Lei para identificação de animais deve entrar em vigor até maio em Joinville


A lei que vai obrigar a implantação de microchips em animais domésticos será regulamentada em Joinville por meio de um decreto até o final do mês de maio, quando deve entrar em vigor. A elaboração está em fase final pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), e vai obrigar que todos os animais, filhotes, adultos, de raça ou sem, sejam identificados eletronicamente com a implantação do microchip – que tem o tamanho de um grão de arroz.




— O chip trará a vantagem de identificar todos os animais em caso de perda ou ainda de responsabilizar o dono em caso de abandono. Esperamos que o abandono de animais diminua com a iniciativa —, explicou a diretora executiva da Fundema, Raquel Migliorini.

Com menos animais nas ruas, problemas como acidentes e transmissão de doenças poderão ser evitados. E quando um animal abandonado ou perdido for encontrado na rua, ele deve ser levado ao Centro de Bem-estar ou a uma clínica veterinária que tenha o leitor do microchip. 
O aparelho é portátil. Assim que o número do cadastro do animal for identificado, o veterinário irá procurar pelo tutor em um banco de dados. Em Joinville, estima-se que existam mais de 100 mil animais.

A implantação de microchips em cães, gatos, cavalos e burros não é uma ideia nova em Joinville. O projeto de lei foi criado ainda em 2011 pelo vereador James Schroeder (PDT), que incluiu na proposta a obrigação da microchipagem e da aplicação de multas para quem deixasse os dejetos de animais no chão.

Antes mesmo do novo decreto entrar em vigor, alguns joinvilenses já comemoram a iniciativa. O vira-lata Wally, da massoterapeuta Antônia Aparecida Trindade, 55 anos, é um cão fujão. Não pode ver o portão do canil aberto que corre para o jardim. Se por acaso o portão da garagem se abrir, lá vai Wally. Nascido nas ruas de Joinville, mesmo depois de cinco anos na casa da família de Antônia, ele ainda não resiste à liberdade.

Ele já chegou a ficar uma semana longe de casa, após uma fuga. Foi encontrado e levado ao Centro de Bem-estar Animal de Joinville. Com uma nova lei a ser regulamentada em Joinville, que vai obrigar a implantação de microchips em animais domésticos, a massoterapeuta viu uma solução. Se o cão ganhar as ruas, o chip poderá lhe ajudar.
— Temos que ver como será a implantação deste chip. Se não for invasivo ou machucar, sou totalmente a favor. Vai evitar que pessoas abandonem os animais nas ruas e será mais fácil de encontrar um animal perdido —, avaliou Antônia, que tem mais um cachorro, o labrador Tobias. Este nunca fugiu, mas também ganhará o microchip.

Fonte: A Notícia


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