Dez frigoríficos brasileiros estão proibidos de fornecer carne suína para a Rússia

As inspeções revelaram a presença de ractopamina (uma substância para estimular o crescimento muscular dos animais proibida na Rússia) na carne de porco à venda no Brasil.


O Serviço de Inspeção Agrícola e Criação de Gado (SIAG) da Rússia informou nesta quarta-feira que dez frigoríficos do Brasil estão proibidos de fornecer seus produtos para o mercado da União Aduaneira (UA), formada por Rússia, Belarus e Cazaquistão.

A decisão foi tomada depois da inspeção realizada por veterinários russos em 18 empresas brasileiras. Foram constatados "descumprimentos generalizados e alguns particulares" das normas sanitárias da UA na maioria delas, segundo comunicado do SIAG.

As inspeções revelaram a presença de ractopamina (uma substância para estimular o crescimento muscular dos animais proibida na Rússia) na carne de porco à venda no Brasil, o que, segundo as autoridades russas, não exclui a possibilidade de que esta possa ser exportada à União Aduaneira.

O chefe do SIAG, Sergei Dankvert, advertiu que, dependendo de outras inspeções, a Rússia pode estender a proibição para toda a carne de porco produzida no Brasil.
"Se durante futuras inspeções constatarmos que os serviços veterinários do Brasil são uma mera formalidade para a inclusão de novas empresas na lista de exportadores para a Rússia, restringiremos a carne de porco procedente de todo o país", disse Dankvert.

O Brasil é o segundo maior exportador de carne de porco e aves para a Rússia. No ano passado, as empresas brasileiras forneceram 124,4 mil toneladas destes produtos no valor de quase US$ 400 milhões.

Seis unidades da JBS, duas da Minerva, uma da Marfrig e uma da Pampalona estão proibidos de exportar carne para União Aduaneira.

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