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Em Sorocaba, projeto autoriza enterro de animal com dono


Em São Paulo, proposta semelhante aprovada na Câmara foi vetada

29 de novembro de 2013 | 14h 48

  • JOSÉ MARIA TOMAZELA - Agência Estado

SOROCABA - Um projeto de lei protocolado na Câmara de Vereadores de Sorocaba, a 92 km de São Paulo, autoriza o sepultamento de animais domésticos nos cemitérios destinados às pessoas. O projeto prevê que os cães, gatos, pássaros e outros animais que convivem no ambiente familiar sejam enterrados em túmulos e jazigos destinados aos proprietários e familiares em cemitérios públicos e particulares. A proposta será analisada pelas comissões do Legislativo e, se passar, pode ser posta em votação no início do próximo ano.

De acordo com o vereador Izídio de Brito (PT), o projeto foi inspirado em proposta semelhante aprovada este mês pela Câmara de São Paulo. Segundo ele, muitos animais passam a integrar o círculo de afeto dos donos e são tratados como entes da própria família. Embora existam cemitérios e crematórios específicos para os pets, as taxas cobradas são muito altas e tornam o uso impraticável para a maioria das pessoas. A destinação dos animais mortos é questão de saúde pública, segundo o vereador. Se a proposta virar lei, ele prevê que a atribuição de prover o cumprimento será do Serviço Funerário Municipal.
São Paulo. Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad vetou no dia 14 o projeto aprovado pela Câmara Municipal que autorizava o enterro de animais domésticos em cemitérios públicos da cidade. Segundo a proposta, o sepultamento dos animais seria permitido junto com seus donos, ou seja, no mesmo jazigo. A autoria é dos vereadores Goulart (PSD) e Roberto Tripoli (PV).

Fome pode ter levado sírios a matarem leão de zoológico para comer



Outros relatos sugerem que o animal foi morto para que sua pele servisse de agasalho ou ainda que seja uma mensagem para o presidente sírio, já que leão em árabe é assado.

Homem segura a cabeça do animal enquanto outro parte o traseiro Foto: Reprodução
Homem segura a cabeça do animal enquanto outro parte o traseiro
Foto: Reprodução
Uma imagem de sírios cortando um leão vem sendo amplamente compartilhada nas redes sociais. Na foto, um homem segura a cabeça do animal morto, enquanto outro corta a parte traseira do animal. Relatos na internet reproduzidos pelo jornal britânico Independent em seu site dizem que o leão pertencia ao zoológico Al-Qarya al-Shama e foi morto para alimentar a população faminta em meio à guerra.
Outros relatos dizem que o animal foi morto para que sua pele servisse de agasalho, já que o inverno se aproxima e a temperatura cai muito na região. Há ainda quem diga que o animal já estava morto quando foi partido em pedaços. Outras conjecturas sugerem uma mensagem para o regime de Bashar al-Assad, já que leão em árabe é "assad". 
No mês passado, clérigos sírios emitiram uma autorização para que aqueles que vivem em cidades sitiadas comam carne, o que normalmente é proibido pelo islamismo. Os clérigos afirmaram que a população pode comer gatos, cães e burros, na tentativa de minimizar a crise de fome. 
O distrito de  Ghouta, onde a foto do leão teria sido feita, foi tomada pelo exército há seis meses e os moradores relatam sofrer com a escassez de alimentos. Além disso, seria um dos locais atingidos por armas químicas em agosto.

'No fracking'. Moção de Repúdio à exploração de gás de xisto e ao uso da fratura hidráulica e em defesa do Cerrado


"O bioma Cerrado, tão intensamente devastado pelo agronegócio, através do desmatamento da vegetação nativa, do uso de agrotóxicos, da contaminação do solo e dos corpos hídricos, nesse momento é alvo de mais uma investida que trará impactos socioambientais de proporções gigantescas. Trata-se da exploração de gás de xisto, que tem como método a chamada fratura hidráulica", afirma nota da Comissão Pastoral da Terra - CPT.
Eis o texto.
Nós, povos (indígenas, retireiros/as, assentados/as, quilombolas, fechos de pasto, ribeirinhos/as) do cerrado daBahia, de Minas Gerais, de Rondônia, de Goiás, do Maranhão, do Piauí, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul eSão Paulo, agentes da Comissão Pastoral da Terra e do Conselho Indigenista Missionário, religiosos/as, professores/as universitários/as, da Rede Cerrado, do Movimento dos Atingidos por Barragens, da Rede Grita Cerrado e profissionais da área técnica, reunidos em Luziânia (GO), entre 22 e 24 de novembro de 2013, no encontro intitulado “No veio das águas brota a vida, dos troncos retorcidos surge a esperança”, onde nos encontramos para discutir a intensa degradação ambiental do bioma Cerrado e as nossas resistências e meios de preservação, vimos por meio dessa Moção manifestar a nossa indignação e perplexidade ante a mais uma forma de degradação ambiental em curso.
O bioma Cerrado, tão intensamente devastado pelo agronegócio, através do desmatamento da vegetação nativa, do uso de agrotóxicos, da contaminação do solo e dos corpos hídricos, nesse momento é alvo de mais uma investida que trará impactos socioambientais de proporções gigantescas. Trata-se da exploração de gás de xisto, que tem como método a chamada fratura hidráulica. A fratura hidráulica, em resumo, consiste em injetar enormes quantidades de água e componentes químicos altamente poluentes no subsolo para a extração do gás, com a finalidade de fraturar as rochas em que ele se encontra. Esses poluentes químicos migram para as águas subterrâneas, e, conforme já se posicionaram inúmeros cientistas, a exemplo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Brasileira de Ciência, não há estudos sobre o controle e mitigação de impactos socioambientais gerados pela fratura hidráulica e sobre a despoluição das águas contaminadas pelos metais pesados, o que torna essa contaminação irreversível.
A exploração de gás de xisto por meio da fratura hidráulica tem sido banida em diversos países do mundo, como França e Uruguai. No entanto, o governo brasileiro, sem comunicar a população dessa catástrofe ambiental, irá realizar nos dias 28 e 29 de novembro de 2013, a 12ª Rodada dos Leilões da Agência Nacional de Petróleo. Serão leiloados duzentos e quarenta blocos territoriais no Acre, Amazonas, Piauí, Maranhão, Goiás, Tocantins, Sergipe, Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Nessas regiões em que estão blocos e que serão objeto de fratura hidráulica, sabemos que se encontram os principais aquíferos, Bambui, Urucuia, Guarani, que alimentam os rios brasileiros e suas bacias. O que dá ao impacto ambiental gerado pela fratura hidráulica um caráter nacional e até continental.
Em defesa do cerrado, dos aquíferos brasileiros, sobretudo o Urucuia, dos nossos territórios tradicionais, e dos nossos modos de vida, nos posicionamos contra a realização da 12ª Rodada de Leilões da ANP, contra o uso da fratura hidráulica e exploração de gás de xisto, contra mais essa forma nefasta de devastação de bioma que estamos tentando manter em pé.
Participantes do Encontro de Povos e Comunidades do Cerrado
Luziânia, 24 de novembro de 2013.

Maus tratos e mortes de animais em Hollywood foram encobertos, diz revista

26/11/2013


DE SÃO PAULO
A revista americana "The Hollywood Reporter" publicou na segunda-feira (25) um artigo revelador, no qual denuncia que a American Humane Association (AHA), instituição de proteção aos animais, encobriu diversos casos de maus tratos em gravações de filmes e séries de TV.

Segundo a revista, algumas das maiores produções de Hollywood tiveram mortes ou abusos contra animais no set, mas ainda assim receberam o selo da AHA, que diz: "nenhum animal foi machucado nas gravações deste filme".

Entre os incidentes levantados pela revista, estão dezenas de animais marítimos que apareceram mortos na praia, dia após dia, durante as gravações de "Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra" (2003). Isso aconteceu porque os membros da equipe de gravação não tomaram precauções para proteger a vida desses animais ao preparem efeitos especiais de explosões no mar.
Jake Netter/Associated Press
Cena do filme 'As Aventuras de Pi' (2012), de Ang Lee; tigre usado nas gravações quase morreu afogado
Cena do filme 'As Aventuras de Pi' (2012), de Ang Lee; tigre usado nas gravações quase morreu afogado

Em "As Aventuras de Pi" (2012), embora a maior parte das cenas com um tigre tenham sido feitas por computador, algumas precisaram de um animal de verdade. Conhecido como King, o felino quase se afogou durante uma das filmagens, tendo que ser laçado para ser resgatado. A "Hollywood Reporter" obteve um e-mail da representante da AHA no set dizendo que o fato não deveria "ser relatado a ninguém, especialmente ao escritório".
Já na produção de "O Hobbit - Uma Jornada Inesperada", também do ano passado, mais de 20 animais, entre cabras e ovelhas, morreram desidratados, exaustos ou afogados. Ainda assim, a AHA garantiu que "monitorou todas as filmagens com animais" e que nenhum deles havia sido machucado.

Outros abusos incluem a morte por esmagamento de um esquilo em "Armações do Amor" (2006), um husky siberiano que foi agredido diversas vezes em "Resgate Abaixo de Zero" (2006) e quatro cavalos que morreram durante as gravações da série "Luck", com Dustin Hoffman.

Os agentes da AHA têm autonomia para até mesmo prender membros das equipes de filmagem por agressões contra os animais. No entanto, em nenhum desses casos a associação se pronunciou ou tomou medidas.

"É fascinante e irônico: de protetores dos animais, eles se tornaram cúmplices da crueldade contra eles", disse um ex-agente de proteção dos animais de Los Angeles, ouvido pela revista. "Isso é pior do que fazer nada. É como um policial não apenas ignorar um crime, mas ajudar a encobri-lo."

da FOLHA

Proibidos, falsificados e perigosos, Os agrotóxicos são vendidos descontrolamente


A venda descontrolada de agrotóxicos ganhou na internet um novo canal para driblar a lei, dificultando a fiscalização e ampliando o risco à saúde de consumidores e agricultores. A novidade agrava um cenário em que uso exagerado dos químicos na lavoura o consumo cresceu muito acima da área plantada , contaminação da água e dificuldade de identificar eventuais excessos de veneno nos alimentos que chegam à mesa se combinam para elevar o perigo escondido nos alimentos. (Unisinos)
A reportagem é de Caio Cigana, publicada pelo jornal Zera Hora, 24-11-2013.
Zero Hora flagrou a venda ilegal de agrotóxicos pela internet. A reportagem negociou a compra e a entrega de três produtos com comercialização e uso proibidos no Estado, apresentando-se como agricultor ou dono de agropecuária em e-mails e ligações telefônicas gravadas. Questionado sobre o risco de a carga de ser apreendida, o vendedor que se identifica como Mauricio, de Monte Aprazível (SP), não mostra receio com a venda ilegal:
– Se eles (a fiscalização) travar (sic), o pessoal dá um jeito de recolher a mercadoria, mas se passar entrega tranquilo – garante.
Sem regras, a negociação online de defensivos aumenta a brecha para irregularidades que vão de crimes ambientais a infrações mais graves, como derrame de produtos falsificados, contrabandeados e roubados. No Estado, a venda pela internet permite que agricultores e donos de lojas negociem herbicidas e inseticidas proibidos por terem sido banidos em seus países de origem devido ao alto teor tóxico e ao perigo à saúde e ao ambiente. Gramoxone 200 eGramocil são feitos à base de paraquat, princípio ativo que, apenas entre 2005 e 2011, causou 165 envenenamentos e 35 mortes conforme registros do Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do Estado.
Outro produto proibido é o Mertin 400. Mesmo alertados de que o produto era proibido no Rio Grande do Sul, vendedores confirmam a entrega no Estado. A multinacional Syngenta, fabricante dos três produtos, tenta liberar esses agrotóxicos na Justiça gaúcha.
Flagrante detecta produtos ilegais e sem origem
No dia 14 de novembro, a partir das investigações de ZH, fiscais da Secretaria da Agricultura deram uma batida em uma agropecuária de Venâncio Aires citada por um dos vendedores como cliente antigo. Além de o estabelecimento sequer ter licença para vender agrotóxicos, foram encontrados produtos proibidos, sem registro no Ministério da Agricultura (Mapa) e sem origem comprovada. Apenas ano passado, a Secretaria da Agricultura flagrou 73 estabelecimentos sem autorização para a venda de agrotóxicos e outros 26 com agrotóxicos ilegais.
O chefe da divisão de fiscalização de agrotóxicos do Mapa, Álvaro Ávila, ressalva que a comercialização de defensivos pela internet, apesar de não ter regulamentação, não é proibida – desde que obedeça a lei. O problema é que, mesmo quando fungicidas, herbicidas e inseticidas são legais, em regra as vendas são feitas por empresas sem licença para comercializar venenos agrícolas.
As ofertas aparecem em sites populares que abrigam anúncios de venda de todo tipo de produto, segmentado em agronegócio, e em portais especializados em defensivos criados por companhias reais ou fictícias. As especializadas dizem funcionar como uma espécie de bolsa de mercadorias, apenas aproximando fornecedores e compradores. Como não venderiam diretamente o produto, isso dificulta o enquadramento na lei. Mesmo assim, abrigam anúncios de interessados na compra de produtos vetados no Rio Grande do Sul. Quando a fiscalização vai até o endereço onde funcionaria o negócio, ninguém é encontrado. O que atrai, muitas vezes, é o preço abaixo do mercado, embora não exista a garantia de o produto ser legal. E, na hipótese de ser falso, o comprador sequer tem amparo para reclamar.
– Pela internet, não tem como checar se a empresa existe ou é fantasma. Nossa preocupação com isso é total. Abre brechas para que as pessoas que não tomam a cautela necessária sejam ludibriadas – alerta Fernando Marini,gerente de produto do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
Além de ignorar o receituário agronômico, instrumento semelhante ao usado em medicamentos controlados, o transporte do produto também afronta a legislação. Embora os agrotóxicos sejam classificados como carga perigosa, os vendedores prometem entregá-los até em veículos particulares. Se o volume adquirido for pequeno, mais duas ilegalidades: podem chegar ao destinatário pelos Correios e, ainda, fracionados.


Filhote de pit bull é cão-guia de irmão que nasceu cego



Dupla que foi resgatada por abrigo enquanto vagava por ruas da Filadélfia, nos EUA, procura um lar; cachorros dormem abraçadinhos todos os dias

por Globo Rural On-Line

Editora Globo
Os irmãos dormem abraçadinhos. Foto: Divulgação/Chester County SPCA
Quando Jermaine e Jeffrey vão dormir, os funcionários do abrigo na Filadélfia, nos EUA, onde vive a dupla, preparam os celulares e as câmeras para tirar fotos

A dupla de irmão da raça pit bull foi encontrada por voluntários vagando pela cidade. Mas o grupo não podia imaginar que a dupla guardava uma história de dedicação, companheirismo e cumplicidade. 
Jermaine funciona como cão-guia do irmão, que nasceu cego. A cadela é responsável por orientar as brincadeiras, a hora de comer e os passeios de Jeffrey

Na hora de dormir, o macho abraça a fêmea, derretendo o coração dos voluntários. "É como se ele só conseguisse relaxar sabendo que a irmã está por perto", disse um deles sobre a cena que se repete todas as noites. 

Os filhotes, que têm entre seis e oito meses de idade, estão na lista de adoção do abrigo. Funcionários responsáveis pela dupla torcem para que os irmãos encontrem donos dispostos a adotar os dois juntos.
Editora Globo
A dupla no abrigo. Foto: Divulgação/Chester County SPCA

Papel feito de palha de cana é mais barato e polui menos


Empresa colombiana desenvolve nova técnica de produção para aproveitar resíduos da indústria de açúcar e álcool que hoje são queimados em usinas termoelétricas

25 de novembro de 2013 
Marcelo Osakabe, especial para o Estadão

SÃO PAULO - Um inventor colombiano promete revolucionar a indústria mundial de papel com um novo processo para a produção a partir da palha da cana de açúcar, material geralmente descartado como resíduo da indústria de açúcar ou álcool.
O químico Jorge Humberto Borrero, proprietário da empresa Fibras Ecológicas, afirma que sua técnica difere de outros processos semelhantes por utilizar apenas a palha da cana, ao invés do bagaço, utilizado por algumas indústrias. Para cada tonelada de papel produzido, seriam necessárias duas toneladas e meia de palha.

Segundo o químico, o novo processo utilizaria menos produtos químicos, como soda cáustica ou derivados de enxofre, o que resultaria em menos dano para o meio ambiente e menos riscos à saúde.

Bagaço. Jorge Humberto Borrero é um cientista premiado. Em 2011, sua pesquisa com papel recebeu o prêmio de Melhor Inventor Colombiano e também o de melhor inventor pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual.
Os prêmios o levaram ao Venture Labs Intestment Competition, realizado pela Universidade do Texas. Lá, ele conheceu a empresa de celulose sueca SCA, que comprou sua ideia. O químico também pesquisa a utlização de outras matérias primas dentro do mesmo processo, que considera ser até 37% mais barato do que similares.

No Brasil, a empresa GCE vende papel feito a partir do bagaço de cana para mais de 600 empresas. Entretanto, o papel é produzido fora do país, na Argentina e na Colômbia. Segundo o gerente comercial da empresa, Guilherme de Pra Neto, comprar o bagaço das usinas brasileiras é difícil, uma vez que elas preferem utilizá-lo como combustível em usinas termoelétricas.

Energia. "A energia aqui é muito cara. Apenas 10% desse bagaço não vai para as caldeiras. Mesmo assim, também competimos por esse bagaço com empresas que fazem ração animal e adubo".
Para Guilherme, a distância entre as usinas e o alto custo de frete brasileiro também afastam a possibilidade de produção nacional de papel feito de cana.

Segundo Guilherme, a empresa precisa de 3,7 toneladas de bagaço de cana para produzir uma tonelada de papel. No caso do eucalipto, a indústria de celulose precisaria de 14 toneladas para produzir a mesma tonelada.
"Uma plantação de eucalipto dura 21 anos, sendo que são feitos três cortes durante esse período. Nesse mesmo período, fazemos 21 colheitas de cana".

Vegano, homem mais forte da Alemanha levanta 550 kg: conheça Patrik Baboumian


Quem nunca pegou uma lata de palmito, envolveu a tampa com o pano de prato e fez o maior esforço possível para abrir sem pedir ajuda, mas mesmo assim não teve sucesso? A cena ficaria um pouco patética se feita ao lado de Patrik Baboumian, considerado o homem mais forte da Alemanha desde 2011, que quebrou o próprio recorde em setembro deste ano após carregar 550 kg (sim, o equivalente a 110 sacos de arroz) por 10 metros.
Vegetariano desde 2005 e vegan há dois anos, ele treina pesado para manter os 125 kg de músculos distribuídos em 1.71 m. Com um consumo diário de 4 mil kcal, Patrik ainda quebra o mito de que quem não come carne é magrelo e vive de alface: “nunca fui tão forte em toda a minha vida”.
A bagagem de receitas vai virar um livro chamado Feeding the vegan badass – how to become a vegan beast (Alimentando os vegans mais durões – como se tornar uma fera vegan), que deve ser lançado nos próximos meses. “Eu posso fazer praticamente tudo o que fazia com carne com tofu e seitar [conhecido como glúten ou carne vegetal], então eu realmente não estou perdendo nada”, disse.
Confira a entrevista a seguir.
Quando você virou vegano e como foi o processo? Foi em 2005. Eu fui apaixonado por animais minha vida inteira. Um dia, eu pensei: se você vir um pássaro com uma perna quebrada, você realmente tem vontade de fazer algo em relação a isso e ajudá-lo. Então, ao mesmo tempo, você vai a um restaurante e come um frango ou algo assim. Isso não faz nenhum sentido. Então em 2011, depois de ganhar o título do homem mais forte da Alemanha sendo vegetariano, eu percebi que se é a compaixão que me faz adotar essa dieta, talvez não fosse suficiente apenas parar de comer animais, mas boicotar toda a indústria de animais. O que acontece com os animais na produção de ovos e leite não é o que você deseja como um ser compassivo. Então, na verdade, eu senti a necessidade de dar um passo adiante e virar vegan. E virei.
Todo mundo na sua casa decidiu seguir a mesma dieta? Não, eu fui o único. Minha mãe e minha noiva achavam que eu estava prestes a enlouquecer. O engraçado é que agora as duas são vegan.
Você é considerado o homem mais forte da Alemanha. Como sua alimentação influenciou no fisiculturismo? Eu não me considero um fisiculturista, mas um atleta de elite. Apesar de eu já ter participado de competições de fisiculturismo, esse nunca foi meu mundo. A alimentação me ajudou muito quando eu era vegetariano e ficou muito melhor depois que eu adotei a dieta vegan. Sou vegan há quase dois anos e nunca fui tão forte em toda a minha vida.
Quantas calorias você consome diariamente? Agora 4 mil kcal são suficientes para manter meu corpo, mas já teve tempos em que eu consumia até 6 mil kcal diárias para ganhar peso.
E qual seu peso e altura? 1.71 m e 125 kg
Qual a melhor parte de ser vegan? Quando eu consumo alimentos à base de plantas, sinto que estou dando vida ao meu corpo em vez de alimentos mortos (carne) e, na verdade, eles são muito gostosos. Eu me sinto muito mais saudável e o meu desempenho como atleta é muito melhor.
Você sente falta de algum alimento? Não. Eu posso fazer praticamente tudo o que fazia com carne com tofu e seitar [conhecido como glúten ou carne vegetal], então eu realmente não estou perdendo nada.
Como é sua rotina de exercícios? Eu não estou indo à academia porque preciso usar vários equipamentos pesados e fortes para o meu treino. Tenho minhas próprias instalações em casa e treino quatro vezes por semana.
Você toma algum suplemento? Os dois únicos suplementos realmente necessários em uma dieta vegan de longo prazo para atletas são a vitamina B12 e creatina. Eu também uso proteína vegan em pó, mas ela não é exclusiva para o meu estilo de vida. Eu já consumia antes de ser vegetariano porque torna muito mais fácil para obter a quantidade ideal de proteína (300 g) que eu preciso para o meu desempenho físico.
Qual é sua receita vegan preferida? Existem muitas receitas que eu e minha noiva desenvolvemos juntos para ter um estilo de vida saudável e divertido como vegans. Nos próximos meses, vou publicar todas as receitas em um livro chamado Feeding the vegan badass – how to become a vegan beast (Alimentando os vegans mais durões – como se tornar uma fera vegan).
do TERRA

Praias badaladas de SP perdem rótulo de 'muito limpas'

24/11/2013 



As belas e cobiçadas praias de Juqueí, Camburizinho e Baleia, em São Sebastião, perderão a chancela de "praias muito limpas" quando sair a classificação anual de 2013 da Cetesb, a agência ambiental paulista.
Em vez do rótulo "ótimo" que elas obtiveram em 2012, as três vão ganhar bandeiras amarelas, o que significa uma classificação "regular".
Na última década, é o segundo ano que isso ocorre com a Baleia. Nas outras duas praias, Camburizinho e Juqueí, é a terceira vez que o rótulo "regular" é registrado.
Os mais otimistas podem argumentar que a classificação da Cetesb é muito dura, porque basta uma única semana ruim em todo ano para a bandeira da praia em questão deixar de ser verde.
Editoria de Arte/Folhapress
Esse é o caso na Baleia. Já em Juqueí foram três semanas impróprias; em Camburizinho, duas. Ou seja, em grande parte do ano, as três praias ficaram próprias.
Mas os especialistas corroboram a importância da classificação e dizem que os dados deste ano indicam que é preciso ter cuidado.
"É uma situação que preocupa. Essas praias não poderiam ter bandeira vermelha", afirma Eduardo Hipólito, secretário de Meio Ambiente de São Sebastião, preocupado com a imagem do município.
Segundo Cláudia Lamparelli, gerente da Cetesb, as bandeiras vermelhas em praias limpas neste ano são culpa de fortes chuvas registradas no litoral paulista, mesmo em meses mais secos.
Mas ela admite: "Claro que se não houvesse poluição [esgoto sem tratamento] na região, a chuva não teria como carregar nada para o mar" --o que afeta diretamente a qualidade da água das praias.
Juca Varella/Folhapress
Praia de Juqueí, que ficou três semanas imprópria em 2013
Banhistas na badalada praia de Juqueí, em São Sebastião (SP), que foi classificada três semanas como "imprópria" em 2013
PIOROU
Avaliações preliminares do órgão ambiental mostram que a situação de todo o litoral norte em 2013 está um pouco pior do que no ano passado, quando houve uma melhora na qualidade da água.
Em Ilhabela, neste ano, apenas em uma semana do ano todas as 15 praias monitoradas ficaram com bandeira verde. No ano passado haviam sido cinco semanas.
Considerando todas as praias entre Bertioga e Ubatuba, é neste último município que o turista tem mais chances de poder dar um mergulho sem ter muita preocupação com o risco de doenças intestinais ou de pele.
Das 23 praias monitoradas, dez ficaram próprias ao banho de mar todo o ano.
Guarujá e Bertioga não vão ter praias rotuladas como limpas em todo o ano de 2013.

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
ARETHA YARAK
ENVIADA ESPECIAL A SÃO SEBASTIÃO