Zico, o cachorro condenado a morte, recebe forte mobilização pela internet

Ao meio da manhã, 31.453 pessoas já tinham assinado uma petição, disponível na internet, contra o abate do cão que atacou o bebé em Beja, provocando a sua morte dias depois. Às 20h00, desta quinta-feira, estavam contabilizadas 17.510 subscrições.

O documento, dirigida ao Canil de Beja e à respectiva Veterinária Municipal, tem como objecivo "lutar contra o abate do cão 'Zico' que atacou uma criança em Beja e de todos os outros 'Zicos' espalhados pelo país", refere o texto.

Os subscritores da petição defendem que "um cão que nunca fez mal durante oito anos e atacou é porque teve algum motivo" e, como tal, "o abate não é solução!".

"Nestes casos há que investigar o que causou a reacção do cão (foi provocado ou não está a ser bem tratado, por exemplo) e pode optar-se pela reabilitação/treino do cão", referem.

Os defensores de 'Zico' sustentam que "se não se abatem pessoas por cometerem erros, por roubarem, por matarem, então também não o façam com os animais" e que "eles também merecem uma segunda oportunidade".
O menino de 18 meses foi atacado no passado domingo ao final do dia em casa, em Beja, por um cão, de nove anos, arraçado de pitbull, raça considerada potencialmente perigosa. O animal pertencia a um tio da criança, que vivia na mesma casa com os pais e os avós da vítima.

Avô já tinha sido atacado
Na segunda-feira, o avô do menino, Jacinto Janeiro, explicou aos jornalistas que o cão estava "às escuras" na cozinha da casa, quando a criança foi àquela divisão e lhe "caiu em cima", o que fez com que o animal o atacasse.

Segundo informações apuradas pela Lusa junto de várias fontes conhecedoras do caso, Jacinto Janeiro já terá sido atacado pelo menos duas vezes pelo cão, tendo recebido assistência médica.

Após um pedido da PSP, o cão foi recolhido, na segunda-feira, para um canil situado perto de Beja, onde, de acordo com a veterinária municipal, Linda Rosa, será abatido no início da próxima semana.



Fonte: RR (Portugal)

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