Medo de invasão de ativistas faz zoo fechar as portas em Taboão

30/12/2013 

 

Cerca de 40 manifestantes se concentram em frente ao zoológico. 
Grupo alega que animais sofrem maus-tratos; Prefeitura nega.

Paulo Toledo PizaDo G1 São Paulo

Zoológico em Taboão da Serra fecha as portas com medo de ativistas (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Zoológico em Taboão da Serra fecha as portas com
medo de ativistas (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
O medo de uma invasão semelhante à ocorrida no instituto Royal, em outubro, fez com que um zoológico em Taboão da Serra, Grande São Paulo, amanhecesse de portas fechadas nesta segunda-feira (30). Além dos seguranças do próprio parque, havia equipes da Guarda Municipal de Taboão dentro e fora do local.
Por volta das 10h40, cerca de 40 ativistas da causa animal se reuniam contra supostos maus-tratos sofridos por animais no Parque das Hortências, onde fica o zoológico. Responsável pelo lugar, a Prefeitura de Taboão nega as acusações.
Segundo funcionários do parque, a manifestação marcada pelas redes sociais motivou o fechamento nesta segunda. "Queremos lacrar esse parque e resgatar os animais para levar para um local decente", disse uma ativista, sem se identificar.
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Entre os organizadores do protesto estavam ativistas que participaram da invasão do Instituto Royal, de onde foram retirados centenas de cães da raça beagle que eram usados em testes de laboratório.
Segundo a advogada Antília da Monteira Reis, presidente da Comissão de Proteção Animal da OAB em São Bernardo do Campo, diversos animais morreram nos últimos meses, incluindo um casal de tigres e um leão.
"Os animais que estiverem muito ruins e eles não tiverem onde cuidar, vamos levar para lugares adequados para cuidar", disse. Uma bióloga, que também é veterinária, entrou no fim da manhã para fazer um laudo técnico sobre as condições dos bichos.
No início da tarde, a bióloga Elizabeth Teodorov terminou a visita ao zoo e relatou ter constatou que 10% do parque está impróprio para os animais. Ela citou os recintos dos saguis e das aves de rapina como os que apresentam mais problemas. "É preciso reformar e enriquecer esses ambientes com folhas e galhos", afirmou.
Um laudo com o que a especialista averiguou será produzido.Ela acrescentou que os responsáveis pelo parque mostraram disposição para resolver os problemas que ela apontou.
Sobre os grandes felinos que morreram, Elizabeth disse que os animais pereceram por doenças não relacionadas a maus- tratos.
do G1 SP

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