Mauro Balomaga e Leonil Relon estavam ao comando do cargueiro, com pavilhão da Libéria, quando, a 5 de Outubro, este encalhou no recife Astrolábio, a 22 quilómetros de Tauranga, Nova Zelândia. Nesta sexta-feira, ambos compareceram no Tribunal de Tauranga para ouvirem a sentença.
Num dia de mar calmo, o Rena encalhou numa das mais belas baías do país com 1673 toneladas de combustível nos seus tanques. O ministro do Ambiente neozelandês considerou que se estava perante “a mais grave catástrofe marítima” da história do país.
Em Fevereiro, os oficiais deram-se como culpados por terem destruído os livros com os registos de bordo e por terem sido responsáveis pelo derrame de materiais perigosos.
Segundo o director dos Serviços Marítimos da Nova Zelândia, Keith Manch, o navio optou por uma rota mais próxima da costa para ganhar tempo, sem identificar a existência de um recife, que os seus instrumentos tomaram como um pequeno navio. Quando se aperceberam do erro, os dois oficiais tentaram alterar os registos a bordo. “Este é um delito muito grave porque semeou a confusão entre os investigadores que tentavam reconstituir os acontecimentos que levaram ao naufrágio”, disse Keith Manch.
O Rena derramou mais de 300 toneladas de combustível que poluíram as praias, ricas em flora e fauna marinhas, afectando baleias, golfinhos, pinguins e focas.
Cerca de 5000 voluntários participaram nas operações de limpeza dos areais mas não conseguiram impedir a morte de centenas de aves.
O navio quebrou-se em dois no mês de Janeiro. Oito meses depois de ter encalhado, as equipas ainda tentam retirar centenas de contentores dos destroços do navio, encalhado no recife.
Fonte: Ecosfera
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