Bardot implora que Dilma detenha o 'genocídio de burros'


ATRIZ FRANCESA Bardot implora que Dilma detenha o 'genocídio de burros'"Eu que amei tanto o Brasil, me irrita, estou indignada de ver que este país colabora com a China para matar,burros explorados pelo homem e que deveriam ser deixados em paz", escreve a ex-atriz
PARIS, 23 Mai 2012 (AFP) - A ex-atriz francesa Brigitte Bardot implorou nesta quinta-feira à presidente brasileira Dilma Rousseff que ponha fim ao "genocídio de pequenos burros", criados e sacrificados para a indústria alimentar e cosmética na China.

"Eu que amei tanto o Brasil, me irrita, estou indignada de ver que este país colabora com a China para matar, a cada ano, 300 mil burros explorados pelo homem e que deveriam ser deixados em paz", escreve a ex-atriz em uma carta divulgada por sua Fundação.

"Não pode como presidente, como mulher, como ser humano, aceitar esta desgraça bárbara, este retorno que mancharia profundamente a imagem do Brasil", considerou, e disse estar "indignada por este escândalo" que quer converter em "mundial".

Segundo a associação "One Voice', que criou uma petição na internet, o popular burro do nordeste do país, cuja oferta excede levemente a demanda na região, se converteu em fevereiro em um produto de exportação após um acordo entre Brasil e China, que autoriza sua livre comercialização.

Nesta região do Brasil, os burros, que eram tradicionalmente utilizados para se deslocar ou como animais de carga, estão sendo progressivamente substituídos por motos.
fonte: O Povo

Sobre o assunto
Há aproximadamente um mês e meio, a Organização Não Governamental francesa ONE VOICE, de proteção aos animais. nos procurou oferecendo ajuda para os jumentos que o Brasil quer vender para China. Temos trocado muitos e-mails, repassado muitas informações, encaminhado muitas fotos de jumentos e trocado idéis, a fm de encontrar uma forma da entidade francesa nos ajudar. Como toda ONG protetora de animais , não têm especifismo, protegem animais de todas as espécies. O combate a viivssecção lá é muito forte. Contudo, apesar dos constantes contatos, não encontramos ainda uma maneira de como seria essa ajuda, pois as sugestões que apresentaram, necessistam da colaboração do poder público e aqui não encontramos essa colaboração. É lamentável.Geuza Leitão

Presidente da União Internacional Protetora dos Animais - Uipa/CE

Saiba Mais

Em meio a tantos produtos brasileiros exportados para a China, surgiu, recentemente, um novo objeto do desejo: o popular jegue nordestino. Há cerca de um mês, um acordo entre os dois países liberou o intercâmbio de asnos – também conhecidos como burros e jumentos, largamente utilizados na indústria de alimentos e na de cosméticos no país asiático.

Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste. Além de movimentar a economia local, a iniciativa vai resolver o problema de excesso de oferta de jegues na região. Com as facilidades de financiamento, houve grande crescimento do uso de motos para transporte e os jegues estão perdendo espaço.

Em junho do ano passado, um grupo de empresários chineses conversou, da Bahia ao Rio Grande do Norte, com fazendeiros e políticos. Aos políticos locais, o grupo propôs um programa de garantia de compra a preços de mercado, envolvendo até linhas de crédito, por meio de um sistema batizado de Projegue. Mas o projeto ainda não deslanchou.

A China abate 1,5 milhão de burros ao ano, criados no país, na Índia e na Zâmbia. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, cuidados na produção de alimentos específicos e assistência técnica.

- O asno hoje só serve para causar acidentes na estrada – diz o secretário-adjunto de Agricultura do Rio Grande do Norte, José Simplício Holanda.

O Globo

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