forma improvisada, por falta de estrutura adequada. “Nós tentamos fazer o possível. Antes tratá-los com a estrutura que temos, do que deixá-los morrer sem receber algum tipo de tratamento”, pontua a médica veterinária Andréia Cruvinel.
Para atender a outro chamado, os bombeiros precisaram da ajuda da Polícia Militar e de veterinários. O resgate era de uma suçuarana macho presa em um dos banheiros da praia de São Simão (GO). A onça chegou a ser confundida com um cachorro por um vigilante. Foram necessárias três tentativas até conseguir aplicar o sedativo. A equipe usou uma seringa presa a um cano de policloreto de vinila (PVC). Toda a ação foi feita pelo telhado. A onça só foi resgatada depois de adormecer.
Fonte: G1
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