Instituto Cahon
  • INICIO
    • Home
  • ATIVIDADES
    • Fotos
    • Entrevistas
    • Agenda
  • PROJETOS
    • Projetos
    • Oficinas
  • ARTIGOS
    • Vegetarianismo
    • Feng Shui
  • NATUREZA
    • Meio Ambiente
    • Animais
    • Ecoespiritualismo
  • QUEM SOMOS
    • Quem Somos
    • Estatutos
  • MIDIA
    • Imagens
    • Vídeos
  • ECOPRODUTOS
    • Nossos Produtos

Direito dos Animais

Ativismo, abolicionismo e conscientização

Vegetarianismo e Veganismo

Escolha saudável com ética

Meio Ambiente

Compromisso com o planeta e total sustentabilidade

Arte Sustentável

Conheça nossas ecoficinas e nossos ecoprodutos

Participe

DIGA NÃO ÁS PLUMAS - Aves são depenadas vivas para consumo humano de penas

09:59    No comments

 

 

10 de fevereiro de 2014

(Da Redação)
Foto: Occupy for Animals
Foto: Occupy for Animals
 
“Down” é o nome da camada macia de penas mais próxima à pele das aves, principalmente na região do tórax. As penas desta região são altamente valorizadas pela indústria que explora esses animais. Muitos gansos em bandos de reprodução e aqueles criados para a cruel indústria de carne e foie gras têm as suas penas arrancadas enquanto ainda estão vivos. As informações são do Occupy for Animals.
Arrancar as penas dos gansos causa-lhes dor e angústia. Um estudo revelou que os níveis de glicose no sangue de alguns gansos quase dobrou (um sintoma de estresse grave) durante a arrancada.
 
Foto: Occupy for Animals
Foto: Occupy for Animals
 
Normalmente, os patos e gansos são levantados pelo pescoço, têm as pernas amarradas, e então as suas penas são arrancadas. As aves que lutam nesse momento muitas vezes sofrem ferimentos. Depois, elas são colocadas de volta às gaiolas até que estejam prontas para ter as penas arrancadas novamente. Este processo começa quando os animais têm 10 semanas de idade e se repete em intervalos de quatro a seis semanas até a exaustão, quando as aves são mortas ou são alimentadas à força para a indústria de foie gras. A um ganso explorado por essa indústria é “permitido” viver no máximo até os quatro anos de idade.
 
O pato “eider” é uma espécie protegida, mas as suas penas são procurados para a produção de travesseiros e roupas de cama. As fêmeas põem ovos e utilizam penas arrancadas de seus próprios corpos para protegê-los. Agricultores na Islândia reúnem quase 3 mil quilos de penas desses patos a cada ano. Ao tomar essas penas, os agricultores estão removendo o importante isolamento que os ovos precisam para eclodir. É preciso penas de pelo menos 80 ninhos de pato para preencher apenas um edredom.
 
O processo no qual os patos são levantados pelo pescoço e têm as pernas amarradas para a arrancada de suas penas é chamado de “ripping”, pela indústria.
 
Os patos lutam e entram em pânico, muitas vezes fraturando membros na tentativa de escapar. O programa de televisão da Suécia Kalla Fakta produziu em 2009 um documentário de duas partes sobre esse tema na Hungria, que revelou:
“…pássaros amarrados gritando e lutando para libertar-se, conforme seu ‘down’ é arrancado de seus corpos em velocidade rápida. Depois disso, várias aves ficam paralisadas ​​no chão, com grandes feridas na carne. As aves com grandes feridas abertas são então costuradas com agulha e linha no local pelos próprios trabalhadores, sem qualquer anestésico.”
 
Ao ver as imagens, o veterinário sueco Dr. Johan Beck Friis descreveu o processo de depenagem como “nada menos do que uma tortura qualificada”.
 
Em entrevista à CBS 5 de São Francisco, a veterinária e especialista em pássaros da SPCA, Dra. Laurie Siperstein-Cook, respondeu à filmagem afirmando que isso é “horrivelmente, terrivelmente doloroso”, e que “se você optar por comprar um produto que use penas, você está apoiando a tortura”. A reportagem também visitou o Wal-Mart, o NorthFace e o REI, e nenhum dos quais foi capaz de oferecer qualquer informação sobre as penas utilizadas em produtos das lojas.
 
A pesquisa feita pelo Kalla Fakta estima que 50 a 80% de penas de todo o mundo é arrancada de aves vivas. Grupos da indústria afirmam que a porcentagem real é muito mais baixa, mas uma outra investigação – esta realizada pela Ikea (companhia sueca de móveis domésticos) – confirmou os números elevados. Naquele mesmo ano a Ikea deixou de trabalhar com a Mysa, uma marca chinesa de roupas de cama feitas com penas, citando preocupações com o bem-estar das aves.
 
Os maiores produtores de acessórios de penas são a Hungria, a China e a Polônia, e todas as três utilizam o processo de colheita em animais vivos. 80% da penugem e das penas do mundo vem da China.
 
A indústria considera que as penas arrancadas de aves vivas têm melhor qualidade, e o processo, mais econômico, uma vez que as aves podem ser depenadas inúmeras vezes antes de serem mortas. As penas de 75 aves devem ser arrancadas para a produção de um edredom.
 
Não é de se surpreender que essa pesquisa retome reivindicações anteriores sobre o sofrimento de aves depenadas vivas. Um artigo publicado na Research in Veterinary Science concluiu que “o processo de arrancada de penas é doloroso para as aves”, afirmando que receptores de dor haviam sido identificados na pele de espécies de aves como patos, gansos e galinhas, e que “a parede dos folículos da pena é ricamente suprida com fibras sensoriais somáticas, e os nervos estão presentes nos músculos das penas…e a pena é presa firmemente no folículo”.
Foto: Occupy for Animals
Foto: Occupy for Animals
 
Obviamente, patos e gansos não são as únicas aves que experimentam a dor de ter as penas arrancadas. Também passam por isso os galos “fancy roosters”, criados especificamente para a extração de suas penas, e os avestruzes.
 
Os avestruzes são criados aos milhares em grandes fazendas, algumas delas exclusivamente para a colheita de penas, enquanto outras também para carne e couro. Apesar dos avestruzes poderem viver entre 40 e 70 anos, aquelas destinadas à produção de carne ou couro são mortas com cerca de um ano de idade.
 
Existem dois métodos de remoção de penas de avestruzes vivos. Ambos exigem o pássaro seja contido, seja em uma “caixa de arrancar” ou um recipiente tão pequeno que ele não pode chutar ou virar-se. Muitas vezes, o pássaro tem um capuz preto colocado sobre sua cabeça. Aves mais jovens são depenadas logo que atingem a idade considerada adulta, por volta dos 16 meses de idade. A cada 7 ou 8 meses depois disso, suas grandes penas são puxadas de sua pele. Esse processo também é considerado bom quando se trata de produzir couro de avestruz “de qualidade”: as marcas circulares características no couro são realmente cicatrizes das penas que foram retiradas inúmeras vezes quando a ave ainda estava viva.
 
O outro método é diferente, mas igualmente desumano: os pássaros são contidos enquanto os funcionários cortam suas penas com espécies de tesouras de poda em cerca de dois centímetros acima da pele da ave; mais perto, pode causar hemorragia e danos na regeneração, uma vez que os vasos sanguíneos e nervos percorrem o centro das penas. Não há dúvida de que este processo é doloroso para os pássaros, e até 50 penas pode ser cortadas de um adulto avestruz macho ao mesmo tempo.
 
O próximo passo é o chamado “quilling”, onde os trabalhadores retiram os espinhos das penas que foram intencionalmente deixadas no folículo durante o processo de corte. Isso é feito com um alicate ou à mão, e seu objetivo é impedir hemorragias e para manter a qualidade comercial de futuras penas.
 
Galos também são criados para a extração de suas longas penas coloridas. Estas são utilizadas para jóias, ornamentos para cabelos, e como iscas para pescadores, entre outras coisas. Estes galos vivem por cerca de um ano, enquanto as suas penas crescem a um tamanho máximo, e então eles são mortos. Estas penas têm sido muito demandadas na moda recentemente, o que significa mais sofrimento para mais pássaros.
 
http://www.anda.jor.br/10/02/2014/aves-sao-depenadas-vivas-consumo-...

Read More

Milhões de abelhas morrem por causa de pesticidas neonicotinoides fabricadas pela Bayer e Syngenta

14:13    No comments

foto: divulgação
 
 
Sexta, 14 de fevereiro de 2014

Um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, dos EUA, mostra que a classe de pesticidas neonicotinoide e a clotianidina afetam, de modo adverso, o sistema imunológico das abelhas ao promover nelas a replicação de um patógeno viral.

A reportagem é publicada pelo sítio SeattleOrganicRestaurants.com, 13-02-2014. A tradução de Isaque Gomes Correa.

De acordo com os cientistas italianos, autores do estudo, uma molécula é desencadeada pelos pesticidas neonicotinoides de que forma que possa prejudicar a colônia de abelhas. Os pesquisadores descobriram que o inseticida neonicotinoide clotianidina pode aumentar os níveis de proteína específica nas abelhas e afetar negativamente a resposta do sistema imunológico além de torná-las mais suscetíveis de serem atacadas por vírus e patógenos prejudiciais.

Francesco Pennacchio, principal autor do estudo, descobriu que a proteína de repetição rica em leucina poderia afetar negativamente a atividade de uma proteína envolvida nas abelhas, conhecida como NF-κB, sinalizador imunológico. Quando as abelhas são expostas ao inseticida neonicotinoide clotianidina, há um aumento significativo na melhoria da codificação do gene de proteína de repetição rica em leucina que suprime o sinalizador imunológico NF-κB.

Os pesquisadores encontraram que outras classes dos neonicotinoides, tais como o imidacloprid e o tiametoxam, também afetam o sistema imunológico das abelhas, embora inseticidas como o organofosforado clorpirifós não afetam o sinalizador imunológico NF-κB.

Quando os pesquisadores infectaram as abelhas com um patógeno comum, conhecido como o vírus deformador da asa, descobriram que ele ataca o sistema imunológico no momento em que as abelhas são expostas ao inseticida neonicotinoide clotianidina ou imidacloprid. Embora o vírus seja muito comum nas abelhas, o sistema imunológico delas o mantém ineficiente e sob controle.

Segundo um dos pesquisadores, Francesco Nazzi, o “efeito relatado sobre a imunidade exercida pelos neonicotinoides permitirá testes toxicológicos adicionais – a serem definidos – no intuito de avaliar se a exposição crônica das abelhas a doses subletais de agroquímicos poderá afetar, de modo adverso, o seu sistema imunológico e suas condições de saúde. Além disso, nossos dados indicam a possível ocorrência nos insetos, por exemplo os invertebrados, de uma modulação neural da resposta imunológica. Este fato prepara o terreno para estudos futuros nesta área de pesquisa e apresenta a questão sobre como as substâncias neurotóxicas podem afetar a resposta imunológica”.


Enquanto os países da União Europeia puseram uma suspensão de três anos para a classe de pesticidas neonicotinoide, incluindo o tiametoxam, o clotianidina e o imidacloprid, o Ministério de Agricultura dos Estados Unidos não conseguiu banir estas classes de pesticidas que estão matando milhões de abelhas. Tenhamos em mente que o ministro americano da Agricultura, Tom Vilsack, é o ex-governador pró-biotecnologia do estado de Iowa, premiado como o Governador do Ano pelas empresas de biotecnologia.

As gigantes da área biotecnológica, Bayer e Syngenta, que fabricam os neoniconinoides, estão gastando milhões de dólares para evitar a suspensão desta substâncias, além de terem processado a Comissão Europeia pelo banimento destas classes de inseticidas.

Estas empresas também colocaram milhares de documentos falsos na internet, enganando a todos ao divulgar que os neonicotinoides são perfeitamente seguros e que outros problemas, incluindo a falta de biodiversidade e o crescimento dos patógenos, é que são as principais causas por trás do declínio das abelhas.

As empresas Monsanto, Syngenta, Bayer, DuPont e Dow estão mentindo. Transgênicos tratados com neonicotinoides estão relacionados com colapso das abelhas, e 94% do milho nos EUA são tratados ou com pesticida imidacloprid ou com pesticida clotianidina

Na verdade, a maioria do milho e da soja geneticamente modificados são tratados com pesticidas neonicotinoides e, recentemente, mais de 37 milhões de abelhas caíram mortas no Canadá depois que grandes campos de milho transgênico foram plantados e tratados com a substância.

Além disso, não obstante as falsas promessas da biotecnologia de que as culturas transgênicas iriam reduzir o uso de pesticidas, a verdade é que desde a introdução dos organismos geneticamente modificados o uso de pesticidas aumentou em 500 milhões de libras.

Na verdade, segundo a Rede de Ação em Pesticida da América do Norte (PANNA, na sigla em inglês), 94% das sementes de milho dos EUA são tratadas ou com a substância imidacloprid ou com a clotianidina e, em consequência, as abelhas são submetidas a uma carga tóxica de neonicotinoides cada vez maior nos campos de milho.

Mais e mais estudos mostram o efeito adverso dos neonicotinoides sobre o sistema imunológico das abelhas.

Embora as empresas Syngenta e Bayer estejam tentando disseminar informações enganosas ao colocar a biodiversidade e os patógenos como as principais causas do declínio das abelhas, estudos científicos independentes vincularam principalmente os neonicotinoides ao colapso das colônias de abelhas.

Num estudo publicado na revista Science, o autor principal e professor de biologia da Universidade de Sussex, Dr. Dave Goulson, diz que a “exposição a pesticidas neonicotinoides, que são uma neurotoxina em essência, estava afetando a capacidade das abelhas de aprender, de encontrar o caminho de volta para casa, de navegar, de coletar alimento, e assim por diante, o que não é surpreendente se acaso percebermos se tratar de neurotoxinas. (...) O que encontramos, e que tenho que confessar ter sido surpreendente em seu âmbito, foi que os ninhos tratados cresceram mais lentamente, porém, de forma mais dramática, o efeito sobre a produção da rainha foi realmente forte.

Assim, tivemos uma queda de 85% na produção dos ninhos da rainha que foram expostos durante um período de apenas duas semanas a concentrações bastante baixas destes pesticidas em comparação com os ninhos de controle”.

Chegou a hora de pôr de lado a ganância corporativa e proibir o uso dos neonicotinoides que estão destruindo milhões de abelhas e borboletas.

Cerca de 87% das plantas são polinizadas por abelhas e se não fizermos algo quanto ao fato de que as culturas transgênicas tratadas com os neonicotinoides constituem a principal razão do colapso das colônias de abelha, então iremos estar dando um tiro no próprio pé e começando uma reação em cadeia em que muitas plantas e espécies morrerão em consequência.

A comunidade científica e os biólogos dizem que se as abelhas desaparecerem, iremos somente ter só mais alguns anos de vida, já que a reação em cadeia começará a erradicar certas espécies devido à falta de polinização e afetará culturas de passarinhos e assim por diante.

Atualmente, o apicultor está perdendo 50% de suas colmeias e, em vez de proporem uma proibição imediata às culturas geneticamente modificadas e aos neonicotinoides, nossas autoridades permitem que as gigantes da biotecnologia – incluindo a Monsanto, a Syngenta e a Bayer – gastem bilhões de dólares promovendo e vendendo seus inseticidas tóxicos e alimentos transgênicos.

A prioridade de corporações como Syngenta e Bayer não é proteger as abelhas e outros polinizadores, mas proteger seus lucros a partir da produção de inseticidas neonicotinoides. Só no ano de 2012, as vendas da Syngenta com a substância tiametoxam cresceram e excederam as cifras de mais de um bilhão de dólares. Como isso pode ser permitido? E como uma sociedade pode tolerar isso que elas têm feito?

do Unisinos

Read More

Cientista usa pinturas famosas para chamar a atenção para o desmatamento

10:06    No comments


O pesquisador Iain Woodhouse, da Universidade de Edimburgo, encontrou uma maneira curiosa de chamar a atenção para seu objeto de estudo, o desmatamento. Para expressar "ausência", ele fez novas versões de obras dos pintores do século 19 Vincent Van Gogh, John Constable e Georges Seurat.
"Como representar a perda de algo?", pergunta retoricamente, enquanto mostra imagens das ilustrações. "Pela ausência", prossegue o professor da Escola de Geociência da universidade.

Pinturas famosas retratam desmatamento

 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Versão da obra feita pelo pesquisador Iain Woodhouse não tem as árvores; a intervenção pretende chamar a atenção para o desmatamento
 
Woodhouse então apresenta reproduções das verdadeiras obras e esclarece: as árvores foram retiradas dos originais "Oliveiras com o Céu Amarelo e o Sol", de Van Gogh, "A Carroça de Feno", de Constable, e "Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte", de Seurat.
 
O pesquisador afirma que é relativamente fácil representar a importância de algo que está presente, mas que o mesmo não se dá com a falta de algo, como o desflorestamento.
"Não é fácil chamar a atenção do observador para algo que não está lá", diz. Elaborado em conjunto com a artista Alice Ladenburg, o projeto busca chamar a atenção para a causa ambiental.
 
CONSEQUÊNCIA POLÍTICA
Além de produzir versões "desmatadas" de obras famosas, o britânico também incentiva crianças no Maláui, na África, a plantarem e a darem nome a uma árvore. Segundo ele, com a proximidade criada pela nomeação, as crianças estabelecem vínculo afetivo com a "sua planta" e passam a cuidar do vegetal, regando-o regularmente.
 
A ideia é que o tema vire algo de importância para a população em geral. "Se isso vira uma questão relevante para o eleitorado, torna-se uma questão importante para os políticos."
 
O jornalista PAULO GOMES viajou a convite do Consulado Britânico, após ser um dos selecionados no Desafio GREAT
 
da Folha/Ambiente

Read More

Bioluminescência: Mas afinal o que é isso mesmo?

16:48    No comments

 

 

Bioluminescência, Parque Nacional das Emas, 2007. Foto: Simone Mamede
A curiosidade e a admiração pelos  cupinzeiros iluminados nas noites quentes e úmidas de primavera e verão datam desde o século XIII. Muitas impressões, teorias e lendas em torno desse fenômeno foram atribuídas ao longo dos últimos séculos, entre eles: evento  fantasmagórico, brilho dos cupinzeiros por estarem rodeados de insetos luminosos, bactérias luminescentes instaladas nos ninhos dos cupins, entre outros relatos e assombros. O que todos concordam é que se trata de um efeito estético mágico, espetacular e que atrai a admiração de todos quantos têm a oportunidade de encontrar tal maravilha na natureza.
 
Somente a partir do século XX, é que estudos começaram a ser realizados com o objetivo de conhecer melhor o fenômeno da Bioluminescência.
 
A bioluminescência é, na verdade, uma luz fria, não fosforescente, emitida por determinados organismos vivos com finalidades variadas, conforme a espécie e o grupo a que pertencem. Pesquisadores sugerem que os organismos que apresentam essa capacitadade de emissão de luz, a utilizam para atração de parceiros para a reprodução, atração de presas, como forma de defesa a predadores, entre outras inúmeras funções ainda não desvendadas pela ciência.
Bioluminescência. Foto: Mamede, 2007
Na região do Parque Nacional das Emas, onde a densidade de cupinzeiros pode atingir mais de 300 unidades por hectare, os organismos responsáveis pela bioluminescência são as larvas de uma espécie de vaga-lume, Pyrearinus termitilluminans, cujo nome científico está diretamente associado à luz (Pyrearinus: relacionado a fogo, luz), ao local onde as larvas se abrigam e ao efeito que produzem (termitilluminans: relacionado a termiteiro iluminado). Elas utilizam os cupinzeiros para proteção, abrigo e para a captura de suas presas, principalmente, insetos alados. Apenas a região anterior do corpo fica exposta durante a noite. As larvas, após capturar as presas levam-nas para dentro dos túneis para se alimentar. O fenômeno pode ser observado no Parque das Emas com maior intensidade na época que iniciam as chuvas no início da noite, principalmente quando ocorrem pancadas de chuvas nos dias mais quentes. Em estudo desenvolvido pela pesquisadora Ana Cláudia T.P. dos Santos, foi observado que larvas maiores ocupam a região mais alta dos cupinzeiros e que os cupinzeiros mais altos tendem a apresentar maior número de larvas. A pesquisa sugere que os ovos são depositados no solo, na vizinhança dos cupinzeiros, e após o nascimento das larvas é que estas passam a ocupar os cupinzeiros. Há fortes evidências de que as larvas não se alimentam dos cupins residentes, mas dos insetos na superfície e que podem, eventualmente, se alimentar também durante o dia.
Larva de vaga-lume (Pyrearinus termitilluminans). Foto: Mamede, 2007.
Essas larvas ocupam as galerias e orifícios presentes na superfície dos cupinzeiros e  impressionam no aspecto resultante. Várias comparações são feitas pelas pessoas que visitam o Parna Emas, algumas bastante criativas e curiosas, tais como: grandes cidades e seus edifícios com luzes acesas durante a noite, metrópoles e suas torres modernas vistas do alto, a Via Láctea no solo, céu estrelado visto de cabeça para baixo, lagartas de fogo habitantes de termiteiros, entre outras.
 
Quanto às estórias, estas, apresentam as mais variadas versões dependendo da mente criativa de cada observador. A beleza e encanto só podem ser percebidos e descritos, de fato,  assistindo ao fenômeno de perto. A bioluminescência só poderá ser presenciada por gerações futuras se o Cerrado for conservado e a proteção do Parque das Emas continuar efetiva.
 
Os visitantes e a comunidade local têm papel fundamental nesse processo ao conhecer, difundir, valorizar e evitar impactos sobre a biodiversidade reservada no Parque. Ao visitar o Parque no período da bioluminescência evite o excesso de lanternas acesas sobre os cupinzeiros, isto atrapalha o comportamento e sucesso alimentar das larvas. Se estiver em grupo evite que seus integrantes se dispersem no campo, de modo a evitar pisoteio na vegetação e no entorno dos cupinzeiros onde várias larvas recém eclodidas permanecem. Ao se aproximar do cupinzeiros evite conversa alta, além da possibilidade de visualizar elementos da fauna, como mamíferos, fica mais fácil identificar se o cupinzeiro está ocupado por abelhas, algo que merece a atenção.
 
Evite tocar as larvas ou retirá-las das galerias, se ali estão é porque precisam desse espaço para sobrevivência. Lembre-se: a satisfação e sucesso da sua visita só serão garantidos se os elementos da biodiversidade e seus processos vitais forem mantidos. Portanto, o bem-estar dos vaga-lumes dependem do nosso cuidado.

Visite o Parque Nacional das Emas: Patrimônio Natural da Humanidade. Encanto do Cerrado. Encontro com a vida.
                                                                                                        Texto de Maristela Benites
 
Postado por INSTITUTO MAMEDE - ago/2012

Read More

Estados Unidos anunciam proibição do comércio de objetos de marfim

15:32    No comments

Quinta, 13 de fevereiro de 2014

       

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira que proibirão o comércio de marfim, em um novo esforço para ajudar os países africanos a lutar contra a caça ilegal de elefantes e rinocerontes.

Foto: EcoDebate
A reportagem foi publicada por EcoDebate, 12-02-2014.

“Esta proibição é a melhor forma de garantir que o mercado dos Estados Unidos não contribua para a diminuição dos elefantes africanos que vivem em estado selvagem”, destacou a presidência americana em um comunicado.

O decreto da Casa Branca proíbe qualquer importação de marfim de elefante da África, em particular na forma de Antiguidades, e as exportações – com algumas exceções, entre as quais algumas antiguidades genuínas.

Para ser considerado uma antiguidade, um objeto deve ter mais de 100 anos e cumprir com outros critérios estabelecidos pela lei americana de proteção de espécies em risco de extinção.

O comércio ilegal de marfim é alimentado em grande parte pela demanda de Ásia e Oriente Médio, onde as presas de elefantes e os chifres dos rinocerontes são usados na medicina e na ornamentação. A caça ilegal tem aumentado nos últimos anos na África, ameaçando estas espécies.

Read More

Dupla é multada por agressão a filhotes de tubarão em Noronha

11:07    No comments


 

Peixes com cerca 10 dias de vida tinham se aproximado da areia para se alimentar; homens tiraram animais da água

 
RECIFE - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, multou dois homens suspeitos de agredir filhotes de tubarões no arquipélago de Fernando de Noronha (a 540 km do Recife), em Pernambuco, Estado que registra o maior número de ataques desses animais a banhistas no Brasil.
Os filhotes, com cerca de dez dias de vida, segundo avaliação de especialistas, foram agarrados pela cauda e tirados fora da água ao se aproximarem da faixa de areia em busca de alimentos.
As cenas foram filmadas, postadas em redes sociais e posteriormente retiradas, após repercussão negativa. Os suspeitos, porém, foram reconhecidos e multados em R$ 5.000 cada. Um deles mora na ilha e o outro é parente dele. O Ministério Público Federal poderá ser acionado para apurar o caso.
Segundo o engenheiro de pesca e diretor do Museu dos Tubarões de Noronha, Leonardo Bertrand Veras, os filhotes molestados são da espécie limão, considerada não agressiva a humanos e que em idade adulta alcança mais de três metros.
"Não há relatos de ataques em Noronha, mas mesmo um filhote possui dentes afiados como navalhas, que podem causar ferimentos ao tentar se defender de atos como esse", disse o especialista.
Veras afirmou que a presença dessa espécie de tubarão na ilha é comum nesta época do ano, quando ocorrem os nascimentos. Por ainda possuir pouca mobilidade, informou, os filhotes com menos de duas semanas de vida se aproximam da faixa de areia em busca de alimentos que possam capturar com mais facilidade.
O tubarão limão não faz parte da lista de espécies que atacam banhistas no litoral pernambucano. Segundo especialistas, tubarões tigre e cabeça chata, considerados muito agressivos, são os responsáveis pelos 59 casos registrados oficialmente no Estado desde 1992, com 24 mortes.
O último registro envolveu a turista paulista Bruna Gobbi, 18 anos, atacada na praia de Boa Viagem, zona sul do Recife, em julho de 2013. A garota teve a perna amputada após ser mordida e morreu no hospital.
 
FÁBIO GUIBU - Especial para o Estado

Read More

França aprova proibição de pesticidas em jardins públicos e particulares

11:22    No comments


                
Terça, 11 de fevereiro de 2014

A partir de 2020, os parques e jardins públicos na França não poderão mais ser tratados com pesticidas e herbicidas. Dois anos depois, em 2022, os milhões de franceses que cultivam um jardim em casa também não poderão mais usar os produtos químicos, de acordo com uma lei aprovada em janeiro pelo Parlamento do país.

 
A reportagem é de Lúcia Müzell, publicada pelo portal RFI e reproduzida pelo EcoDebate, 10-02-2014.

A proibição dos agrotóxicos é uma vitória dos ecologistas, que há anos alertam para os perigos para a saúde. Câncer, mal de Parkinson e problemas de reprodução foram constatados em usuários profissionais que manipulam os produtos, de acordo com um estudo comandado pelo respeitado Instituto Nacional de Saúde e Pesquisas Médicas. A pesquisa ainda verificou o aumento dos riscos dos fetos desenvolverem propensão a tumores, leucemia, alergias e deficiências cognitivas.

A organização Générations Futures foi uma das que mais pressionou os parlamentares a aprovarem o texto. Maria Pelletier, presidente da entidade, lembra que a grande maioria dos jardineiros amadores desconhece os perigos do uso doméstico de pesticidas. “Eu diria que quase 98% não têm consciência. Aliás, tudo é feito para manter as pessoas na completa ignorância sobre os riscos. Nas lojas especializadas, os vendedores não são capazes nem de ter uma boa formação, nem de informar os clientes, afinal eles mesmos dispõem de informações completamente equivocadas”, diz Pelletier.
A lei abrange entre 5 a 10% dos produtos destinados a proteger as plantas de parasitas e infecções na França. O restante é utilizado na agricultura. Os pesticidas poderão ser usados nos jardins somente em caso de “urgência sanitária”.

A presidente da organização critica o fato de que o prazo para a aplicação da lei seja tão extenso. Segundo ela, o lobby do setor conseguiu seis a oito anos para se preparar para as mudanças. “Deve-se tomar, hoje, as medidas necessárias para preservar a saúde das populações e do meio ambiente. Essas moléculas se dissipam e vão para a natureza, o ar, o solo e a água, e afetam a fauna, a flora, e é claro, a saúde pública”, observa.

Situação no Brasil
Enquanto isso, o Brasil é um dos maiores consumidores mundiais de agrotóxicos. O professor e pesquisador Wanderlei Pignati, do Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal do Mato Grosso, lamenta que embora os riscos dos pesticidas sejam conhecidos, eles sejam encontrados facilmente em qualquer supermercado do país.
“Eles são tóxicos não apenas para os insetos, fungos e as chamadas ervas daninhas, como também são prejudiciais à saúde humana. Mesmo assim, são vendidos nos supermercados como produtos domissanitários”, ressalta. “As crianças e os idosos são os mais atingidos por irritações causadas por estes venenos.”

Opções à química
O médico, especialista na contaminação por agrotóxicos, garante que existem alternativas menos poluentes do que os herbicidas. “Você tem várias alternativas orgânicas, a começar pelo cuidado da própria planta e uma adubação adequada, orgânica. Uma planta sadia não tem doenças”, afirma. “Se tem apenas duas ou três lagartas, você pode retirá-las com as mãos, ou colocar uma armadilha para os insetos. Não é necessário aplicar veneno. Ou então você pode usar outros controles a base de nim, uma planta que afugenta ou até mata o inseto.”
Além do uso generalizado de agrotóxicos, o Brasil também é um dos países que mais produzem alimentos transgênicos no mundo.

do Unisinos

Read More

Filhote de girafa saudável é sacrificado em zoológico de Copenhague

12:53    2 comments


09 de Fevereiro de 2014         
Após a morte, o zoológico realizou uma necropsia à qual os visitantes estavam autorizados a assistir
Foto: AFP

O zoológico explicou na quarta-feira em seu site que não poderia deixar a girafa crescer para evitar a consanguinidade entre exemplares desta espécie
Foto: AFP

O corpo despedaçado do filhote foi utilizado para alimentar outros animais do parque
Foto: AFP

 

&lt
< >
><
AFP
Um filhote de girafa de um ano e meio em perfeito estado de saúde foi sacrificado neste domingo em um zoológico de Copenhague
Foto: AFP

 
Um filhote de girafa de um ano e meio em perfeito estado de saúde foi sacrificado neste domingo em um zoológico de Copenhague, apesar dos protestos dos defensores dos animais na Dinamarca. O porta-voz do zoológico, Tobias Stenbaek Bro, afirmou que o filhote, de nome Marius, foi abatido com uma pistola no início da manhã. Após a morte, o zoológico realizou uma necropsia à qual os visitantes estavam autorizados a assistir.

O corpo despedaçado do filhote será utilizado para alimentar outros animais do parque. Stenbaek Bro explicou que o zoológico não esperava a comoção provocada pelo destino do animal. "As pessoas têm o direito de protestar, mas é claro que nos surpreendeu", disse. O zoológico explicou na quarta-feira em seu site que não poderia deixar a girafa crescer para evitar a consanguinidade entre exemplares desta espécie.

As opções de castração ou reintrodução na natureza foram descartadas por seus possíveis efeitos adversos, assim como a transferência de Marius a outro centro da Associação Europeia de Zoológicos e Aquários (EAZA), por incompatibilidade genética.

As duas principais associações dinamarquesas de defesa dos animais, Dyrenes Beskyttelse e Anima, ignoraram a campanha a favor do filhote de girafa, que recolheu milhares de assinaturas na internet. Um zoológico sueco informou no sábado ao jornal Expressen ter solicitado sem sucesso a transferência de Marius.

O zoológico de Copenhague explicou que sua política é não vender seus animais, apesar de contar com ofertas de compra de milionários, informou o jornal dinamarquês Ekstrabladet.

 
1 16
< >
 
Para encarar as altas temperaturas do verão carioca, o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro resolveu oferecer um prato diferente aos animais: trocou a alimentação oferecida de forma tradicional por "picolés" ou "sorvetes" com os alimentos preferidos dos bichos.
Foto: Daniel Ramalho / Terra
AFP AFP - Todos os direitos reservados. Está proibido todo tipo de reprodução sem autorização.

Terra

Nota Cahon:  Zoológicos não deveriam existir, enquanto considerarmos que é educação ambiental  levarmos  uma criança para visitar zoo os animais continuarão sendo caçados e confinados simplesmente para entretenimento humano. Muitos zoos enfrentam dificuldades para alimentar os animais e estes acabam ficando fracos e doentes, passam frio ou extremo calor, sem contar o estresse devido ao confinamento.`



Read More

Argumentos para continuar protestando contra a Copa do Mundo no Brasil

21:33    No comments

Notícias » Notícias
Sexta, 07 de fevereiro de 2014

       
imagem: divulgação

 
"Após a primeira grande manifestação do ano contra a Copa do Mundo no Brasil, ganhou corpo na internet uma campanha orquestrada para desqualificar os que criticam a realização do megaevento", escreve Comitê Popular da Copa de São Paulo, em artigo publicado por Carta Capital, 04-02-2014.

Eis o artigo.
Desde 25 de janeiro, após a primeira grande manifestação do ano contra a Copa do Mundo no Brasil, ganhou corpo na internet uma campanha orquestrada para desqualificar os que criticam a realização do megaevento.
Um vocabulário sinistro povoou textos em blogs, sites de notícias e postagens nas redes sociais que se prestaram ao nefasto serviço. Termos como “bandidos”, “fascistas” e até “terroristas” foram usados para classificar manifestantes, em uma flagrante demonstração de má fé e irresponsabilidade. Até a presidenta da República surgiu com uma declaração de que protestar contra a Copa é “ter uma visão pequena do Brasil”.
Houve ainda quem apelasse para o nacionalismo, acusando os que são contra a Copa de serem contra o país. Impossível não lembrar, nesse raciocínio, do governo Médici e o chavão ufanista “Brasil: Ame-o ou Deixe-o”, empregado a quatro cantos durante um dos períodos mais repressivos da Ditadura.
No entanto, a estratégia de desqualificar manifestantes e manifestações tem pernas curtas. Tudo porque, infelizmente, os legados negativos da Copa são gritantes demais para serem apagados, e se apresentam como quase que uma inesgotável fonte para mais protestos.
Aos que não os veem (ou não querem ver), porém, gostaríamos de abrir os olhos.

A Copa das Remoções
A Ancop (Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa) estimou que 250 mil pessoas foram ou serão removidas de suas casas no Brasil, em razão de obras justificadas pela realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Há dificuldade em encontrar o número exato de pessoas afetadas pelas remoções, pois o poder público das cidades-sede frequentemente se nega ou diz não ter informações sobre os despejos.
O dossiê “Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil”, produzido pela Ancop, aponta que:
“As estratégias utilizadas uniformemente em todo o território nacional se iniciam quase sempre pela produção sistemática da desinformação, que se alimenta de notícias truncadas ou falsas, a que se somam propaganda enganosa e boatos. Em seguida, começam a aparecer as ameaças. Caso se manifeste alguma resistência, mesmo que desorganizada, advém o recrudescimento da pressão política e psicológica. Ato final: a retirada dos serviços públicos e a remoção violenta”.
As Nações Unidas, em sua revisão periódica universal de 2012, também questionaram a violação de direitos humanos na preparação da Copa de 2014, sobretudo no que diz respeito aos despejos forçados.
Portanto, em nome da Copa do Mundo, graves violações de direitos humanos foram e estão sendo cometidas. Comunidades inteiras foram e estão sendo riscadas do mapa, desorganizando a vida de milhares de pessoas, destruindo laços comunitários de décadas e criando traumas psicológicos permanentes. Tudo no decorrer de processos marcados pela verticalidade, truculência e falta de transparência do poder público.

A Copa dos Elefantes Brancos
De acordo com a ONG “Contas Abertas”, pelo menos quatro dos 12 estádios construídos e/ou reformados para a Copa vão se transformar em elefantes brancos – isto é, obras caras, vultosas, mas subutilizáveis.
Os estádios de Brasília, Cuiabá, Manaus e Natal não deverão sair por menos que 2,8 bilhões de reais no total. Parte da verba será financiada via BNDES, que tem na sua composição verbas oriundas do Tesouro Nacional e do Fundo de Amparo ao Trabalhador – públicas, portanto. Outra parte será composta diretamente por dinheiro público, através de aporte dos governos estaduais.
Em todas essas cidades, os estádios serão grandes (e caros) demais para locais com histórico de partidas de futebol com públicos pequenos.
Por exemplo, o estádio Mané Garrincha, em Brasília, tem capacidade máxima para 71 mil pessoas. A contradição salta aos olhos quando olhamos para o público do primeiro jogo da final do campeonato brasiliense do ano passado: parcos 1.956 pagantes. O mesmo cenário se repete nas outras três cidades mencionadas.
Chegamos ao ponto de em Manaus, o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, ligado ao Tribunal de Justiça do Amazonas, aventar a hipótese de transformar o recém-construído estádio em um ‘presídio’ temporário.
Desta forma, não é difícil concluir que, passada a Copa, todos os quatro estádios deverão ficar vazios – fato que se configura em um bilionário descaso com o dinheiro público.

A Copa da Exploração Sexual
Em um país onde reina a pobreza e a cultura do machismo, a realização da Copa do Mundo, com a consequente chegada de milhares de turistas, só fará aquecer ainda mais as redes de aliciamento que se beneficiam do mercado da exploração sexual.
Um estudo da fundação francesa Scelles comprova que as grandes competições internacionais permitem que as redes criminosas “aumentem a oferta” de pessoas que são prostituídas. Na África do Sul, por exemplo, o número estimado aumentou de 100 para 140 mil, durante o megaevento de 2010.
O Brasil possui um dos maiores níveis de exploração sexual infanto-juvenil do mundo. De acordo com o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, uma rede de organizações não-governamentais, estima-se que existam 500 mil crianças e adolescentes na indústria do sexo no Brasil (dados de 2012). Este índice tende a crescer ainda mais com a Copa de 2014. Em março de 2012, foi denunciado o site “Garota Copa Pantanal 2014″ que publicava vídeos e fotos de garotas menores de 18 anos em posições sensuais e com camisetas promocionais alusivas ao torneio de futebol.
Mas tais impactos começaram antes mesmo dos primeiros turistas chegarem para os jogos. Há denúncias do aumento de exploração sexual, incluindo crianças e adolescentes, nos arredores dos estádios e das grandes obras urbanas da Copa, divulgadas recentemente no jornal britânico “Mirror”, que revelou que garotas de 11 a 14 anos estão se prostituindo na região do Itaquerão, Zona Leste de São Paulo.
Apesar da exploração sexual ter sido elencada entre as preocupações das autoridades brasileiras com a realização do megaevento, pouco foi efetivado em termos de políticas públicas preventivas ou de combate ao tráfico de mulheres até o momento.
No estado da Bahia, o terceiro em número de denúncias de violência sexual, apenas em dezembro de 2013 se divulgou uma campanha com o título “Fim da Prostituição e do Tráfico Infantil”. Além disso, as poucas campanhas realizadas até agora são relacionadas ao público infantil, campanhas estas que são mais aceitas pela sociedade e provocam adesão no combate.
Todavia, campanhas relacionadas a públicos estigmatizados, como mulheres e travestis, não recebem a devida ênfase, omitindo-se assim o fato de que se tratam de vítimas das condições sociais que as levaram à prostituição. Isso nos remete ao histórico de violação de direitos que perpassa até mesmo os planejamentos das políticas públicas.
Ativistas e organizações que combatem a exploração de pessoas indicam que o assunto não é prioridade para os governos, que continuam reprimindo as trabalhadoras e trabalhadores do ramo ao invés de desenvolver políticas públicas de prevenção à exploração sexual, dando-lhes outras condições e alternativas de sobrevivência. Políticas deveriam ter sido intensificadas logo que o país foi eleito sede da Copa do Mundo, o que não ocorreu.
É valido ressaltar que campanhas de combate à exploração sexual, até então, pouco tem se relacionado ao nome da Fifa. Será que esse é mais um requisito para trazer o torneio ao Brasil? Assim como é exigido a outras corporações, a Fifa também deveria cumprir leis de responsabilidade social, como, por exemplo, campanhas e ações na área do combate à exploração sexual, dados os inúmeros alertas e fatos que comprovam que o Mundial intensifica esse sombrio mercado.

A Copa do Fim da Soberania
Para poder receber a Copa do Mundo, o governo brasileiro resolveu abrir mão da soberania do país, que em tese estaria garantida no artigo 1º da Constituição Federal. Fez isso ao oferecer, ao longo do tempo, uma série de garantias à Fifa nas quais se compromete em acatar todas as demandas impostas pela entidade.
Dessa forma, em 2012, foi sancionada a Lei Geral da Copa, que flexibiliza a legislação nacional e cria zonas de exceção nas cidades-sede.
A lei dá à Fifa a prerrogativa de estabelecer em torno dos eventos esportivos e da Fan Fest uma área com um raio de até 2 quilômetros onde somente patrocinadores oficiais poderão comercializar produtos. Estabelecimentos comerciais regulares não seriam impedidos de abrir as portas, mas trabalhadores ambulantes – que em São Paulo totalizam cerca de 138 mil pessoas – fatalmente serão reprimidos e impedidos de trabalhar.
A Fifa conseguiu ainda fazer com que o Estado brasileiro criasse novas tipificações penais. A Lei Geral da Copa prevê pena de três meses a um ano para os que usarem de forma indevida (isto é, com fins comerciais) símbolos relacionados ao evento, nacionais e culturais. Isto significa que palavras como “Mundial”, “Copa”, “Brasil”, “Canarinho”, entre tantos outros, ficam nas mãos da Fifa e de suas empresas parceiras para exploração comercial exclusiva.
Esses novos crimes ainda serão julgados por tribunais de exceção a serem instalados no entorno dos estádios. Nestes locais, o julgamento será conduzido de forma rápida e com penas mais duras, prejudicando o direito à ampla defesa – um dos direitos penais mais básicos de qualquer democracia .
Por fim, é preciso ainda lembrar que a Lei Geral da Copa concede à Fifa e a suas empresas parceiras isenção total de todos os impostos brasileiros, seja na esfera municipal, estadual ou federal. Estimativas do próprio governo brasileiro apontam uma economia à entidade de 1 bilhão de reais em razão da desoneração fiscal].
Não à toa, a Copa do Mundo no Brasil deve ser a mais lucrativa da história da Fifa. Segundo a própria entidade, que em tese não tem fins lucrativos, o megaevento deve render 10 bilhões de reais aos seus cofres.

A Copa da Elitização
Para poder receber a Copa do Mundo, governos e clubes foram obrigados a construir e reformar estádios obedecendo a um “padrão Fifa de qualidade”. Isto significou que estádios deixam de ser “estádios” e passam a ser chamados de “arenas”, onde tudo é de última geração: do telão que mostra os lances do jogo ao estofado das cadeiras.
A princípio tratam-se de novidades positivas, mas que só resistem ao nível da aparência. Na prática, há um trágico efeito colateral em curso: os custos das novas arenas são embutidos no preço dos ingressos, que ficam mais caros, gerando uma pérfida elitização do futebol.
A consultoria BDO divulgou um estudo que abrangeu as nove primeiras rodadas do Brasileirão de 2013. Em um primeiro momento, foi analisado o preço dos ingressos para partidas realizadas nas novas arenas reformadas para a Copa das Confederações. Em seguida, verificou-se o preço dos ingressos para partidas realizadas nos estádios antigos. O resultado apontou que os ingressos nas novas arenas foram em média 119% mais caros que os nos estádios antigos.
Com as arenas, espaços tradicionais da torcida brasileira, como as gerais e as arquibancadas, são extintos ou reduzidos. Em seu lugar se instalam lojas e estabelecimentos comerciais. Surge assim o “torcedor-consumidor”, caracterizado pelo pouco envolvimento na política e dia-a-dia de seu time, e que vai ao estádio assistir a uma partida assim como vai ao cinema de um shopping center.
Nesse processo que veste o manto do capital imobiliário e especulativo, parcelas mais pobres da sociedade são excluídas e impossibilitadas de acompanhar in loco jogos do esporte mais popular do país.

A Copa da Repressão
Mais preocupante que a campanha orquestrada para desqualificar os que criticam a Copa é o movimento orquestrado pelo Estado brasileiro para expandir o aparato repressivo visando sufocar protestos durante o megaevento – e muito provavelmente, depois. Este movimento tem atuado em duas frentes: uma legislativa e outra ostensiva (policial e militar).
O projeto de lei 728/2011, de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB), pretende tipificar o crime de terrorismo no Brasil. Atualmente em trâmite no Senado, caso seja aprovado, este projeto criará um subterfúgio jurídico para que tribunais possam enquadrar movimentos sociais e manifestantes que supostamente promovam a ação direta como recurso durante manifestações.
Já na frente ostensiva, o cenário é ainda mais chocante. O governo federal já gastou quase 50 milhões de reais em armamento menos letal, que inclui granadas de todos os tipos, armas de choque elétrico e balas de borracha. Uma tropa de choque especial com 10 mil homens também foi criada para atuar nacionalmente nas cidades-sede da Copa.
Em São Paulo, a Polícia Militar avisou que vai adquirir caminhões que lançam jato d’água para conter manifestantes. Trata-se dos mesmos caminhões que foram largamente usados para reprimir manifestações populares na Turquia e no Chile.
Um batalhão especial, formado por 413 policiais militares, também foi criado pelo governo paulista com a função de fazer o “controle de distúrbios civis e antiterrorismo”.
Mas assombroso mesmo é o manual publicado pelo Ministério da Defesa em dezembro último, intitulado “Garantia da Lei e da Ordem”, que atualiza orientações para a atuação das Forças Armadas no país.
No texto, “movimentos ou organizações” são classificados como “forças oponentes”, assim como qualquer pessoa ou organização que esteja obstruindo vias de acesso, “provocando ou instigando ações radicais e violentas”.
Na lista de principais ameaças estão “bloqueios de vias públicas de circulação”, “depredação do patrimônio público e privado”, “paralisação de atividades produtivas” e “invasão de propriedades e instalações rurais ou urbanas, públicas ou privadas”.
As Forças Armadas devem estar nas ruas durante a realização Copa do Mundo, assim como estiveram durante a Copa das Confederações.
Que “Copa das Copas” é essa que precisa do exército nas ruas para acontecer?

A Copa dos Protestos
Diante de tantas arbitrariedades, violações de direitos humanos, processos de exclusão social, apropriação do patrimônio público, entre outras várias mazelas, protestar contra a realização da Copa da Fifa no Brasil não só é legítimo – é também um dever. Portanto, não se deixe intimidar por discursos embevecidos por um patriotismo cego e anacrônico ou ainda por artigos escritos por gente cujo verdadeiro compromisso é com determinada agremiação política ou com o próprio bolso.
Enquanto políticos e articulistas desqualificam, a atuação do aparato militar contra manifestações recrudesce, fato que ficou claro no protesto do último dia 25 de janeiro, quando o manifestante Fabrício Proteus foi baleado quase que mortalmente por policiais militares. O episódio – bastante rotineiro nas periferias do Brasil, diga-se – se configura como um eloquente alerta para futuras manifestações.
Mas nem a violência policial nem o discurso da desqualificação devem nos impedir de desfrutarmos do direito constitucional de protestar, sobretudo contra uma Copa imersa em podridão como a que se avizinha.
Então, que em 2014 façamos das ruas e avenidas das cidades a verdadeira arquibancada do país!

Read More
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial
Assinar: Comentários (Atom)

Social Profiles

TwitterFacebookGoogle PlusLinkedInRSS FeedEmail
  • Popular
  • Tags
  • Blog Archives

Atalho do Facebook

Cahon

Promova sua página também

FOTOS DOS EVENTOS

  • II Fórum Regional Direito dos Animais
  • Audiência Pública Direito dos Animais
  • Eco Oficinas Cahon

Legislação

-Proteção Animal

-Proteção Ambiental

Arquivo

  • 2011 (295)
  • 2012 (452)
  • 2013 (536)
  • 2014 (139)
  • 2015 (1)

DENUNCIE MAUS TRATOS


LINHA VERDE 0800-61-8080 
ligação gratuita para todo o Brasil

COLUNISTAS CAHON

Confira os textos das colunistas Vânia Hall, Cadicha Sastre e Flávia Toledo     

ECO-OFICINA

Idéias sustentáveis passo-a-passo, aproveite!

LISTA NEGRA

Políticos que já agiram contra os animais,guarde os nomes pra próxima eleição

CONSUMO CONSCIENTE

Empresas éticas que não testam em animais, confira!

Vídeos

Clique aqui para conferir mais vídeos

ENSINO SEM CRUELDADE

Saiba como dispensar aulas com experimentação animal.

"LUGAR DE GIRAFA É NA ÁFRICA", NOSSOS AGRADECIMENTOS

Confira o desfecho da campanha e nossos agradecimentos
    

CONHEÇA O CAHON

CONHEÇA O CAHON

Inscreva-se

Postagens
Atom
Postagens
Comentários
Atom
Comentários
Instituto Cahon. Tecnologia do Blogger.

Labels

  • a 627 km de Florianópolis (1)
  • ALDO REBELO CODIGO FLORESTAL CANDIDO VACCAREZZA AREA DE PRESERVAÇAO PERMANENTES (1)
  • ATENDMENTO ESPECIES (1)
  • bebedouro chumbinho morte animais rincao envenenanmento (1)
  • belo monte familias expulsas (1)
  • cachorro que foi dado como morto ressurgiu quatro dias avalanche com seu dono (1)
  • cadelinha ultimo desejo sem teto desenganado (1)
  • caes china salvo ativismo internet (1)
  • carlos brandão animais maus tratos lei (1)
  • cavalo agoniza avenida andrews vitor sorocaba zoonoses de sorocaba ccz cruzeiro do sul (1)
  • CODIGO FLORESTAL ESPECIE EM RISCO (1)
  • crueldade chinchilas itapecerica da serra (1)
  • domus mortem matar gatos publicidade (1)
  • ecovolunturismo (1)
  • em Santa Catarina. (1)
  • embora nadasse contra a correnteza (1)
  • escreva em nosso site reportagem jornalista (1)
  • facebook Mark Zuckerberg Fortune sacrifica animais açougue (1)
  • foi registrado pelo sobrinho conta que o cachorro (1)
  • GO: enfermeira que matou cachorra YORKSHIRE é indiciada por 2 crimes CRIME AMBIENTAL ASSASSINATO MORTE ANIMAL (1)
  • Homem é preso após atirar em gato de vizinho em Araraquara (SP) (1)
  • JANAINA CARLI (1)
  • JOGADOR LUIS MORENO MULTA CORUJA (1)
  • lei bolivia mãe terra pachamama (1)
  • m porta-voz da Adidas afirmou ao San Francisco Chronicle que os calçdos de pele de canguru vendas e que nenhum calçado é fabricado com peles de espécies de cangurus em perigo de extinção. (1)
  • MINISTERIO PUBLICO (1)
  • não conseguia sair do lugar. (1)
  • no município de Belmonte (1)
  • novo codigo florestal quem votou a favor (1)
  • OCEANOS SINAIS DE EXTINÇAO (1)
  • paraiba defesa animais zoonoses proteção (1)
  • Peão morre pisoteado por touro em prova de montaria pisoteado por um touro durante um rodeio (1)
  • PETIÇAO ANIMAIS RECIFE EUTANASIA (1)
  • protetoras protetores dificuldade adoção animais vira latas preconceitos (1)
  • que ocorreu na manhã da última segunda-feira (1)
  • Reciclagem em casa cultura lixo logística resíduos sólidos reutilização (1)
  • resgate (1)
  • Sea Shepherd caça as baleias ativistas confronto navio (1)
  • secretaria direito dos animais porto alegre (1)
  • SOAMA (1)
  • soja floresta mata nativa (1)
  • tailandia caes carne cachorros cães marinha (1)
  • UFSC EXPERIMENTOS ANIMAL VIVISSECÇAO (1)
  • usina de belo monte xingu para etnias meio ambiente (1)
  • vereadora silvia fernandes MG eutanasia animais blog retratar desculpas protetoras protetores (1)
  • Votorantim Flash Mob cachoeira da chave (1)
  • WSPA DECLARAÇAO DO BEM ESTAR ANIMAL PROTEÇAO ANIMAL (1)
  • ZOOFILIA PROTEÇAO ANIMAIS PETICAO (1)

Postagens populares

  • Sorveteria promove festival com receitas veganas; conheça as opções
    18/11/2013 DE SÃO PAULO Até dia 24, a sorveteria Stuzzi organiza um festival de sorvetes veganos --sem qualquer ingrediente de origem ...
  • Inquérito apura responsabilidades sobre animais abandonados em bairro de Sorocaba
    Moradores abandonaram seus animais ao serem transferidos para novos apartamentos  Notícia publicada na edição de 23/05/2012 do Jornal ...
  • Cuidado: clima junino coloca pets em perigo
    Virou mania no país ter queima de fogos para tudo que é evento, inauguração, festa religiosa ou comemoração. Por acaso os dirigentes ou or...
  • O obscurantismo que ameaça o ensino de clima nos EUA
    A onda de obscurantismo que enfraqueceu o ensino do evolucionismo nas escolas nos Estados Unidos agora ameaça o ensino sobre o clima. Os ...
  • Canadá proibe, finalmente, a caça comercial de focas
    "A caça comercial das focas acabou de vez no Canadá e não terá mais lugar no século 21. Esta indústra bárbara e anacrônica foi ...
  • Marreco engajado acompanha protestos no Chile
    Um manifestante diferente foi visto nos protestos por reformas na educação do Chile. Parado calmamente em uma das grades de proteção, um m...
  • Cestos coloridos para reciclagem não fazem sentido no Brasil, dizem especialistas
      Para especialistas, cestos coloridos significam gasto extra e desestímulo à população Foto:  c.alberto   Quando o assunto é recicl...
  • Planeta insustentável: a civilização do lixo
    8.jan.2015 80% do consumo privado no mundo é realizado por 20% da população, e a cada 1% de crescimento nos países emergentes, o lixo...
  • Tribunal da Califórnia proíbe que a Adidas venda calçado de pele de canguru
    Os advogados da empresa de roupas esportivas alemã afirmam que a proibição do uso de produtos confeccionados com pele de canguru consti...
  • ITAJOBI-SP :Policial quer adotar cão que levou tiro na cabeça
    O policial militar Humberto Pereira, que atendeu a ocorrência de execução de dois cachorros em uma propriedade rural em Nova Cardoso, di...

Blog Archive

  • ►  2015 (1)
    • ►  01/04 - 01/11 (1)
  • ▼  2014 (139)
    • ►  12/14 - 12/21 (1)
    • ►  11/23 - 11/30 (1)
    • ►  11/09 - 11/16 (1)
    • ►  10/12 - 10/19 (3)
    • ►  10/05 - 10/12 (2)
    • ►  09/28 - 10/05 (2)
    • ►  09/21 - 09/28 (1)
    • ►  09/14 - 09/21 (1)
    • ►  09/07 - 09/14 (3)
    • ►  08/10 - 08/17 (1)
    • ►  08/03 - 08/10 (5)
    • ►  07/27 - 08/03 (1)
    • ►  07/13 - 07/20 (5)
    • ►  07/06 - 07/13 (3)
    • ►  06/29 - 07/06 (1)
    • ►  06/22 - 06/29 (1)
    • ►  06/15 - 06/22 (1)
    • ►  06/08 - 06/15 (5)
    • ►  06/01 - 06/08 (1)
    • ►  05/25 - 06/01 (3)
    • ►  05/18 - 05/25 (1)
    • ►  05/11 - 05/18 (2)
    • ►  05/04 - 05/11 (4)
    • ►  04/27 - 05/04 (1)
    • ►  04/20 - 04/27 (1)
    • ►  04/13 - 04/20 (1)
    • ►  04/06 - 04/13 (1)
    • ►  03/30 - 04/06 (4)
    • ►  03/23 - 03/30 (4)
    • ►  03/16 - 03/23 (5)
    • ►  03/09 - 03/16 (9)
    • ►  03/02 - 03/09 (3)
    • ►  02/23 - 03/02 (5)
    • ►  02/16 - 02/23 (6)
    • ▼  02/09 - 02/16 (10)
      • DIGA NÃO ÁS PLUMAS - Aves são depenadas vivas para...
      • Milhões de abelhas morrem por causa de pesticidas ...
      • Cientista usa pinturas famosas para chamar a atenç...
      • Bioluminescência: Mas afinal o que é isso mesmo?
      • Estados Unidos anunciam proibição do comércio de o...
      • Dupla é multada por agressão a filhotes de tubarão...
      • França aprova proibição de pesticidas em jardins p...
      • Filhote de girafa saudável é sacrificado em zoológ...
      • Argumentos para continuar protestando contra a Cop...
      • Em Barretos, Padilha defende rodeio
    • ►  02/02 - 02/09 (6)
    • ►  01/26 - 02/02 (10)
    • ►  01/19 - 01/26 (9)
    • ►  01/12 - 01/19 (8)
    • ►  01/05 - 01/12 (7)
  • ►  2013 (536)
    • ►  12/29 - 01/05 (6)
    • ►  12/22 - 12/29 (2)
    • ►  12/15 - 12/22 (3)
    • ►  12/08 - 12/15 (7)
    • ►  12/01 - 12/08 (5)
    • ►  11/24 - 12/01 (9)
    • ►  11/17 - 11/24 (9)
    • ►  11/10 - 11/17 (5)
    • ►  11/03 - 11/10 (6)
    • ►  10/27 - 11/03 (11)
    • ►  10/20 - 10/27 (11)
    • ►  10/13 - 10/20 (6)
    • ►  10/06 - 10/13 (4)
    • ►  09/29 - 10/06 (7)
    • ►  09/22 - 09/29 (10)
    • ►  09/15 - 09/22 (7)
    • ►  09/08 - 09/15 (17)
    • ►  09/01 - 09/08 (7)
    • ►  08/25 - 09/01 (12)
    • ►  08/18 - 08/25 (15)
    • ►  08/11 - 08/18 (16)
    • ►  08/04 - 08/11 (16)
    • ►  07/28 - 08/04 (21)
    • ►  07/21 - 07/28 (18)
    • ►  07/14 - 07/21 (18)
    • ►  07/07 - 07/14 (9)
    • ►  06/30 - 07/07 (15)
    • ►  06/23 - 06/30 (14)
    • ►  06/16 - 06/23 (13)
    • ►  06/09 - 06/16 (13)
    • ►  06/02 - 06/09 (12)
    • ►  05/26 - 06/02 (8)
    • ►  05/19 - 05/26 (18)
    • ►  05/12 - 05/19 (14)
    • ►  05/05 - 05/12 (4)
    • ►  04/28 - 05/05 (10)
    • ►  04/21 - 04/28 (4)
    • ►  04/14 - 04/21 (7)
    • ►  04/07 - 04/14 (14)
    • ►  03/31 - 04/07 (9)
    • ►  03/24 - 03/31 (6)
    • ►  03/17 - 03/24 (6)
    • ►  03/10 - 03/17 (15)
    • ►  03/03 - 03/10 (10)
    • ►  02/24 - 03/03 (11)
    • ►  02/17 - 02/24 (8)
    • ►  02/10 - 02/17 (11)
    • ►  02/03 - 02/10 (8)
    • ►  01/27 - 02/03 (8)
    • ►  01/20 - 01/27 (11)
    • ►  01/13 - 01/20 (19)
    • ►  01/06 - 01/13 (11)
  • ►  2012 (452)
    • ►  12/30 - 01/06 (7)
    • ►  12/23 - 12/30 (4)
    • ►  12/16 - 12/23 (10)
    • ►  12/09 - 12/16 (12)
    • ►  12/02 - 12/09 (8)
    • ►  11/25 - 12/02 (9)
    • ►  11/18 - 11/25 (3)
    • ►  11/11 - 11/18 (11)
    • ►  11/04 - 11/11 (8)
    • ►  10/28 - 11/04 (12)
    • ►  10/21 - 10/28 (7)
    • ►  10/14 - 10/21 (11)
    • ►  10/07 - 10/14 (4)
    • ►  09/30 - 10/07 (4)
    • ►  09/23 - 09/30 (10)
    • ►  09/16 - 09/23 (6)
    • ►  09/09 - 09/16 (11)
    • ►  09/02 - 09/09 (17)
    • ►  08/26 - 09/02 (4)
    • ►  08/19 - 08/26 (4)
    • ►  08/12 - 08/19 (5)
    • ►  08/05 - 08/12 (4)
    • ►  07/29 - 08/05 (1)
    • ►  07/22 - 07/29 (9)
    • ►  07/15 - 07/22 (9)
    • ►  07/08 - 07/15 (4)
    • ►  07/01 - 07/08 (6)
    • ►  06/24 - 07/01 (10)
    • ►  06/17 - 06/24 (12)
    • ►  06/10 - 06/17 (5)
    • ►  06/03 - 06/10 (4)
    • ►  05/27 - 06/03 (14)
    • ►  05/20 - 05/27 (19)
    • ►  05/13 - 05/20 (13)
    • ►  05/06 - 05/13 (8)
    • ►  04/29 - 05/06 (9)
    • ►  04/22 - 04/29 (12)
    • ►  04/15 - 04/22 (7)
    • ►  04/08 - 04/15 (10)
    • ►  04/01 - 04/08 (9)
    • ►  03/25 - 04/01 (13)
    • ►  03/18 - 03/25 (13)
    • ►  03/11 - 03/18 (7)
    • ►  03/04 - 03/11 (13)
    • ►  02/26 - 03/04 (14)
    • ►  02/19 - 02/26 (2)
    • ►  02/12 - 02/19 (15)
    • ►  02/05 - 02/12 (13)
    • ►  01/29 - 02/05 (7)
    • ►  01/22 - 01/29 (1)
    • ►  01/15 - 01/22 (2)
    • ►  01/08 - 01/15 (9)
    • ►  01/01 - 01/08 (11)
  • ►  2011 (295)
    • ►  12/25 - 01/01 (5)
    • ►  12/18 - 12/25 (5)
    • ►  12/11 - 12/18 (7)
    • ►  12/04 - 12/11 (3)
    • ►  11/27 - 12/04 (6)
    • ►  11/20 - 11/27 (7)
    • ►  11/13 - 11/20 (10)
    • ►  11/06 - 11/13 (9)
    • ►  10/30 - 11/06 (15)
    • ►  10/23 - 10/30 (6)
    • ►  10/16 - 10/23 (13)
    • ►  10/09 - 10/16 (19)
    • ►  10/02 - 10/09 (14)
    • ►  09/25 - 10/02 (10)
    • ►  09/18 - 09/25 (20)
    • ►  09/11 - 09/18 (15)
    • ►  09/04 - 09/11 (33)
    • ►  08/28 - 09/04 (8)
    • ►  08/21 - 08/28 (8)
    • ►  08/14 - 08/21 (6)
    • ►  08/07 - 08/14 (6)
    • ►  07/24 - 07/31 (8)
    • ►  07/17 - 07/24 (2)
    • ►  07/10 - 07/17 (5)
    • ►  07/03 - 07/10 (8)
    • ►  06/26 - 07/03 (7)
    • ►  06/19 - 06/26 (3)
    • ►  06/12 - 06/19 (2)
    • ►  06/05 - 06/12 (3)
    • ►  05/29 - 06/05 (3)
    • ►  05/22 - 05/29 (9)
    • ►  05/08 - 05/15 (2)
    • ►  05/01 - 05/08 (1)
    • ►  04/24 - 05/01 (4)
    • ►  04/17 - 04/24 (1)
    • ►  04/10 - 04/17 (3)
    • ►  04/03 - 04/10 (3)
    • ►  03/27 - 04/03 (2)
    • ►  03/20 - 03/27 (4)

 
  • Instituto Cahon: Meio Ambiente, Direito dos Animais, Vegetarianismo,Sustentabilidade
Copyright © Instituto Cahon | Powered by Blogger
Design by NewWpThemes | Blogger Theme by Free Blogger Themes
www.100Wpthemes.com