Cão fêmea é resgatada com patas atrofiadas após confinamento, em Salvador


Rottweiler vivia presa a uma pedra, em Salvador. Denúncia veio de moradores do bairro
Uma cão fêmea, da raça rottweiler, foi resgatada em Salvador (BA), após denúncias de moradores do bairro em que vivia. O animal, de aproximadamente 50kg, passava a maior parte do tempo amarrado a uma pedra, num espaço de menos de um metro quadrado, sem direito a se exercitar dentro ou fora da residência.
Uma oficial de Justiça, encarregada de cumprir liminar concedida pelo Juizado Cível de Piatã, para fazer a busca e apreensão da cadela Lessy, compareceu ao local acompanhada da vereadora Ana Rita Tavares (PV) e representantes da ONG Terra Verde Viva.  O grupo ainda teve apoio de uma guarnição da 37ª Companhia da Polícia Militar.
Como não houve resistência por parte da guardiã, a rottweiler foi retirada da casa com a aprovação dos vizinhos, indignados com a maneira como o cão era mantido preso. “Estou muito feliz por terem tirado ela daí. Há mais de um ano que vemos ela nessa situação, amarrada e deitada sobre as próprias fezes. A dona ainda jogava água nela toda noite, dizendo que era pra diminuir o mau cheiro”, disse uma moradora que não quis se identificar.
Lessy já apresentava atrofia nas patas dianteiras e parecia não se alimentar há muito tempo. Por isso, devorou em poucos segundos uma lata de ração, oferecida pelos ativistas, e se apressou para sair da casa onde era mantida presa. Ela foi avaliada pelo médico veterinário Nilson Carvalho, que apontou aumento do fígado e baço, obesidade – possivelmente pela dieta desequilibrada – e suspeita da doença do carrapato (erlichiose). “Ela também apresenta atrofia dos membros anteriores, provavelmente pelo confinamento num local tão pequeno”, disse o veterinário.
Edna Lopes, guardiã do animal, ainda tentou se justificar, dizendo que pretendia colocar o animal em outro local, ignorando as acusações de que o mantinha nessas condições por mais de um ano. Questionada pela vereadora Ana Rita, com relação aos maus tratos contra o animal, ela disse não saber que amarrar cachorro era crime. “Cachorro é cachorro, gente é gente. Não me compare a ela”, resumiu.
A vereadora considerou inacreditável a dona de casa confinar um cão de quase 50 kg num local onde não conseguia nem girar o próprio corpo. “É surreal a insensibilidade dessa senhora, mas, graças à denúncia dos vizinhos, pudemos tirar o pobre animal desse sofrimento terrível”, disse.

do informativo SEDA 

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