Na semana do meio-ambiente, o Diário de São Paulo, publicou uma matéria sobre a cruel indústria de extração de peles de chinchila, que acontece na cidade de Itapecerica da Serra/SP.
No final da matéria podemos ler a vergonhosa atuação das autoridades brasileiras;
A criação e o abate de chinchilas não são fiscalizados.
O DIÁRIO procurou o Ibama, o Ministério da Agricultura e a Secretaria Estadual da Agricultura. Todos informaram não fiscalizar as criações.
O Ibama disse que apenas cabe a ele o controle de criação de animais silvestres ? embora não mantenha um banco com informações sobre a quantidade de criadores e peles produzidas por criadores de jacarés no Pantanal, por exemplo. O Ministério da Agricultura, por sua vez, afirmou que é responsável apenas pela inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal comestível.
Já a Secretaria Estadual da Agricultura informou que apenas as criações de coelhos são fiscalizadas pelo Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). Com relação aos coelhos, há duas ações que cabem à coordenadoria: fiscalização de trânsito (transporte) e fiscalização sanitária em frigoríficos.
Esses órgãos que ‘fingem’ desconhecer os efeitos colaterais dessa cruel indústria, onde todo o meio-ambiente é contaminado e poluído pelos resíduos tóxicos do processo, sem contar o sofrimento das chinchilas, e a formação de indivíduos que se capacitam a matar com suas próprias mãos, no trabalho um animal indefeso e fora dele somente o tempo poderá dizer, a quem mais ele fará mal.
Ao contrário da propaganda de indústria de peles, a produção de pele destrói o meio-ambiente. A quantia de energia elétrica utilizada para produzir um verdadeiro casaco de pele de peles animais é de aproximadamente 20 vezes mais do que precisariam utilizar para fabricar um casaco de peles sintéticas.
Devido ao tratamento químico a que as peles de animais são submetidas para não apodreçam os casacos de pele criados não são biodegradáveis na natureza. Durante este processo as substâncias químicas utilizadas são descartadas nas tubulações de esgoto, contaminando todos os afluentes de água da região próximos as fazendas que se instalam para o curtume das peles.
O Desastre
Em outubro de 2006, ocorreu no rio dos Sinos um desastre ambiental de proporções inimagináveis para o ecossistema, que causou a morte de no mínimo um milhão de peixes, em plena época de desova e reprodução. Este desastre foi considerado pelos ecologistas como a maior tragédia ambiental dos últimos 40 anos no Rio Grande do Sul.De lá foram retirados do rio 30 toneladas de peixes mortos, os quais foram dali transportados para um aterro sanitário da cidade.O motivo causador de tal acidente veio por intermédio de resíduos tóxicos lançados ao rio por diversas empresas coureiro-calçadistas e curtumes de criação e extração de peles de chinchilas, causando a tragédia aonde que morreram 1 milhão de peixes.
Cada animal esfolado produz aproximadamente 44 libras de fezes, tamanha a dor e o stress de seus últimos momentos de vida. Baseado no número total de visons esfolados nos EUA em 2004 que eram 2.56 milhões nas Granjas de visom, estes geraram milhares de toneladas de adubo anualmente, tendo um resultado de quase 1,000 toneladas de fezes que contém fósforo que é a fonte de contaminação para os ecossistemas de água.
O descarte das carcaças de animais é feito em valas comuns, normalmente próximas a plantações e mananciais. A indústria de pele recusa-se descaradamente a condenar os métodos mortais cruéis, pois consideram que assim conseguem preservar a pele.
Fonte: Mural Animal
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