SOROCABA(SP) Morte de animal levanta suspeita de maus tratos


A morte de um animal na Vila Tupã, região do bairro Brigadeiro Tobias, levantou suspeitas de maus tratos e levou ontem uma equipe da Polícia Militar (PM) até o local. O animal morto, um burro, teria permanecido três dias deitado por falta de água e alimentação. Embora em pé, um outro animal que se encontrava na área, um cavalo que pertencia à mesma dona do burro, estaria magro e fraco, relatou o tenente Leandro Carvalheiro. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia Participativa (DPP Sul) e seria apurada por equipes da Delegacia Especializada de Proteção Animal de Sorocaba, que funciona em Brigadeiro Tobias.



O tenente da PM revelou que a denúncia partiu de duas pessoas que teriam tratado dos animais por pelo menos seis meses. Elas não quiseram se manifestar, mas residem no bairro e estiveram no local durante a ocorrência. Tanto o cavalo quanto o burro teriam sido devolvidos saudáveis à sua proprietária. Carvalheiro explicou que os animais não pertenciam ao mesmo dono do imóvel, que é uma casa de veraneio. Trata-se de um parente da dona dos animais que teria emprestado "por caridade" a área para abrigá-los, porém, o proprietário do imóvel confirmou a negligência nos cuidados aos animais à polícia.
Ambos os proprietários, do imóvel e dos animais, não moram no bairro, informou o policial. No endereço reside apenas o caseiro, que não estava. Uma veterinária examinou os animais para elaboração do laudo da morte do burro e sobre a saúde do cavalo, adiantou. Outros três bois que seriam do dono do imóvel também seriam avaliados pela profissional. A veterinária teria sido acionada por meio da Polícia Ambiental. Se caracterizado crime de maus tratos a Polícia Ambiental deve comparecer ao local para possível multa, adiantou o PM.
Quanto à responsabilidade da morte e dos maus tratos, o policial destacou que a delegacia especializada deve apurar os responsáveis, de forma que, inclusive, o caseiro e o dono do imóvel podem ser enquadrados por omissão, observou. Carvalheiro ressaltou ainda a dificuldade de atuar em situações como essas que envolvem animais, especialmente em feriados e aos finais de semana. "Difícil localizar um veterinário que aceite atuar, e a retirada do corpo fica complicada porque a Zoonoses não funciona", finalizou.

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