16 DE JANEIRO DE 2014
Hoje, a Baía de Guanabara tem apenas 40 botos-cinza, uma população estimada em até 1.000 nos anos 70.
Instituto Boto Cinza
Um dos símbolos da cidade do Rio de Janeiro corre o risco de desaparecer da costa fluminense. Afetados pela poluição e o desenvolvimento, os botos-cinza estão se tornando raros nas baías de Guanabara e Sebatiba. Para tentar reverter a situação, protetores deste golfinho querem inserir o animal na lista de ameaçados de extinção.
Hoje, a Baía de Guanabara tem apenas 40 botos-cinza, uma população estimada em até 1.000 nos anos 70. O oceanógrafo José Lailson, coordenador do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, explica como os diversos tipos de poluição marinha afetam os golfinhos.
“Eles estão entre os animais mais contaminados do planeta. E boa parte destes poluentes mexem com duas coisas críticas em sistemas biológicos: ao atingir o sistema hormonal, afetam os sistemas imune e o reprodutivo”, afirma. “O que ocorre não é uma intoxicação aguda pelo poluente, seguida da morte do animal. O que acontece é que entra na cadeia alimentar, chega ao boto, ele começa a não reproduzir e a morrer de doenças.”
Brito Junior lembra que os botos-cinza não costumam migrar – por isso não escapam da poluição. Ele observa que a construção desmedida de empreendimentos na costa não respeita a fauna e a flora local:
“Aqui, é muito difícil de as pessoas fazerem uma regulamentação e aplica-la. A todo o momento, licenciam novas obras, constroem-se mais píers de atracamento, se intensificam as dragagens. Com tudo isso, você aumenta o tráfego de embarcações, que aumentam a poluição sonora”, comenta o pesquisador. “Construíram um píer grande bem na área mais utilizadas pelos botos antigamente”, lamenta.
Na Baía de Sebatiba, a situação não é tão crítica, mas bastante preocupante. A mortandade dos golfinhos é três vezes superior do que o verificado em outras espécies, de acordo com a bióloga Kátia Pereira da Silva, do Instituto Boto Cinza. Mesmo assim, o animal ainda não faz parte das listas oficiais dos ameaçados de extinção, uma bandeira defendida pelos protetores do mamífero.
“Infelizmente o boto-cinza ainda não entrou na lista oficial, por falta de dados suficientes que viabilizem esta entrada. Já está sendo feito um trabalho com os dados de todas as instituições e pesquisadores para que o boto entre nesta lista”, diz. “É muito claro que essa espécie está sofrendo muitos impactos na nossa costa, e a mortalidade dela vem aumentando, com o passar dos anos.”
Os especialistas alertam para os riscos crescentes deste problema, na medida em que as instalações para a extração do pré-sal avançam a todo o vapor na costa fluminense.
do RFI
Hoje, a Baía de Guanabara tem apenas 40 botos-cinza, uma população estimada em até 1.000 nos anos 70.
Instituto Boto Cinza
Um dos símbolos da cidade do Rio de Janeiro corre o risco de desaparecer da costa fluminense. Afetados pela poluição e o desenvolvimento, os botos-cinza estão se tornando raros nas baías de Guanabara e Sebatiba. Para tentar reverter a situação, protetores deste golfinho querem inserir o animal na lista de ameaçados de extinção.
Hoje, a Baía de Guanabara tem apenas 40 botos-cinza, uma população estimada em até 1.000 nos anos 70. O oceanógrafo José Lailson, coordenador do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, explica como os diversos tipos de poluição marinha afetam os golfinhos.
“Eles estão entre os animais mais contaminados do planeta. E boa parte destes poluentes mexem com duas coisas críticas em sistemas biológicos: ao atingir o sistema hormonal, afetam os sistemas imune e o reprodutivo”, afirma. “O que ocorre não é uma intoxicação aguda pelo poluente, seguida da morte do animal. O que acontece é que entra na cadeia alimentar, chega ao boto, ele começa a não reproduzir e a morrer de doenças.”
Brito Junior lembra que os botos-cinza não costumam migrar – por isso não escapam da poluição. Ele observa que a construção desmedida de empreendimentos na costa não respeita a fauna e a flora local:
“Aqui, é muito difícil de as pessoas fazerem uma regulamentação e aplica-la. A todo o momento, licenciam novas obras, constroem-se mais píers de atracamento, se intensificam as dragagens. Com tudo isso, você aumenta o tráfego de embarcações, que aumentam a poluição sonora”, comenta o pesquisador. “Construíram um píer grande bem na área mais utilizadas pelos botos antigamente”, lamenta.
Na Baía de Sebatiba, a situação não é tão crítica, mas bastante preocupante. A mortandade dos golfinhos é três vezes superior do que o verificado em outras espécies, de acordo com a bióloga Kátia Pereira da Silva, do Instituto Boto Cinza. Mesmo assim, o animal ainda não faz parte das listas oficiais dos ameaçados de extinção, uma bandeira defendida pelos protetores do mamífero.
“Infelizmente o boto-cinza ainda não entrou na lista oficial, por falta de dados suficientes que viabilizem esta entrada. Já está sendo feito um trabalho com os dados de todas as instituições e pesquisadores para que o boto entre nesta lista”, diz. “É muito claro que essa espécie está sofrendo muitos impactos na nossa costa, e a mortalidade dela vem aumentando, com o passar dos anos.”
Os especialistas alertam para os riscos crescentes deste problema, na medida em que as instalações para a extração do pré-sal avançam a todo o vapor na costa fluminense.
do RFI
“Eles estão entre os animais mais contaminados do planeta. E boa parte destes poluentes mexem com duas coisas críticas em sistemas biológicos: ao atingir o sistema hormonal, afetam os sistemas imune e o reprodutivo”, afirma. “O que ocorre não é uma intoxicação aguda pelo poluente, seguida da morte do animal. O que acontece é que entra na cadeia alimentar, chega ao boto, ele começa a não reproduzir e a morrer de doenças.”
Brito Junior lembra que os botos-cinza não costumam migrar – por isso não escapam da poluição. Ele observa que a construção desmedida de empreendimentos na costa não respeita a fauna e a flora local:
“Aqui, é muito difícil de as pessoas fazerem uma regulamentação e aplica-la. A todo o momento, licenciam novas obras, constroem-se mais píers de atracamento, se intensificam as dragagens. Com tudo isso, você aumenta o tráfego de embarcações, que aumentam a poluição sonora”, comenta o pesquisador. “Construíram um píer grande bem na área mais utilizadas pelos botos antigamente”, lamenta.
Na Baía de Sebatiba, a situação não é tão crítica, mas bastante preocupante. A mortandade dos golfinhos é três vezes superior do que o verificado em outras espécies, de acordo com a bióloga Kátia Pereira da Silva, do Instituto Boto Cinza. Mesmo assim, o animal ainda não faz parte das listas oficiais dos ameaçados de extinção, uma bandeira defendida pelos protetores do mamífero.
“Infelizmente o boto-cinza ainda não entrou na lista oficial, por falta de dados suficientes que viabilizem esta entrada. Já está sendo feito um trabalho com os dados de todas as instituições e pesquisadores para que o boto entre nesta lista”, diz. “É muito claro que essa espécie está sofrendo muitos impactos na nossa costa, e a mortalidade dela vem aumentando, com o passar dos anos.”
Os especialistas alertam para os riscos crescentes deste problema, na medida em que as instalações para a extração do pré-sal avançam a todo o vapor na costa fluminense.
do RFI
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