Boa infraestrutura fornecida pelo dono e exercícios de aproximação controlados são os segredos para fazer dois gatos felizes juntos
Os felinos, a princípio, podem demonstrar desagrado diante da presença de outro membro de sua espécie, pois instintivamente veem seus similares como concorrentes na conquista de alimentos, território e reprodução. Porém é possível acabar com os conflitos entre gatos e até fazê-los serem amigos, basta que percebam o quanto uma boa convivência pode lhes ser vantajosa.
Para que dois gatos vivam em paz em uma mesma casa é preciso que o dono evite possíveis motivo de disputas, fornecendo potes de água e comida e caixas de areia em lugares variados; e faça exercícios de aproximação em que demonstre controle sobre as atitudes dos dois animais, eliminando uma possível relação de dominância e submissão entre os gatos.
Treino de aproximação
O treino de aproximação entre gatos exige que o dono se posicione como líder, fazendo com que o gato mais agressivo, ou seja, dominante, não se sinta capaz de expulsar ou subjugar o gato mais medroso – submisso – e que este último se sinta seguro.
Na realização dos treinos de aproximação, é importante que o gato mais medroso fique resguardado em uma caixa de transporte até que se perceba que o gato mais agressivo se aproxima dele sem tentar atacá-lo ou intimidá-lo.
Caso haja rosnado ou tentativas de mordidas ou arranhões, o dono deve reprimir estas atitudes com punições como borrifadas de água no focinho, pois não machucará o felino e dará um susto que desencorajará sua impetuosidade.
A punição que não causa danos físicos e apenas surpreende o gato é uma excelente iniciativa no combate aos comportamentos agressivos, pois o animal perde o foco no seu objetivo ruim e com o insucesso, ao longo do tempo, não sente mais vontade de repeti-lo.
Para que os gatos a associem sua convivência pacífica a bons momentos e, consequentemente, evitem brigas, o dono deve dar para ambos, alimentos gostosos, ou quaisquer outras recompensas nos momentos em que estiverem próximos e minimamente calmos.
Mas, é preciso ter cuidado para que as recompensas dadas pela serenidade e harmonia estabelecidas não se tornem motivo de disputas e todo o trabalho de pacificação se perca. Ou seja, o dono deve cuidar para que os benefícios recebidos pelos gatos, seja alimento, brinquedos ou carinhos, sejam idênticos.
Depois de algum tempo de treinamento, percebendo a convivência pacífica entre os gatos, o dono deve liberar o gato mais medroso da caixa de transporte e manter a intermediação do encontro dos gatos por mais algum tempo, até avaliar que estes se toleram bem ou simplesmente conseguiram se tornar amigos.
por Giselle Coutinho
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